Edílson de Souza
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Com calma
Todas as vezes que nos arriscamos a projetar o futuro do Coritiba, a dizer que haverá uma arrancada com vitórias retumbantes e uma aproximação dos lideres da competição, temos errado feio. Tem sido assim. Em uma rodada, com o jogo no Couto Pereira, com a torcida apoiando o time obtém uma vitoria contra uma grande equipe. Na seqüência, fora de casa, imaginamos mais um sucesso e o que vemos é uma derrota. Então, no caso do Coritiba, é impossível fazer projeções.
Vamos analisando caso a caso. Contra o Botafogo foi uma daquelas jornadas para serem lembradas eternamente. Um time muito bem organizado em campo e com jogadores dispostos a demonstrar toda a sua qualidade e competência. Vale ressaltar que os times que estão disputando o título, ou melhor, os considerados grandes do nosso futebol, eles têm em seus elencos algum diferencial. Vejamos o Damião, Ronaldinho Gaucho, Liedson, Borges, Fred, Montillo, Juninho Pernambucano, Dagoberto e Rivaldo. Eles resolvem os problemas dos seus times e decidem quando são solicitados.
No caso do Coritiba, mesmo tendo no seu grupo alguns diferenciados, como Rafinha e Marcos Aurélio, eles não têm feito a diferença e por esse motivo o clube não consegue uma arrancada. Contudo, quando a dupla de baixinhos resolve jogar, o resultado é o que vimos contra o Botafogo, ou seja, um espetáculo.

Com sofrimento!
Quando da chegada do técnico Antonio Lopes, no Atlético, eu disse que as coisas mudariam no CT do Caju. Não que o time passaria a ser um primor de técnica e tática, mas passaria a ser respeitado.
Contra o Flamengo, em Macaé, no Rio de Janeiro, vimos um sufoco. O Flamengo foi superior em quase todo o jogo. E, em determinados momentos, massacrou o seu oponente. O Furacão não conseguia passar o meio-campo. Contudo, a vitória sorriu para os atleticanos.
Um time que está em crise, como é o caso do Atlético, precisa se defender. E o fez muito bem. É obvio que não poderá ser sempre assim. Mas, fora de casa, para buscar os pontos que necessita, terá de jogar como time pequeno e explorar os contra-ataques.
Para a próxima rodada, contra o Figueirense, o adversário é um time muito bem organizado, mas uma vitória será fundamental. Não será um jogo semelhando ao do Flamengo, pois, na Arena, o Atlético precisa buscar o resultado desde o primeiro minuto.

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Gabriel Barbosa
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Vergonha na cara
Não me interessa se o Atlético não jogou bem como muitos afirmaram. O importante são os três pontos. Começamos o jogo atrás esperando o contra-ataque e, logo na primeira oportunidade, se Rodriguinho não fosse fominha, poderíamos ter aberto o placar. Mas Guerrón, o homem do jogo, só não fez chover em Macaé. Primeiro, o passe para o primeiro gol. Depois, a tiradinha do goleiro. Foi espetacular. Levou o Furacão a uma vitoria importante, tendo em vista que ganhar fora tem se tornado difícil para nós. Que domingo seja contemplado com mais três pontos!

Sacanagem
É brincadeira o que está acontecendo com a arbitragem neste Brasileirão. No jogo do Palmeiras, a expulsão de Cleber Santana foi ridícula. E o que comentar sobre o gol do Flamengo, então, onde nitidamente o jogador pôs a mão na bola?. O pior é escutar que o direto Alfredo Ibiapina estava errado quando foi cobrar o juiz. Dentro de campo, os clubes estão fazendo o possível e o impossível para bater de frente com os grandes, mas precisamos da ajuda de um todo para combatê-los. Será que não chegou o momento de separar os que realmente são a favor do futebol paranaense? Mostrar as caras mesmo, antes que seja tarde demais. No ano que vem, a guerra será maior. Com a cota de televisão, a dificuldade aumentará. Por isso, precisamos de um projeto para ontem!

