Edílson de Souza [email protected]
Ambição zero O futebol paranaense dificilmente será reconhecido como uma força nacional. Também, devido à forma pela qual é conduzido, dificilmente deixará de ser tratado apenas como mero coadjuvante. Em termos administrativos, somos extremamente tímidos. Posso até entender, no caso do Coritiba, a obsessão, ou a opção pelo saneamento do clube. Contudo, o futebol não é uma empresa que, obrigatoriamente, precisa dar lucro. Precisa, sim, é dar alegria e títulos aos seus torcedores. No caso do Atlético, um clube em tese admirado pela sua competência administrativa, que se vangloria pelo tão famoso superávit de todos os anos. Então, pergunto: de que adianta um cofre cheio e uma torcida triste? Será que algum torcedor sairá cantando uma música em homenagem ao lucro obtido? Compreendo — porém, não concordo — que para aumentar o seu patrimônio, por exemplo, como a conclusão da Arena, o clube que vive essencialmente do futebol tenha de abandonar os resultados do gramado. Ainda bem que os atleticanos viram em tempo as besteiras que estavam fazendo e corrigiram o projeto inicial. Resta saber se terá tempo de obter êxito. Por falar em projeto, qual é o do Paraná Clube? Todos sabem das dificuldades que passou, ou melhor, que ainda passa o clube da Vila Capanema. É notório o estado de abandono que passou um time que nasceu rico e pelas péssimas administrações esteve à beira de fechar o seu departamento de futebol. Mas qual é o seu verdadeiro projeto? Sinceramente não sei, mas adoraria saber para contar ao torcedor. Aliás, projeto é uma palavra muito utilizada no Coritiba. Ouviu-se da diretoria, quando da perda da Copa do Brasil no ano passado, que o tal projeto estava no início e os resultados poderiam ser vistos em breve. Entretanto, tenho a sensação de que no projeto está escrito que é proibido reforçar o time e vender é a prioridade principal. Então, tenho de perguntar: não há a necessidade de rever o projeto? Ou será que o projeto é voltar para a série B? Pode ser que estejamos sendo muito exigentes e nossos times não tenham realmente as condições que pensamos ter. Pode ser que estejamos fadados a apenas olhar e aplaudir os outros times, aqueles que são ousados, ganham títulos e deixam seus torcedores felizes. Lamentável. Mas todo esse discurso é para dizer que, por uma total falta de ambição, pela opção que os dirigentes fizeram pelos saneamentos dos clubes, ou obviamente por simples incompetência administrativa dos nossos gestores, eu concluo: o Atlético terá de jogar muito mais que vem jogando e levar muita sorte para poder voltar para a Série A. O Coritiba disputa um campeonato à parte e lutará desesperadamente a partir de agora para não cair para a Série B. E o Paraná Clube somente por um milagre voltará a disputar com os principais times do Brasil no próximo ano.
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Gabriel Barbosa [email protected]
Empate Não podemos reclamar do primeiro empate contra o Joinville, pois o time jogou com um time que, se no primeiro turno achávamos que era sério candidato ao rebaixamento para a Série C, hoje demonstra que vai lutar até o final para subir. Jogamos com um jogador a mais por um bom tempo, mas o resultado não foi ruim. Agora, este empate com o Ipatinga-MG não poderia ter acontecido. Jogamos mal e as substituições foram erradas. O gol quase no final nos salvou. Não vou comentar sobre o gol perdido de Marcão, tenho certeza que hoje contra o Boa Esporte ele vai se redimir!
Três pontos E começamos hoje, com a força da torcida, os jogos em Curitiba. Acredito que será um dos maiores reforços do Atlético para o segundo turno. Se neste primeiro jogo em Curitiba o horário não é satisfátorio, seria interessante a diretoria se “agilizar” e conseguir arrumar a iluminação. Jogos à noite são certeza de casa cheia, e com o apoio da galera, a vaga fica mais perto. Hoje não tem outra alternativa, é vencer ou vencer!
Um Ultra abraço!
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Luiz Carlos Betenheuser Júnior [email protected]
Balança, mas não cai… E Felipe Ximenes, autor intelectual do time montado pela diretoria do Coritiba para a temporada 2012, segue no cargo. E Marcelo Oliveira, treinador do time montado pela diretoria do Coritiba para a temporada 2012, segue no cargo. E o time segue perdendo fora de casa. Segue o estilo “balança, mas não cai”. Seguindo assim, quem pode cair é o time. E a diretoria fala em projeto. Mas o futebol requer uma verdade inquestionável: vitórias. E o time segue perigosamente próximo da ZR e sem dar confiança de que irá reverter os fraquíssimos desempenhos fora de casa, para conseguir vitórias no Alto da Glória, onde a torcida faz a grande diferença. Time que não ganha fora dificilmente sobe na tabela no Brasileirão. E como em casa a fragilidade do time não vem permitindo que a diferença que vinha das arquibancadas compense, o Coritiba está numa posição realmente muito perigosa na tabela.
Coritiba, a Torcida que nunca abandona!
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David Formiga [email protected]
Limbo A apresentação de Ricardinho pelo comando diretivo paranista fez que com os apaixonados tricolores olvidassem a fase recente do clube e acreditassem (pela baixa qualidade das equipes) que o regresso à primeira divisão nacional poderia ser alcançado ainda na temporada de 2012. O início avassalador no regional, as fases ultrapassadas na Copa do Brasil e as boas atuações de alguns atletas deram força à imaginação dos paranistas que, tomados de otimismo, acreditaram que conseguiriam retomar sua força de uma só vez, saindo do inferno ao paraíso numa só tacada. Ledo engano. Ricardinho é ídolo tricolor e de todos os paranistas, mas ainda é novato como treinador e o seu escalar e substituir não demonstra a mesma razão, serenidade das coletivas, onde apresenta a inteligência e visão de um veterano no ofício. O fato é que a diretoria, no início do ano, dizia ser a volta à primeira estadual e a manutenção na segunda nacional a meta real da entidade. Tão certo estava o comando diretivo que, naquele momento, demonstrou coerência, enquanto os torcedores esperavam por mais. A frustração do torcedor não se deve pelo coerente trabalho administrativo ou pelo lento aprendizado do impetuoso ídolo como treinador, mas sim pela constatação de que equipes com futebol similar ao apresentado pelo tricolor conseguem recorrentemente pontuar enquanto o Paraná pena para conquistar pontos, mesmo em casa. O limbo tricolor segue. Ao torcedor, a impressão de que poderia ter sido diferente com maior dedicação em campo. Força Tricolor!!!
Força Tricolor!!!
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