Edílson
de Souza
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Em
desespero
O Paraná Clube tem se tornado, ao longo do Campeonato Brasileiro
um time totalmente instável. Quando todos pensam que entrará
num ritmo de vitórias, depois de ter atuações
de qualidade, contra bons times, como foram Barueri e Corinthians,
perde em casa para o Brasiliense e São Caetano. Assim, fica
muito complicado fazer uma projeção párea reta
final da competição.
Por exemplo, logo mais a noite, no Mané Garrincha, em Brasília,
o tricolor terá mais um difícil compromisso. Enfrenta
o Gama, um time desesperado, quase rebaixado, o Paraná é
favorito? Vai atropelar e afundar o adversário? Sinceramente
não faço a menor idéia. O jogo é complicado,
mas se houver uma disposição maior dos jogadores e
o seu treinador não errar como errou na ultima rodada, o
torcedor pode esperar um bom resultado. Pelo contrário, uma
derrota transformará as ultimas rodadas do campeonato, um
verdadeiro inferno na vida do torcedor tricolor.
Sem sal
O fato de o Coritiba não ter mais a possibilidade de classificar-se
para a Taça Libertadores da América, e estar longe
do perigo de ser rebaixado, por certo, tirou o entusiasmo de seus
jogadores.
O jogo do domingo, no Couto Pereira, contra o Náutico, foi
a pior coisa que se viu, em termos de futebol, nos últimos
anos. Parecia aquela “pelada” de final de tarde nos
últimos dias do ano com os atletas no seu período
de férias. Foram jogadores cometendo muitos erros de passes,
desmotivados, dispersivos e principalmente, desrespeitando o seu
torcedor que prestigiou o “espetáculo” em bom
número.
É obvio que muito difícil encontrar motivação
em uma situação como essa, mas, em se tratando de
futebol profissional, eles são obrigados a produzir mais
do que produziram. Para o próximo compromisso, em Porto Alegre,
contra o Grêmio que disputa o titulo e vai lotar o estádio,
se jogar o que jogou contra o Náutico sairá da capital
gaúcha com uma sacola de gols.
A diferença
Tenho comentado que, o time que possui uma torcida como é
a atleticana, jamais poderia estar na situação que
está. A somatória de erros administrativos, tratando
as coisas do futebol sem o mínimo de conhecimento, como um
negócio, com prepotência, atitudes essas que colocaram
o Atlético nessa situação de desespero.
A partir daí a torcida dá a sua resposta, lota o seu
estádio e carrega o seu time nos ombros. Quando o jogo é
fora de casa, como foi em Florianópolis, são ônibus,
vans, carros de passeios, motos, todos carregando a sua bandeira
e demonstrando o seu amor pelo clube. A vitória em cima do
concorrente direto, o Figueirense foi arrancada no grito.
Será que essa torcida não merece um pouco mais de
respeito por parte de seus comandantes? Será que no próximo
ano, o câncer não será curado? O time sairá
dessa, e não venha fazer cortesia com o chapéu alheio.
Os méritos totais desse “título” serão
creditados ao técnico Geninho e, sobretudo à sua torcida
que se mostrou gigante na reta final do campeonato.
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Gabriel
Barbosa
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Que
torcida é esta!
Era aproximadamente quatro e meia da tarde, quando chega o ônibus
atleticano. Como os portões do Orlando Scarpelli encontravam-se
fechados, o mar vermelho e preto tomava conta da rua. Quem presenciou
sabe o que foi sentir aquela alegria. Ao meu lado estava o Chileno
da Fanáticos, e o comentário foi o seguinte:
Gostaria de saber qual será a reação dos jogadores
dentro de campo depois dessa passagem pela torcida.
E aquilo mexeu com o brio dos jogadores. Os noventa minutos eu vi
dedicação total deles. O resultado foi pouco pelo
desperdício de gols, se o resultado fosse mais dilatado seria
normal.
