Edílson de Souza
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Seria covardia sair em busca de culpados somente na hora da tragédia.
Portanto, me sinto à vontade para criticar e pedir providências à
diretoria do Coritiba. Tenho alertado desde o inicio do ano que a
torcida não merece ter o time que tem.
São jogadores sem expressão, ou em final de carreira (Caico, Geraldo),
com altos salários, que não jogam e não têm cobranças. Por outro lado,
Marlos, um menino de ouro, ganha uma miséria e tem a responsabilidade
de ser o craque. Nele as cobranças são enormes. Macuglia, por mais que
tenha boa vontade, nem de longe é treinador para um clube com a
tradição do Coritiba.
Vimos nas ultimas semanas um debate muito intenso. Qual clube seria
capaz de sediar a Copa? Falou-se em construção de estádios, estruturas
fantásticas e muito mais. Se o Coritiba possui capacidade de atrair
investimentos externos para fazer patrimônio, por que não fazer um time
pra voltar à primeira divisão e fazer a sua torcida feliz?
Fracasso previsto
É mais cômodo transferir as responsabilidades na hora do fracasso, do
que assumi-las. Fazemos isso para esconder as nossas incompetências.
Foi triste ver a choradeira pela perda da vaga nas finais de um
campeonato desprezado desde o início.
O Atlético não foi eliminado pelos erros da arbitragem ou pelos
interesses da televisão, e sim pela sua própria incompetência. Vale
lembrar os jogos em casa contra Cianorte, Paranavaí, e fora contra
Vitória e Atlético Goianiense, eram um prenúncio do fracasso. Para a
torcida, resta ainda uma esperança; amanhã, a classificação na Copa do
Brasil é questão de honra.
Sem muito alarde
Humilde, jogando um futebol simples e objetivo, o Paraná Clube chegou
às finais do Paranaense, e passou para a segunda fase da Taça
Libertadores da América. Não sei se a receita do sucesso é somente a
humildade e a simplicidade, ou por trás disso vem uma boa dose de
competência. Será que para ser competente é necessário fazer barulho,
expor o seu poderio, tripudiar em cima dos supostos mais fracos? Creio
que não. O sucesso vem com o trabalho e não com o autoritarismo e a
prepotência. Parabéns ao Paraná, que pode ser bicampeão.
Gabriel Barbosa
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Segundo Plano
Depois da precoce eliminação no campeonato, o qual foi colocado como
segunda opção, passamos mais um ano na espera de um título. Poderia
fazer várias perguntas, enxergar erros, sacrificar jogadores, culpar
Vadão, reclamar do preço abusivo dos ingressos para ver jogadores
despreparados física e psicologicamente. Nada disso adianta. Precisamos
tomar uma atitude igual à que aconteceu no ano de 1995, senão o nosso
Atlético continuará assim.
Somos exemplos de administração para vários clubes. No futebol, no
entanto, há muito está faltando planejamento. A maioria dos jogadores
que chegam é da política do bom e barato. Em muitos casos, o barato sai
caro. Vamos parar de colocar a culpa nos outros e chamar para si a
responsabilidade. O erro não é de hoje. Só não conseguimos enxergar
porque a paixão fala mais alto.
Mais uma
Quarta feira, mais uma decisão. O que esperar? O mínimo que os
jogadores têm que mostrar é vontade, a mesma que faltou em Goiânia. Só
espero que, ao final da partida, não tenha que escutar que o time
tentou e que a sorte não estava do lado, e toda aquela choradeira de
sempre. A torcida nunca abandonou e estará lá, só esperamos que a
confiança seja recíproca.
Educação
A derrota muitas vezes demora a passar, agora educação vem de berço. O
ponto negativo ficou para alguns jogadores do time do puxadinho, que,
ao comemorar o terceiro gol, não demonstraram sequer um pouco de
profissionalismo.
Um Ultra abraço!
Luiz Carlos Betenheuser Júnior
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Do zero?
Depois de quase cinco meses e após o fracasso no Paranaense, surge uma
dúvida: o time montado pelo Coritiba para o Brasileirão é este aí, que
não superou o ACP na semifinal? Em breve, espero, a dúvida será sanada,
quando o Departamento de Futebol anunciar as seis novas contratações,
quatro delas titulares, e a lista de dispensa. Nesse momento, saberemos
se o ano está ou não começando em maio.
Já que o Presidente Gionédis conseguiu um parceiro comercial disposto a
investir cem milhões de dólares na construção de um novo estádio, não
deve ser impossível arranjar um parceiro disposto a investir na
formação de um time minimamente competitivo para ficar entre os quatro
melhores da Série B. Certamente, um time bem diferente do que está aí,
que não chegou nem entre os dois menos piores do Paranaense 2007.
Um time que não tenha jogadores sem a mínima condição de jogar no
Verdão. Caíco deixou de ser um bom jogador há anos. Ao deixar os euros
portugueses para vir ao Cori, alguma coisa de errado deveria haver. O
que é, não sei ainda, mas depois de quase cinco meses no Alto da
Glória, o Departamento de Futebol Coxa já deve ter descoberto o que é.
Enquanto Caíco e Juliano fingiam jogar, o Renan foi dispensado. E fez
falta.
Coxa, eu te amo!
David Formiga
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De bem com a vida
Semana passada encerrei afirmando que enfrentaríamos o Paranavaí na
final. Premonição ou apenas a constatação de que “coxas e poodles”
estavam em queda? Não sou bidu, mas tento analisar o futebol sem olhos
de torcedor, assim, cravei na derrota de ambos na Copa do Brasil e no
Estadual.
A classificação paranista após duas arbitragens deploráveis deixou-me
com dúvidas acerca do título que daria à coluna. Para evitar o “eu já
sabia”, prefiro homenagear o trabalho do inexplicavelmente contestado
Zetti — responsável direto pela vitória de 3 a 1 — e sigo dizendo que
nossa temporada de 2007 será ainda melhor que a do ano passado, dentro
e fora do campo.
Se dentro de campo o time vai para outra final estadual e segue na
Libertadores, fora do mesmo os conselheiros preservaram o estatuto para
que o Paraná não se torne time de dono e a torcida promoveu outro EFPI
demonstrando sua força e caráter.
O resultado na Baixada foi uma prova do atual momento tricolor; agora,
o paranista já conhece o caminho para o êxito; sempre com respeito e
retidão.
Dedico a vitória aos melancias, aos descrentes, aos arrogantes, aos
derrotistas e a um bando de “cornetarista” que não consegue ver o
futebol como se deve, sem “paixões e intolerâncias”. Com orgulho em ser
paranista, agradeço ao Zetti e ao elenco pela fase e pelo espetáculo.
Força Tricolor!