Demorou, mas o “Furacão” conseguiu apresentar um futebol convincente. A última vez que a torcida atleticana viu um futebol tão competitivo foi na luta desesperada para escapar do rebaixamento, principalmente no jogo contra o Flamengo. Foi visível o crescimento técnico e tático.
Não que o time do Iraty tenha facilitado o trabalho atleticano, muito pelo contrario. A montagem do time adversário, comandado pelo Edson Camargo (ex-jogador do Santos), com todas as precauções nas alas e uma marcação muito forte no meio campo, quase que anulou as investidas do time do Geninho.
Ao olhar na tábua de classificação, antes do jogo, era de se esperar que o Atlético atropelasse o adversário. O retrospecto do Iraty na segunda fase do campeonato é extremamente negativo e permitia que o torcedor fizesse esse tipo de avaliação. Contudo, quem esperava um “passeio” viu um time muito determinado que valorizou a vitoria rubro-negra.
Depois da terceira rodada da segunda fase, todas as vantagens obtidas pela conquista da liderança na primeira fase da competição fizeram com que, mesmo empatado no número de pontos com o Coritiba, o Atlético seja o primeiro colocado.
As próximas rodadas podem ser decisivas para as pretensões do time da Baixada conquistar o titulo. Se conseguir manter o nível de futebol apresentado contra o Iraty nos jogos com o Nacional e o Paraná Clube, certamente, a decisão do campeonato será no clássico Atletiba.
Essa semana está reservada para o time do Atletico se esquecer da competição local. O próximo jogo será amanhã, na cidade de Natal, pela Copa do Brasil, contra o ABC — uma espécie de filial nordestina rubro-negra. O futebol apresentado no domingo credencia o torcedor a sonhar com mais uma vitoria e, por consequência, a passagem para a próxima fase
Em tempo: para quem tinha alguma dúvida com relação à entrada dos garotos revelados na Copa São Paulo, Fransergio e Raul já deram os seus cartões de visita e foram ovacionados por todos na Arena logo após as suas entradas no time principal.

Liderança
Duas rodadas sem ficar na liderança foi o suficiente para que muitos clubes sonhassem em ser campeão. Apenas um sonho, porque esse título não pode sair da Baixada. A disposição que Rafael Moura teve no jogo levou-o a escolher a música no programa de TV Fantástico. Quem sabe na próxima vez ele não escolha aquele samba antigo: ”Sonhar não custa nada, não se paga pra sonhar”.
Brincadeiras à parte, o time voltou a jogar bem. E, como Geninho viu que pode contar com os juniores, a estabilidade que o time precisava aconteceu. Faltam quatro jogos, mas acredito que no penúltimo jogo possamos comemorar. Tiveram a chance, se não aproveitaram o problema é de vocês.

Boatos
Lá em Porto Alegre surgem rumores que o Grêmio gostaria de contratar Geninho. O compromisso com o Atlético faz de Geninho, além de um dos melhores treinadores do Brasil, um cidadão de palavra!
 
Choradeira
Como as paquitas ficaram descontroladas. A não marcação de um penalti contra o “Sem Nome”, que realmente aconteceu, fez o estoque de lenço acabar lá no remendado. Só gostaria de lembrar que na quinta feira passada aconteceu a mesma coisa, contra o Cianorte. Não querem comentar sobre isso?
 
Nunca esqueça
Nós não podemos ser “eles”!
 Um Ultra abraço!

Gabriel Barbosa – [email protected]

É simplificar ou se incomodar
Ivo Wortmann precisará rever seus conceitos e arrumar o padrão tático do Coritiba para as duas “decisões” da semana. Amanhã, em Salvador, contra o Bahia, pela Copa do Brasil. E no fim de semana, o ParaTiba, no Alto da Glória.
Contra o J. Malucelli, o Coxa não jogou ofensivamente e perdeu a vantagem do mando do jogo. Douglas Silva e Ramon não renderam bem e comprometeram o desepenho tático. Em que se pese que tecnicamente o time foi mal, exceto o goleiro, o trio de zagueiros e Carlinhos Paraíba, o Verdão precisa jogar para vencer. 
Fazendo o resultado em Salvador, mesmo que vindo jogar a partida de volta, o Coritiba joga com a tranquilidade de ter o adversário abrindo o jogo. No ParaTiba, não existe nenhum outro resutado aceitável que não seja a vitória. O Coxa perdeu dois pontos em casa e agora terá que correr atrás da compensação.
 Coritiba, a torcida que nunca abandona

Luiz Carlos Betenheuser Júnior – [email protected]

Gato escaldado
O Paraná Clube, desde que Wagner Velloso passou a exercer a função de técnico, conquistou 13 dos 18 pontos que disputou. Graças às inteligentes determinações de quem de direito, irá para a partida contra o Paranavaí (hoje, na Vila Capanema) sabendo que, com a vitória, irá a sete pontos.
Tal pontuação permitirá ao Tricolor depender apenas de si mesmo para ser campeão estadual. A rodada só não foi melhor (contando o tropeço nada surpreendente do Coxa diante do Jotinha) porque o CAP fez sua tarefa de casa.
Não se pode jamais subestimar o Paraná! Tal lição, imagina-se, já foi aprendida pelos times da Capital em 97, quando também contavam com pontos extras. Mesmo escaldados naquela oportunidade, é bom que os co-irmãos sigam pensando na vantagem dos mandos, e assim, partam para cima do Tricolor.
Lembremos aos desavisados que, em anos seguidos, o Paraná venceu na Baixada times melhores que o atual do CAP e neste ano mesmo já superou o Coritiba. Com a nova filosofia de Velloso e o novo ânimo do elenco, o Tricolor poderá muito bem, estar decidindo o Estadual na última rodada, com o Jotinha.
Convenhamos, alguém se surpreenderia com vitórias tricolores no Eco-estádio, na Baixada e no Couto Pereira? Alguém se surpreenderia com outros tropeços de Atlético ou Coritiba?
A cada ano que passa, em virtude do baixíssimo nível das equipes e dos dirigentes, o Campeonato Paranaense fica mais fácil. Cabe ao Paraná ter a tranquilidade necessária para, de forma inteligente, não mais perder pontos diante de times do interior e, nos clássicos, buscar mais um título.
Teu destino é vitória!

David Formiga – [email protected]