Eu presenciei um dos espetáculos mais bonitos de todos os
tempos pela torcida. O conjunto se formou com mais de duas mil vozes,
deixando os catarinenses de boca aberta com o espetáculo
proporcionado pela torcida atleticana.
Contra o time baiano no domingo não pode ser mudado o foco.
Dedicação total. Estamos no caminho certo!
Para pensar!
Qual será o presente do centenário das paquitas? Será
o rebaixamento? Mas pode ter certeza que não somos a bola
da vez!
Edilson: Quando você está narrando um jogo, você
para a transmissão pela metade? Desiste no meio do caminho?
Por que será que depois que um determinado jogador saiu do
time, tudo melhorou?
Um Ultra abraço!
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Luiz
Carlos Betenheuser Júnior
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Limites
O time do Coritiba teve outro péssimo rendimento contra um
time que luta apenas para não cair. Foi assim contra o time
da (Re) Baixada, contra o Ipatinga e contra o Náutico. O
time de Recife fez bem o que queria: levar um ponto de Curitiba.
Jogou na defesa e se saiu bem nisto, mesmo com um futebol de baixo
nível.
Já pelo lado coritibano, faltou qualidade individual para
decidir favoravelmente uma partida contra um time que está
na Zona do Rebaixamento. Além da confusão tática
que o time mostra – sem saídas de bola em velocidade, sem
jogadas ensaiadas, sem triangulações ofensivas, sem
avanços pelos lados do campo -, o Coritiba não mostrou
vibração para vencer. O time parecia acomodado com
a situação – a sua limitação.
Para quem quer ir longe, em 2009 – títulos nacionais ou internacionais
-, o Verdão precisará de pelo menos três reforços
de altíssimo nível para iniciar os trabalhos da próxima
temporada. Com o elenco que tem, infelizmente, não vejo possibilidade
de o Cori ir longe dentro de campo, no ano do seu centenário.
Coritiba, a torcida que nunca abandona.
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David
Formiga
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Desperdício
O tricolor desperdiçou o ano de 2008, é fato. Com
quatro partidas para o final do campeonato, o Paraná Clube
ocupa a décima-quarta posição com apenas 39%
de aproveitamento de pontos, pouco para quem disputou desde 1993
a elite do futebol nacional, considerando que, em 2000, na João
Havelange, após ter vencido o módulo amarelo, participou
dos “play-offs” finais.
Existem ainda doze pontos em disputa e o tricolor encontra-se a
quatro pontos da “zona de rebaixamento”, encabeçada
pelo Criciúma, a quem superou nos dois turnos, o que demonstra
o quão importante é, num campeonato de pontos corridos,
não perder pontos para times “de baixo”, pena
que em 2007 não aplicou o conceito diante do América.
Aqueles seis pontos fizeram muita falta.
A campanha de 2008 demonstra que o tricolor é das equipes
que mais perdeu no certame (16), somente Criciúma, Gama (18)
e o lanterna CRB (21), perderam mais do que o tricolor.
Com quarenta e um gols marcados o tricolor detém um dos piores
ataques da competição, o que reflete diretamente na
classificação.
Após um começo desastroso com juvenis disputando as
duas primeiras partidas no estadual, com várias trocas de
comando e com o elenco “atual” apenas definido na “virada
de turno” (no momento em que o tricolor amargou sete derrotas
seguidas), o Paraná ainda tem a inglória missão
de tentar seguir na segundona.
As últimas “estações” da via-crucis
paranista são: Gama (dia 11, fora), Ponte Preta (dia 15,
casa), CRB (dia 22, casa) e Santo André (dia 29, fora).
Para 2008 o tricolor deve fazer o mínimo, manter-se na segundona;
já, para 2009, tudo tem que ser revisto, a começar
pelo comando, treinador e formação do elenco, o que
apenas funcionará se quem de direito não olhar para
o time com a mesma empáfia e desdém.
Teu destino é vitória!
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Edílson de Souza
[email protected]
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