Um Ultra abraço!

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Luiz Carlos Betenheuser Júnior
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Agora é buscar pontos fora de casa

O Coritiba fez a sua melhor apresentação no Campeonato Brasileiro e goleou o Botafogo, um dos destaques da competição, impiedosamente. O 5×0 entra para a história do confronto. O time coxa-branca teve facilidade para jogar, pois não foi marcado. E, quando isso ocorre, em casa, o time fica muito, muito difícil de ser batido. O Coxa cresce ao ritmo do grito de sua torcida e vai para o ataque. A goleada foi merecida. O Coxa foi melhor.
Mas agora, ela ficou na história e o Verdão nem tem mais tempo para comemorar, pois a rotina de jogos difíceis segue. E longe de casa, onde o time não vem tendo o mesmo rendimento visto no Alto da Glória. Agora, é contra o Internacional, num confronto direto entre times que lutam para chegar ao G4. Na sétima colocação, o time gaúcho tem 35 pontos, três a mais que o Coritiba.
O adversário da próxima rodada melhorou de rendimento depois que trocou de técnico. Espero por um Inter mais ofensivo do que foi em Curitiba, quando era treinado pelo Falcão. Agora, o time de Porto Alegre voltou a jogar mais ofensivamente e por isto o Coritiba terá que redobrar os cuidados defensivos. Contra o Botafogo, a zaga ganhou velocidade com a entrada de Luccas Claro. Lá nós vamos precisar de uma zaga mais veloz.

Coritiba, a Torcida que nunca abandona!

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David Formiga
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Acabou a (Fon)seca?
Roberto Fonseca não é mais o treinador paranista. Embora sob seu comando a equipe tenha ficado algumas rodadas no G4, nas recentes a equipe queimou a gordurinha que tinha adquirido e atualmente encontra-se em 9º lugar, a seis pontos da “nota de corte”. Pior que o fato da equipe ter conquistado apenas 8 dos últimos 30 pontos disputados — aproveitamento de 26,66% no período, superior apenas ao do lanterna Duque de Caxias — são as recorrentes derrotas em casa e um futebol desprovido de qualquer pretensão ofensiva.
Fonseca não apenas comprometeu o belo início como penalizou ofensivamente o Paraná graças à saída do promissor Léo do elenco (que voltou ao Internacional e foi mandado ao Santa Cruz) e o endosso da ida de Dieguinho ao Avaí, por crer que Giancarlo resolveria. O fato é que o Paraná precisa de ofensividade para voltar a fazer as pazes com as vitórias, mas não dispõe no elenco de soluções interessantes.
Um treinador tarimbado poderia encontrar alternativas com alas e meias, deixando Hernane no comando do ataque mas, e o novo comandante paranista? Terá ele o compromisso de classificar a equipe à primeira ou graças ao perfil inofensivo dos avantes, buscar a não-queda? Sou voto vencido. Preferiria investir R$ 100 mil mensalmente num treinador como o Geninho e resgatar o investimento com a volta à primeira divisão a aceitar um treinador barato, pago por investidores que certamente pedirão do treinador patrocinado preferência pelos seus atletas.
Tenho a certeza de que financeiramente o Paraná está trilhando um árduo caminho para manter as contas em dia e (a)pagar legados anteriores, mas entre aceitar um treinador tendencioso sem “ônus” e ter a isenção, a independência na escalação, fico com a segunda opção. O mercado é claro e existem poucos nomes isentos interessantes que tenham no currículo algum feito notável. Independente de quem vier, terá o treinador que encontrar um espírito ofensivo. A esperança é por uma reação imediata com esse grupo de atletas honestos (pelo valor e salários) do meio para trás, mas sem nenhum compromisso ou qualidade ofensiva. Que consiga o novo treinador acabar com a seca do ataque paranista.

Força Tricolor!!!

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Edílson de Souza
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