Edílson de Souza
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Calor? Que nada!
Pior que ser derrotado pelo time do Arapongas, no último domingo, foi o futebol apresentado pelo Coritiba, o qual classifiquei como melancólico. Por mais que os jogadores tenham creditado ao calor os seus baixos rendimentos, o que ficou patenteado foi mesmo a falta de qualidade.
Até prefiro que seja isso, que realmente alguns jogadores não conseguiram desempenhar todo o seu futebol. É preferível que falte qualidade a dizer que faltou vontade. Não posso aceitar que um jogador que esteja jogando em um clube do tamanho do Coritiba não jogue com vontade.
Mas paira no ar uma pergunta que não quer calar: o que estaria acontecendo com o time do Coritiba, por que caiu tanto? Olha só, o futebol é uma profissão diferente de todas as outras e como tal deve ser observada. Os profissionais que nela atuam têm necessidades e atitudes que para os demais parecem inexplicáveis e inaceitáveis.
Existem alguns motivos que fazem cair o rendimento de um grupo de trabalho. Por exemplo — creio que não seja o caso em questão, a diretoria desmentiu essa possibilidade —, salários atrasados diminuem a vontade de correr.
Outra coisa comum é a formação de grupinhos. São as conhecidas igrejinhas, formadas por vaidade, por busca de espaço por liderança, as quais derrubam qualquer tipo de projeto, inclusive treinador. Isso ocorre muitas vezes pela disparidade de salários pagos para os atletas. Aliás, esse tipo de indisposição interna não deveria haver, pois cada um ganha o que entende merecer e, se encontrar quem pague, está tudo certo.
Quero dizer que a situação do Coritiba, neste momento, é muito complexa. Mesmo com uma vitória, amanhã, no Couto Pereira, contra o Londrina, o time pode ficar fora da festa final. Outro resultado, havendo uma combinação de placares paralelos, tira completamente a chance do Coritiba de lutar pelo título do campeonato.
Então, enquanto há tempo, seria muito legal que alguém descobrisse o motivo da queda técnica do Coritiba. Afinal, nem o mais incrédulo dos torcedores esperava um time tão diferente daquele que vimos no ano passado, mesmo com todas as mudanças realizadas e reposições inadequadas.

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Gabriel Barbosa
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Parabéns
E são 88 anos de conquistas e glórias. A torcida espera que isso continue e que nunca deixem o Atlético morrer.
Voltando ao nosso Estadual, ganhamos do Cianorte em dois tempos distintos. No primeiro tempo, começamos os 15 primeiros minutos muito bem, depois caímos de ritmo e quase sofremos o empate. No segundo tempo, foi diferente. Foi um time que jogou para a frente, como a torcida gosta. Pena que não dependemos de nós. Torcemos para que nossos adversários tropecem, mas sabemos que uma final é quase impossível de não acontecer — ainda mais da maneira como o Londrina esta jogando. Amanhã, uma goleada contra o Toledo seria muito bom!

Brasileirão
A preocupação da torcida é normal. O time está muito fraco para disputar a Série B. Sei que serão contratados outros jogadores. Só que, se isso já tivesse ocorrido, o conjunto estaria formado e logo nas primeiras rodadas poderíamos tirar proveito disso. A torcida fica na expectativa de que os próximos reforços cheguem realmente para ser titular como aconteceu com Ligüera, pois reforços apenas para fazer parte do elenco já tem sobrando!

Um Ultra abraço!

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Luiz Carlos Betenheuser Júnior
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É golear ou fazer contas

Faltou bola em Arapongas. E faltou alma. Se sem bola já era difícil, sem bola e sem alma o improvável se tornou impossível.
A derrota era previsível, já que o time do Coritiba ainda não jogou bem neste ano. E veio num momento crítico. Agora, a obrigação do time é uma só: golear o Londrina por 5 a 0 se não quiser fazer contas e passar pelo vexame de ter que torcer contra um adversário. Só assim a meta diretiva do tricampeonato seguirá pulsando nos corações coritibanos.
As limitações do elenco do Coritiba são evidentes. Vinham sendo ocultadas pelas análises politicamente corretas de alguns especialistas da bola. Mas a realidade aparecem em verde e branco do Arapongas. E a coisa ficou preta, tão preta quanto a cor do uniforme 3 — lançado justamente na época mais quente do ano.
Com limitações e tudo mais, o time tem obrigação de golear, para não depender de contas e de torcer contra os outros para manter a hegemonia no futebol do estado.

Coritiba, a Torcida que nunca abandona!

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David Formiga
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Como devemos ver as coisas?
Quando comecei a escrever, adotei uma postura incisiva, crítica, que provocasse no leitor o interesse em se aprofundar sobre os temas propostos. Com o tempo, percebi que a grande maioria dos leitores esportivos prefere discussões menos abrangentes ou filosóficas, mais focadas no esporte em si, fugindo de questionamentos sociais. Em 2014, sediaremos uma Copa do Mundo e, pelos exemplos referentes à organização e contas do Pan-Americano do Rio de Janeiro, a perspectiva não é das melhores. Em 2007 fiz coluna sobre a “farra do Pan”.
A previsão orçamentária inicial para esse evento era de US$ 180 milhões. Após tudo pronto, sob a alegação de um legado olímpico, a conta final ultrapassaou o valor de US$ 3,8 bilhões, muitos dos quais de origem pública e sem a devida previsão exigida, amparada por decretos e atos administrativos. Atos decorrentes desse nosso conhecido jeitinho, embora legais, podem ser considerados morais? Lembremos que o parque aquático Maria Lenke, por exemplo, o maior do País, não está dentro das regras do COI para ser palco de evento olímpico e não poderá ser reformado, devendo outro ser construído. Nessa senda, o Engenhão (que ficou para o Botafogo) está apenas sediando partidas de futebol e todos os caríssimos equipamentos de ginástica estão há anos sem manutenção, enferrujando, enquanto poderiam estar sendo utilizados por escolas.
O Tribunal de Contas carioca apurou os desvios endossados pelo governo dos sanguessugas em CPI e nada ocorreu. Lá chegou-se ao valor final de US$ 3,8 bilhões. Em Brasília, o presidente do COI, Carlos Arthur Nuzman, chegou a adentrar à audiência da CPI e, ao tomar assento, informou que nada responderia por estar ocupado e ter outros afazeres. Nada foi feito. Pergunto: como alguém vai de do Rio a Brasília apenas para justificar seu não-depoimento?
Sobre a Copa no Brasil, temos estádios sendo construídos em locais onde os times não levam tanta torcida a campo. Estádios, aliás, que receberam regalias, isenções de impostos, doações de terrenos, sendo a conta final raramente inferior à bagatela de um milhão de dólares. Só por uma questão comparativa, o novo estádio do Juventus (que será palco de final européia de clubes em 2012) custou menos que US$ 300 milhões. Mas é claro, a economia precisa ser movimentada, mesmo que impulsionada por calote branco, como sugeriu em vídeo aos seus pares o Secretário do Paraná para a Copa. Infelizmente temos ufanistas irresponsáveis que não se preocuparão com a herança maldita das farras da Copa e do Pan, mas cada um que paga impostos e nada vê em retorno sabe bem como devem ser vistas as coisas. Ainda dá tempo para que a sociedade brasileira se organize e se negue a organizar a Copa neste país!

Força Tricolor!!!

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Edílson de Souza
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