O time do Atlético já havia feito uma grande apresentação contra o Palmeiras e só não venceu pelo fato do seu adversário ter no goleiro Marcos o principal personagem. Ele foi simplesmente decisivo. O resultado, porém, não traduziu o que foi a partida. Passada uma semana, quando todos pensavam no pior, pelo fato de o time ter pela frente o Corinthians, com o todo o seu poder, o que vimos foi uma vitória retumbante.
É facilmente explicável a desconfiança da torcida e principalmente da mídia especializada. Nos últimos jogos, mesmo jogando um bom futebol fora de casa, o Atlético não tinha conseguido uma afirmação que permitisse pensar em vitória. O sucesso veio, e nada melhor do que uma vitória fora de casa, contra uma das melhores equipes do país, dono de uma enorme torcida como é o Corinthians, para dar mais personalidade a um grupo de trabalho.
Não sou um dos adeptos da trupe que gosta do trabalho do Antonio Lopes, por ver nele uma forma arcaica de montar os seus times, ou por ele escalar de forma equivocada reiterada vezes alguns jogadores fora da sua posição e perdendo a oportunidade de explorar as suas melhores características, ou ate mesmo por fazer as escolhas dos atores errados. No entanto, tenho de reconhecer — e já disse isso aqui — que, com ele no comando, o torcedor seria respeitado. E está sendo. A vitória do Atlético contra o Corinthians teve muito do trabalho do seu treinador. Antonio Lopes escalou bem e, quando teve de fazer as modificações, fez com correção.
O projeto do Furacão, ao contrário do que os torcedores pensam, é a fuga do rebaixamento. Na próxima rodada, há mais uma pedreira. O jogo é contra o Grêmio, mas o Atlético pode vencer se for bem escalado. O problema da maioria dos treinadores é essa falta de convicção. Quando acertam, não conseguem manter a mesma equipe. A essa inconstância eu dou o nome de teimosia. E como eles são teimosos…
Constante
Na rodada anterior, todos já tinham percebido a evolução do time. No sábado passado, novamente jogamos bem, com uma grande diferença: ganhamos! Os preferidos da poderosa até tentaram esboçar uma reação, mas os deuses do futebol não cometem erros duas vezes.
Chega ser até chato falar de Paulo Baier. Estou entrando neste assunto pela seguinte questão: há muito tempo não temos ídolos. O último que tinha se identificado com a torcida foi Alex Mineiro, com o título de campeão brasileiro. A partir dai, teve Washington, o coração valente, mas alguns gostam e outros o colocam como apenas mais um que jogou e foi embora. E depois de exatamente oito anos surge um jogador que, além de ser excelente, é uma pessoa humilde. O que esse rapaz esta fazendo no Atlético é extraordinario. Paulo Baier, parabéns por honrar o compromisso firmado. A você meus respeitos e reconhecimento por tudo que tem feito no Clube Atlético Paranaense. Ao time esperamos que amanhã contra os gaúchos, continuem com está vontade de conseguir os três pontos, para podermos nos afastar da zona de descenso.
Apoio
Amanhã será fundamental a força da torcida. Com um horário relativamente bom para se jogar futebol, esperemos que os noventa minutos, todos, independente do lugar em que estiver na Baixada, ajudem a pressionar o adversário. Isso é até natural para nossa torcida, mas, quanto mais pressão, melhor para conseguirmos os três pontos. Você, atleticano, tem um encontro marcado. Como dizia nosso querido Lombardi Júnior. Quarta feira, todos os caminhos levam à Baixada.
Um Ultra abraço!
Outra “pedreira” pela frente
O Coritiba venceu — e venceu bem — o Internacional. Apesar da má fase coletiva do time gaúcho, individualmente é um dos melhores elencos do Brasil. Exceto por uma defesa espetacular de Edson Bastos, o time gaúcho não mostrou o suficiente para superar a defesa Coxa-Branca e com as boas alterações promovidas por Ney Franco, o Verdão chegou à vitória por 2 a 0, para a felicidade de sua fiel torcida.
Agora, o Coritiba terá mais um complicadíssimo jogo contra um dos mais fortes elencos do país, o São Paulo, no Morumbi. É uma pedreira, pois o time paulista precisa da vitória para seguir sua busca pelo título. Já o Coxa precisa vencer para se afastar da ZR e subir um busca de uma vaga na Sul-Americana 2010.
Neste jogo, a estratégia terá que ser diferente do último jogo fora de casa. Ney Franco terá que fechar os lados do campo, cuidar com o jogo aéreo e a aproximação de Hernandes da grande área e mexer no ataque do Cori, colocando um time mais veloz e de triangulações. Quem sabe Rômulo possa merecer a oportunidade de começar jogando.
Coritiba, a Torcida que nunca abandona!
Salvem a incompetência alheia!
Após 28 rodadas, o Paraná está em 13º lugar, com 35 pontos e meros 42% de aproveitamento; tem o sexto pior ataque (34 gols) e (embora Cavalo se diga satisfeito com o sistema defensivo) a terceira pior defesa (46 gols).
Na última rodada, o time perdeu em casa para a Portuguesa, resultado que exprime o que pode ocorrer entre uma equipe que luta para voltar à primeira divisão e outra sem nenhuma responsabilidade de seguir na segundona.
Vejamos os resultados dos concorrentes diretos do tricolor: empataram Brasiliense (10º) com o Duque de Caxias (15º); Bragantino (11º) com o líder Vasco; Vila Nova(12º) com o Guarani (2º) e América-RN (19º) com Campinense (20º). ABC (16º), Fortaleza (18º) e Bahia (17º) perderam respectivamente para Ipatinga (9º), Ceará (4º) e Juventude (14º) — este, o único ameaçado que conseguiu somar três pontos. O tricolor, abusando da incompetência, consegue não estar pior no certame graças ao esforço de várias agremiações em “buscar a queda” para a terceirona.
O Paraná paga caro pelas más escolhas dos seus dirigentes no tangente ao elenco, diretores de futebol, parcerias e principalmente no que diz respeito aos treinadores. Analisando os últimos trabalhos de Cavalo, vemos que teve apenas saldo “zero” numa oportunidade (América/RN), quando atingiu 48% de aproveitamento. Nos demais, o treinador sempre teve defesas com saldo negativos; logo, não é de se admirar o discurso de satisfação com o sistema defensivo.
Viva a incompetência alheia! Apenas essa é capaz de salvar equipes mal preparadas.
Teu destino é vitória!