Com quatro times na disputa de uma competição, a cidade de Curitiba nos revela alguns fatos pitorescos. Quando um deles está muito bem, os outros estão muito mal. Foi visível esse desequilíbrio no inicio do campeonato. A arrancada atleticana foi fulminante, vários jogos sem derrota, a quebra de um recorde que era daquele time de 1949. Na vida do rubro-negro, só tinha espaço para alegria, não havia dúvida da conquista do título, as pessoas acreditavam que a conquista seria de forma invicta. De repente entrou um “tal” Corinthians Alagoano na vida do Atlético e tudo mudou.
Nessa mesma época, o Paraná penava e não conseguia vencer, a sua vida era pura depressão. Trocou de treinador, arrumou a sua casa de subiu de produção. Conquistou a classificação para segunda fase e passou a ser disparado um dos postulantes ao título.
O Coritiba começou todo desajustado, jogadores chegando e outros jogando mal. O treinador não dava um padrão tático para a equipe e a torcida estava pedindo sua saída. Aos poucos foi se organizando, conquistou a vaga e entrou na briga pelo titulo.
Começa a segunda fase, o Paraná larga muito bem, arrasador. O Atlético, em seu calvário, não consegue vencer. É praticamente alijado da concorrência pelo titulo. O Coritiba também conquista bons resultados e alegra o torcedor.
Agora, só o futebol pra trazer surpresas no esporte. No fechamento do primeiro turno da segunda fase, a idéia era mais ou menos assim: Paraná e Coritiba decidirão o campeonato, e o Atlético não terá forças para reverter o quadro. Tudo errado. Bastou o Atlético vencer pra entrar na briga de novo. O Paraná Clube que era o bicho papão, pode até ficar fora da disputa, abraçadinho com o Coritiba.
O futebol emociona por causa do imponderável, não há verdade absoluta nem eterna. Tudo aquilo que agora é verdade pode ser desprezado depois dos noventa minutos da próxima rodada. Se o Coritiba não vencer o Jotinha, complica a sua situação. O clássico Paraná e Atlético será o fiel da balança do Paranaense.
Edílson de Souza / [email protected]

Ressurreição
Depois de algumas rodadas perturbadas, o Atlético voltou a vencer no campeonato e volta a sonhar por uma vaga na final. As modificações surgiram efeitos e a garotada deu conta do recado. Se antes Ney Franco defendia alguns jogadores, mesmo jogando mal, agora acertou tirando os veteranos e dando uma oportunidade para os novatos.
O jogo de quinta feira é mais uma final. Lá no puxadinho, raça e vontade têm que ser a característica principal. Vamos apoiar até o final do jogo como sempre fizemos; se mostrarem determinação, serão aplaudidos, independentemente do resultado.

Diferença
Há um tema se destacando no Atlético. Muitos torcedores se dizem mais atleticanos que outros. Os torcedores são todos iguais; a paixão, também. Não é por que determinada pessoa é sócia que vai ser mais torcedora que outra.
Existe hoje um conceito criado por algumas pessoas que, sendo sócio, você tem mais direito do que o torcedor que comparece algumas vezes. Concordo que, quanto mais sócios o clube tiver, o poder de arrecadação será maior. Mas faço uma simples pergunta: e aquele torcedor que vai a todo jogo? Ele contribui mais que o sócio e nem por isso acho que seja mais torcedor que qualquer outro. Então, vamos parar de palhaçada. Todos são torcedores, todos se emocionam, choram, dão risada, mas a paixão e a mesma.

Resposta!
Na ultima coluna, o Luiz me perguntou se existia torcedores do Coritiba querendo dar palpites na vida atleticana. Existe, Luiz, não só existe como fazem questão de aparecer. Agora é de se tomar cuidado com tudo que esta acontecendo. Fica evidente que não é só na vida do Atlético. Não vamos deixar “eles” acabarem com a paixão do torcedor.
Um Ultra-abraço!
Gabriel Barbosa – [email protected]

Jogo decisivo
Repetir a ladainha é cansativo: o treinador Dorival Júnior ainda não mostrou a que veio — se ele vale quanto pesa, precisa dar resultado. O time é limitadíssimo tecnicamente. A diretoria precisa arrumar a casa enquanto ainda há tempo, pois, no Brasileirão, a competitividade será muito maior. E, se jogamos pra empatar no Paranaense, não consigo imaginar como jogaremos no Brasileirão que não seja para não perder. O risco é alto.
Contra o Jotinha, na quarta-feira, a torcida pode ser o fator determinante para a vitória do Coritiba — mais do que o time em campo ou o treinador no banco. Este jogo tem ares de complicado, contra um time bem treinado, que marca por setor, faz bons passes e chega rápido ao ataque. Apesar da limitação individual, coletivamente o Jotinha é muito superior ao Coritiba.
Se por um lado vencer pelo regional é regra — a torcida quer o título que foi prometido pelos dirigentes —, por outro vitórias nesta competição não devem iludir a galera: o time precisa de muitos reforços se realmente quer disputar a Libertadores em 2009. Isso imaginando que Marlos, Pedro Ken e Keirrison fiquem no time pelo menos até dezembro.
Coxa eu te amo!
Luiz Carlos Betenheuser Júnior – [email protected]

Segue o baile
Recentemente o Paraná vem tendo certa dificuldade contra times pequenos, muito por não ter ainda um elenco convincente e principalmente porque, sem laterais, não há como se ter um padrão coerente de jogo. Sem a jogada feita por especialistas pelos flancos, existe a tendência de se “afunilar o jogo” — o que, contra times que jogam na retranca, prejudica o espetáculo. Dessa forma, o tricolor assume a postura de jogar no erro do oponente, mas fica na delicada situação de não poder errar.
A comissão paranista deveria ter o zelo de considerar os últimos resultados em Beltrão quando da definição da postura utilizada. Não o fez e aceitou o jogo de um time limitado, mas que, dentro de um campo reduzido e em casa, faz valer sua força.
Águas passadas, a preocupação paranista deve residir na melhor escalação (e postura) para a partida em casa contra o Atlético, a quem poderá praticamente deixar de fora de mais uma final no estadual, a terceira seguida.
O momento, apesar do tropeço em Beltrão, ainda é do Paraná. Os rubro-negros apenas neste final de semana voltaram a vencer, com a conivência da arbitragem que permitiu a violência, recusando-se a deixá-los com dez em campo ainda na primeira etapa.
Bonamigo deverá montar sua equipe sem o tradicional receio, visando também a possibilidade de vencer a partida e, assim, não apenas praticamente garantir a classificação tricolor mas também retirar um candidato do caminho. A vontade e a determinação deverão nortear o tricolor na partida de quinta-feira, dentro e fora do campo.
FORÇA TRICOLOR!
David Formiga- [email protected]