A arrancada do Coritiba na reta final da competição deu o titulo de campeão paranaense ao time do Alto da Gloria. Já havia vencido com autoridade a primeira partida no Couto Pereira e a segunda dentro da Baixada apenas serviu para confirmar a superioridade. No entanto, o time alternou momentos de bom futebol e jornadas sem nenhuma qualidade — foi eliminado precocemente da Copa do Brasil em um jogo que tinha tudo para vencer.
O Coritiba, ou melhor, essa nova diretoria teve um começo de trabalho conturbado, contratações equivocadas, falta de sintonia dentro do clube, principalmente no seu comando, diretores se afastaram e houve até demissão do coordenador de futebol, Tonico Xavier. Quase demitiram o treinador por total falta de consenso dentro do grupo que administra o clube. Porém, sem muito estardalhaço, com sabedoria, calma e principalmente comando, o presidente Jair Cirino dos Santos mostrou a sua liderança e apagou todas as fogueiras. O resultado foi a conquista do titulo.
É claro que, para enfrentar uma competição longa e difícil como o Brasileirão, será necessário reforçar a equipe. Mas, diferente de outros anos, a base já está pronta. Com a chegada de mais alguns valores, o Verdão poderá fazer um belo papel, para alegria de seus torcedores.
Por outro lado, para alguns clubes o Paranaense 2008 deve servir de lição. Não é com arrogância e prepotência, nem impedindo o sagrado direito de um profissional ter acesso ao trabalho, de criticar quando necessário e elogiar na hora certa, que se ganha titulo. Seria muito bom se espelhar nos bons exemplos e reciclar os procedimentos.

Presente
Depois de três erros, conseguimos entregar o título para as “paquitas”. Não desmerecendo o vencedor, porque o campeonato foi decidido não apenas no primeiro jogo. Perdemos nosso meio de campo com a saída de Ferreira e Clayton. A partir desse momento, o time começou a render de forma negativa e a cada jogo novas “invenções” eram feitas. Vários jogadores que a torcida não agüentava mais eram escalados e o pior de tudo era chegar à final dependendo de Léo Medeiros, Piauí e Pedro Oldoni.

Parabéns
A família atleticana mais uma vez mostrou sua paixão e ajudou no que pôde, mas infelizmente a torcida não faz gol. Só não podemos esquecer que o Brasileirão começa daqui a uma semana, e precisamos com urgência de no mínimo cinco contrações para serem titulares, não para experiência. O sinal de perigo já começa a aparecer. Com o desempenho do nosso elenco nos últimos jogos, não podemos esperar muito para se mexer e mostrar que nesse campeonato não vamos apenas disputar para não sermos rebaixados.

Paixão
Foi um período muito difícil este que antecedeu a final do campeonato e a assembléia realizada no clube. O envolvimento de nós torcedores perante a instituição foi muito grande. A lição a ser aprendida de tudo isso é a coragem de poder expressar opiniões e mostrar quais são os pontos falhos. A vida continua com um só objetivo: Atlético acima de tudo.
Um Ultra-abraço!  

Gabriel Barbosa – [email protected]

Acabou a moleza!
O Coritiba foi campeão paranaense ao natural. Foi um dos mais fracos regionais da última década. Talvez o mais fraco de todos eles. Na final, o Coxa ganhou com a camisa. O time da Baixada sentiu o peso do gol e abriu a guarda. O Coxa jogou como Muhammad Ali lutava: golpeava devagar, pra ir cansando, mas fazendo o tempo passar e deixando o show acontecer. O Cori perdeu uma oportunidade incrível de vencer o time deles na casa deles. A torcida deles emudeceu ao som da legião coxa-branca e os jogadores deles estavam nocauteados, de pé.
A vitória foi merecida. O Coxa foi um time mais consistente nas fases finais, equilibrado em campo e, principalmente, o time que melhor soube jogar os clássicos: com cabeça e coração. Aos jogadores, os meus sinceros agradecimentos, pois a nova geração de torcedores comemorou muito o 33º título do Verdão.
Passada a moleza do torneio regional, agora virá uma verdadeira guerra do mundo da bola: o Brasileirão. O Alviverde precisa avaliar cuidadosa e criteriosamente o elenco, o PR 2008 não é base para a competição nacional — o time da Baixada é fraquíssimo, o que dirá os outros times da competição — e o Coxa não tem tempo pra comemorar, pois o Palmeiras já vem aí e o Brasileirão não permite vacilo.
Coxa eu te amo!

Luiz Carlos Betenheuser Júnior – [email protected]

Paranaense
O estadual deste ano acabou com chave de ouro. No campeonato do Estado cuja Federação ainda sofre o legado do “Severiano”, o campeão deu meia-volta olímpica com um troféu de mentira, numa partida que ninguém viu porque o “coronel” (que escolheu adversário nas semifinais e foi derrotado judicialmente na sua tentativa de cobrar a transmissão das rádios) não soube perder!

Brasileirão
Sexta-feira, dia nove, em jogo adiantado, o Tricolor inicia, em casa, diante do Avaí, sua saga pelo retorno à divisão de elite do futebol nacional. No momento atual, o paranista será a chave para tal feito. Com o plano de Sócio-torcedor lançado na segunda-feira, o comando paranista deverá garantir uma boa renda e presença em campo. Mais do que os reforços anunciados, o Paraná precisa do “camisa 12” em campo, semPRe disposto a cantar seu time e suas cores.
A segunda divisão será das mais disputadas e contará com a participação de times que freqüentemente aparecem na Série A, como Corinthians, Juventude, Fortaleza, Ponte Preta e Brasiliense.
A adesão ao plano de sócio-torcedor, bem como a presença na Vila Capanema, é obrigação do paranista de verdade, que deve ter aprendido com Palmeiras, Botafogo, Grêmio e Coritiba que a melhor arma para uma campanha com resultados começa com a presença massiva nos jogos em casa desde a primeira rodada.
FORÇA TRICOLOR!

David Formiga – [email protected]