Como o torcedor do time do Coritiba está carente. Bastou a
classificação para a próxima fase da Copa do Brasil, e algumas vitórias
no Campeonato Estadual, para os torcedores exibirem orgulhosos o seu
uniforme pela cidade. Ninguém mais fala dos equívocos de seu treinador,
dos problemas administrativos e principalmente da falta de qualidade de
algumas contratações. É nesta hora que concordo com os analistas mais
antigos. No futebol, só existe uma verdade, e ela se chama vitória.
Freguês?
Não sei se vale como defesa para uma derrota de goleada. No entanto,
entendo que seja muito difícil manter o mesmo foco em duas competições
tão distintas. Por mais que se fale na obrigação em ter motivação para
entrar em campo contra um rival pelo Estadual, no subconsciente ficou o
jogo de uma competição internacional (Libertadores). A derrota do
Paraná para o Atlético no clássico teve muito disso. Além de o Furacão
ter sido, no todo, superior (e foi um passeio), o que se viu foram
jogadores do Paraná em campo disputando o Paranaense, mas com a cabeça
voltada para o jogo contra o Flamengo — em uma competição muito mais
importante para o torcedor.
Em tempo…
No consigo conceber que nos dias atuais tenhamos de ler noticias de
como as vindas de Londrina. Pensei que essa truculência de torcedores
com as delegações visitantes tinham acabado há tempos. Lamentável. Vale
lembrar que a cidade de Londrina está dando maus exemplos ao Brasil.
Num dia, agridem profissionais de imprensa; em outro, o ônibus com a
delegação do time do Rio Branco de Paranaguá. Alguém precisa tomar
providências.
Edílson de Souza – edilsondsouza@yahoo.com.br
A mascara caiu
A mentira pode enganar por algum tempo, mas não para sempre. O time do
puxadinho já era citado por entendedores de futebol como um fenômeno,
um time formado pela competência de sua diretoria de achar bons
valores, um time que e líder do pior grupo da Libertadores. Acordem,
falta muito para chegar ao naipe do Atlético. Mais uma vez, ficou
provado que a mentira tem pernas curtas.
Jogo
A equipe atleticana foi perfeita taticamente, com Denis Marques e Alex
Mineiro jogando uma enormidade. Só faltou à goleada ser um pouco maior.
Marcelo Silva saiu do time e com isso abriu uma vaga que era para ser
de Roberto — mas, como está machucado, entrou Erandir, que foi perfeito
na marcação sobre Dinelson. Sem criação no meio-campo, o time do
puxadinho não conseguia fazer as jogadas, e a cada roubada de bola do
time atleticano era um perigo de gol. Arrumando a lateral-esquerda o
time está pronto para o Campeonato Brasileiro.
Rapidinhas
Esta vai para os proprietários de camarotes do puxadinho: quanto se
gasta com protetor solar a cada jogo? Todos os visitantes reclamam da
Baixada. Mas no puxadinho até ambulância eles colocam para
impossibilitar a visão do jogo.
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Para concluir, queria perguntar à torcida do rebaixado: qual é o
sentimento de uma torcida que grita olé, com um gol aos quarenta e oito
minutos do segundo tempo, contra um time do interior, com três
jogadores a menos?
Um Ultra abraço!
Gabriel Barbosa – neibarbosa@terra.com.br
Pelo bem do Coritiba
O Coritiba está lançando uma nova campanha de sócios contribuintes,
aqueles que terão direito a votos nas eleições do Coxa e acesso
garantido aos jogos com mando do Verdão, no Alto da Glória.
É uma boa iniciativa, por mais que contenha erros, por um simples
motivo: incentiva a torcida Coxa a estar presente nos jogos do seu
clube de coração. Isto acaba criando uma cultura coxa-branca com o
passar dos anos. É uma ferramenta de fortalecimento institucional, com
a possibilidade de lançar inclusive os consulados, ampliando a
iniciativa criada recentemente pelo site Coxanautas.
O torcedor do Alviverde terá, além do fator financeiro, o fator
institucional para pensar. Ao se associar, estará fazendo parte de um
processo democrático, o da torcida fazer parte do Clube e assim
impulsioná-lo para o futuro, com força. Bons exemplos ocorrem pelo
País, com outros times que têm quadros associativos fortes.
Só o torcedor pode cuidar e cuidar tão bem do Coritiba. Pense nisso, torcedor.
Coxa, eu te amo!
Luiz Carlos Betenheuser Júnior – luiz@coritiba.com
Resultado pedagógico
Devemos classificar o resultado do jogo deste domingo como pedagógico,
por vários motivos. Os números finais do último embate paranista
demonstram que certas coisas não mais podem ser repetidas e/ou
relevadas pelo seu comando.
Zetti tem que entender que, apesar da maratona de seu time, não se pode
deixar levar por interesses excusos e, sim, criteriosamente, entrar
sempre com a melhor escalação possível.
O treinador tricolor, ao ingressar com Joelson em campo, abandonou a
formação 4-4-2 adotada na Libertadores, condenando esse jogador e
Gérson a atuarem pela mesma faixa, limitando o setor ofensivo às
participações de um solitário Josiel.
O 4-5-1 imposto a Zetti nunca fora utilizado pelo Tricolor. Logo, a
culpa pelo resultado não foi de Joelson, mas sim de quem o escalou
indevidamente e de quem obrigou sua escalação. O “Predador”, quando em
campo, participou normalmente do jogo até que, mais uma vez deixou seu
time em desvantagem numérica, fato que se refletiu no placar.
A opção lógica teria sido a escalação de um atacante nato como Lima ou
o Vina Pacheco no lugar do Henrique, e não alguém que, em um ano,
apenas teve uma participação razoável contra um time de qualidade
duvidosa. A hora de aprender e corrigir é agora. A atual realidade
tricolor demonstra que seus adversários são Internacional, Santos,
Grêmio, Flamengo e São Paulo e não alguém que tem como maior rival um
time de segunda divisão.
Força Tricolor!
David Formiga – davidformiga@terra.com.br