Há alguns anos, nós, paranaenses, principalmente da Capital, enchíamos o peito para falar e nos vangloriávamos em ter três times na elite do futebol brasileiro. Era questão de orgulho dizer de nossas estruturas físicas, dos nossos estádios, das excelências das categorias de base e das vendas vultosas para o exterior fruto das revelações.
Com o passar do tempo, tudo aquilo que fora conquistado com méritos está se esvaziando por simples incompetência de seus atuais atores e traz um prejuízo incomensurável para o Trio de Ferro.
Profissionais competentes, que tinham como atribuição principal sair a campo como verdadeiros garimpeiros, foram sumariamente demitidos. Segundo os comandantes, por custarem muito caro, por fazerem parte de esquema milionário com empresários que lesavam os cofres dos clubes. A resposta para tais atitudes pode ser encontrada na draga financeira se encontram os nossos clubes.
É obvio que a Lei Pelé arrebentou com os clubes, pois as revelações minguaram. E, quando surgem, já estão atrelados a vários donos, como era o caso de Keirrison. Porém, com essa nova fórmula de atuação no mundo do futebol, ficou cômodo para as diretorias apostar nos empresários, usando a camisa do time como barriga de aluguel.
Os clubes estão falidos tanto na parte futebolística quanto na financeira. Coritiba e Atlético estão há bastante namorando com a zona do rebaixamento para a série B e o Paraná Clube corre riscos de mergulhar na terceira divisão.
A solução para os problemas dos três clubes da Capital, por mais que as diretorias se queixem da atual legislação que rege o futebol, está muito mais próximo do que eles imaginam, mais visível do que eles querem ver. A resposta mais imediata está dentro de casa, mas eles precisam de pessoas de visão para isso.
Tenho certeza que dentro do Paraná Clube, do Coritiba e do Atlético existem pessoas competentes que podem ser muito bem utilizados para descobrir novos talentos para seus elencos. Serão esses garimpeiros que darão lucro tecnicamente e financeiramente sem ferir os cofres dos clubes. Só desta forma nossos clubes deixarão de ser meros coadjuvantes e passarão a brigar pelas pontas de suas respectivas competições.
Comprometimento
Perder para um concorrente direto nunca é bom! O jogo de Recife mostrou um péssimo rendimento e muita pouca disposição dentro de campo. Como o time se superou contra os bambis, existe um crédito. Mas que todos fiquem cientes que estamos muito mais perto da zona de rebaixamento do que uma simples classificação para a Copa Sul-Americana. Em se tratando desse campeonato, espero que o grupo que veste o manto sagrado tenha dedicação, por que a torcida não quer ganhar só titulo estadual, quer algo maior. Se nos livrarmos do rebaixamento e chegarmos longe na Sul-Americana, o salário pago teve retorno.
Não
Foi ventilado que um jogador dispensado pelo time “deles” poderia reforçar o Furacão. Absolutamente, a resposta é “não”. Por que contratar um jogador dispensado por problemas extracampo? Não foi suficiente a história dos “cinco elementos”? Que o nosso diretor de futebol faça avaliação extracampo para não se arrepender depois. Basta aquele que está encostado, ganhando sálario em dia sem trazer nenhum benefício ao clube. Chega de chinelinho!
Recado
É o último ano que veremos o clube disputar para não cair. Muita coisa mudará!
Um Ultra abraço!
Evolução
É evidente a evolução do futebol do Coritiba após a chegada de Ney Franco. Em que se pese o fato do time ter melhorado bastante no aspecto tático e de posicionamento, a colocação do time na tabela não permite comemorações.
Com Ney Franco, o Verdão joga ofensivamente. Tem um posicionamento mais equilibrado em campo, com uma maior e melhor organização no espaço. Os setores estão mais compactos. O futebol está melhor estruturado e o time voltou a vencer. Mas ainda encarará adversários muito complicados. E fora de casa o time teve um mau aproveitamento no primeiro turno.
O time ainda precisa corrigir o rendimento ofensivo dos laterais, especialmente na esquerda. Na defesa, Rodrigo Heffner melhorou o rendimento. Mas, no ataque, o Coxa deixa a desejar com seus alas. É necessário melhorar a finalização. Jéci ainda está fora de ritmo. Pereira voltou bem, Edson Bastos também. E quem também vem melhorando de desempenho é Pedro Ken. O time depende muito de Marcelinho — e isto é preocupante.
O futebol do Coxa evoluiu, mas é necessário evoluir mais.
Coritiba, a torcida que nunca abandona!
Duas derrotas e um empate
Esses foram os resultados do Paraná Clube nas últimas três rodadas. O time, que chegou a ser o 11º colocado, próximo do G-4 (do qual agora está a 12 pontos de distância), ocupa agora a 15ª posição, a apenas um ponto da ZR. E em momento algum chegou a estar entre os dez melhores colocados de sua divisão, fato que se explica com mera análise dos números: em 21 rodadas, o time perdeu em dez oportunidades, tem o sexto pior ataque (28 gols) e a quarta pior defesa (36 gols).
Almoxarifado de futebol
O Paraná, com a atual gestão de futebol, deixou (como muitos queriam) de ser simplesmente “vitrine”. No entanto, tanto esforço fez com que agora seja mero almoxarifado de empresários, verdadeiro estoque de refugos, apostas e jogadores “encostados” pelos parceiros “amigos”, ficando à agremiação os encargos trabalhistas enquanto os garotos da base (futuro do time) são preteridos.
Ir para dormir
Quem deu as caras na reunião do conselho paranista recentemente foi o ex-presidente suspenso, que aproveitou a oportunidade para (segundo atestaram alguns conselheiros) tirar alguns cochilos. Quem não pode cochilar nas próximas eleições é o sócio paranista, que deve buscar alternativa viável (e coerente) para entregar a administração do clube.
Teu destino é vitória!