Busca competência

Edílson de Souza

Para os menos avisados, o Coritiba salvou 2007 com a conquista da serie
B. A atual administração teria resgatado a auto-estima da torcida e
salvo o patrimônio. Sob esse prisma, os menos informados poderiam até
apoiar uma seqüência do trabalho dessa diretoria. Contudo, os atuais
mandatários nada mais fizeram do que a obrigação. Olho para a lista de
candidatos à presidência e, mesmo vendo em João Carlos Vialle uma peça
importante no retorno à elite, não vejo ninguém mais competente do que
Domingos Moro para gerir o clube. Não tenho procuração nem amizade para
defender o candidato, mas entendo que, para ser um bom gestor, não
precisa de muito dinheiro. Basta ter inteligência, e Moro tem de sobra.
Que os verdadeiros coritibanos entrem num acordo e decidam, não pelas
vaidades pessoais, e sim pela competência.

E o futuro (I)?
Se no Coritiba muitos querem a presidência, no Atlético ninguém quer.
Até Mario Celso Petraglia disse que não quer mais. Será que um pai
abandonaria um filho de uma hora para outra sem motivos? Ou ele apenas
está querendo um pouco mais de carinho da torcida? Para comandar uma
legião como a torcida rubro-negra, tem que saber administrar criticas e
reclamações. A prepotência e a arrogância não levam a lugar algum.
Quando o dirigente disse que a torcida era uma falácia, tentou elitizar
a torcida com preços exorbitantes de ingressos, caiu em desgraça e se
queimou. Mas vejam como é o coração do torcedor: bastou abrir o estádio
para o povo, ouvir a torcida, autorizar a entrada com seus batuques e
faixas, baixar os preços de ingressos, para voltar a ser idolatrado. O
problema é que as pessoas sentem-se muito bem com elogios; as criticas,
porém, quase sempre são recebidas como ofensas pessoais.

E o futuro (II)?
Aparentemente, nada mudou. Apesar de ser uma nova diretoria, as pessoas
da antiga administração permanecem no comando. A esperança da torcida
que haja uma reciclagem pelo menos no modelo empresarial. A política do
bom e barato e das parcerias estranhas não pode mais ter espaço na Vila
Capanema. Por certo será um ano muito difícil. No ano que vem não
caberá a choradeira de que não há dinheiro e o torcedor terá de se
contentar com um time medíocre. Neste ano o clube teve à disposição uma
receita razoável e houve desmandos, condutas não aceitáveis. Para o ano
que vem, o que a torcida quer é uma diretoria com criatividade, pois
dinheiro não haverá.

Edílson de Souza

edilsondsouza@yahoo.com.br

Eleições
Na semana que passou, tivemos a surpresa da diretoria atleticana não
ter inscrito sua chapa, fazendo com que tudo seja resolvido na
Assembléia. Tal fato é estranho; não havendo oposição, ficava evidente
que tal conjuntura permaneceria por mais dois anos. A pergunta que
ficou é a seguinte: será que vão aumentar novamente o preço dos
ingressos? Acredito que não. Talvez pelo numero reduzido de sócios, a
diretoria queira aumentar esse quadro associativo.
Mas, se esse o problema fica fácil resolver, é somente baixar o preço
dos pacotes que a galera corresponderá a altura. O que nossos
dirigentes têm que colocar na cabeça é que a torcida atleticana é o
povão, e essas pessoas têm seu lazer de final de semana indo até a
Baixada, ou até mesmo acompanhado o time onde ele estiver. Não estou
aqui sendo preconceituoso, e também não seria egoísta ao escrever que
as pessoas com bom poder aquisitivo não sejam importantes. O que tem
que ficar claro é que, independente de cor ou classe social, dentro da
Baixada o torcedor tem obrigação de cantar e incentivar até o final de
cada partida. E todos sabem que, se há poucos sócios para votar, é pelo
fato de que as pessoas que se associaram em Janeiro não têm direito de
voto.
Podemos emendar outra pergunta? O Brasileiro de 2006 acabou no começo
de dezembro. Por que não se fez o plano de sócios no respectivo mês?
São perguntas que exigem pessoas certas para responder, mas que servem
de análise para cada torcedor. Ficou provado no segundo turno que,
dentro de casa, a média foi de quase dezenove mil pessoas por jogo,
então cabe à diretoria trabalhar em cima dessa média. Fazendo isso, a
meta de alcançar quinze mil sócios acontecerá naturalmente. Só existe
uma maneira para voltarmos a conquistar título, e ela se chama união!
Um Ultra-abraço!


Gabriel Barbosa

neibarbosa@terra.com.br

Eleição
A expectativa era grande, mas até agora, a realidade ficou aquém do
esperado. Três chapas disputam a presidência do Coritiba: a de Domingos
Moro, a de Jair Cirino e a de João Carlos Vialle. O clima no Alto da
Glória, varia entre o frio e o morno. De um lado, partidários deste ou
daquele lado “puxam a sardinha para a sua brasa”. Nada mais natural; do
outro lado, uma grande multidão de torcedores ansiosos por novidades
que não apareceram. Ficam reféns da expectativa. Será que vai?
A arrumação da casa no Alto da Glória tem que começar com o básico:
organizar o futebol. Lógico, variantes da bola em si contam. O exemplo
São Paulo é bem simples e aplicável em seu conceito: a formação da
categoria de base,  inclusive a formação pessoal, não só esportiva;
montagem de um elenco com características de esporte de alta
competição, com fisiologistas, preparadores físicos, médicos,
nutricionistas definindo um biotipo ideal para o time ter uma cara — o
que serve de perfil para contratações; um bom treinador para organizar
o time; marketing arrojado: vitórias e títulos trazem dinheiro e assim
o clube não depende só da receita da TV e das transações de jogadores.
Votar para presidente do Coritiba está sendo como comprar um
apartamento na planta. Haja credibilidade para vender, hein?
Coxa, eu te amo!

Luiz Carlos Betenheuser Júnior

luiz@coritiba.com




Base paranista
Neste período sem futebol profissional na televisão, o elenco paranista
da categoria sub-20 tem entrado em campo para defender suas três cores
com alguns dos jogadores que disputaram o Brasileirão pelo time
principal.
As categorias de base do Tricolor são comandadas por heróis que sempre
revelam jogadores de qualidade para o time principal. Mas, apesar da
boa campanha, alguns jogadores não parecem estar conseguindo render,
principalmente Éverton e Jeffe, que, incrivelmente parecem jogar menos
com juniores do que contra jogadores rodados. Os atletas têm potencial,
mas precisam de algum polimento e, principalmente, de comprometimento
com a carreira que pretendem abraçar.
É hora de uma reformulação geral, de “baixo para cima”, com coerência e
comprometimento com a entidade e não com aqueles que eventualmente dela
se utilizam para auferir ganhos.

Força Tricolor!

David Formiga

davidformiga@terra.com.br