Internacional de Porto Alegre

Bem Paraná

Acredito que não passa de quatro anos, o Internacional de Porto Alegre
estava à beira do abismo, quebrado, se arrastando para a segunda
divisão brasileira. Fernando Carvalho assumiu a presidência colorada.
Nenhuma idéia mirabolante, apenas administração profissional. E o time
é campeão do mundo. Comento isso para dar um recado aos dirigentes dos
clubes, torcedores e companheiros de imprensa que nesta época fazem
cobranças, pedem loucuras — e os diretores, na ânsia de agradar, gastam
de forma equivocada.

 No Coritiba
Impôs um plano de saneamento, acreditou que a conta do futebol poderia
fechar com a venda de jogadores. Não deu certo, caiu para a segunda
divisão e não retornou. Para o próximo ano, vários nomes já  foram
apresentados, nenhum de repercussão nacional. Mas, antes de repercutir,
é preciso responder no campo. Algumas pessoas mais apressadas,
torcedores ou não, já criticaram. Temos que esperar e confiar. Contudo,
tenho um medo. Espero que a “era do DVD” e dos empresários tenha sido
encerrada no Alto da Glória.

No Paraná
É preciso aproveitar o momento de auto-estima tricolor, mas não fugir
de suas convicções, ou seja: continuar com os pés no chão. No ano
passado, uma vaga na Sul-Americana; neste, uma Libertadores. Um grande
feito para quem precisa fazer ginástica com orçamento e monta times
artesanais, com peças escolhidas a dedo. Podem apostar que o time do
próximo ano será tão ou mais competitivo, afinal, a prata da casa
sempre foi o melhor caminho.

 No Atlético
Se sobra competência administrativa — e está provado com os bons
negócios realizados — sobra também, contudo, a prepotência. Pela
competência que tratam as coisas no futebol, acreditam que tudo o que
fazem ou fizerem será bem aceito pelo torcedor. Engano. Exemplos,
técnicos experimentais, ingressos caros, proibição da entrada do
batuque no seu estádio, etc. Para ter sucesso no próximo ano, a formula
é ter a mesma capacidade de administrar as finanças, continuar com
Vadão, mais quatro reforços e tratar a torcida com menos prepotência.

Silêncio!
Muitos torcedores a me encontrar na rua me perguntam, ou me cobram
informações sobre contratações, pacotes e outros assuntos. Não posso
dizer nada em nome do clube Os únicos com esse direito são os
diretores. O que vou escrever é sobre conversa que tive algumas pessoas.

 Contratações
Todos sabem que o Atlético não vai trazer jogadores que não venham dar
lucro ao clube, então essa história de contratar medalhões há muito
tempo não faz mais parte do cronograma. Sempre serão jogadores
revelados em outras agremiações ou mesmo no clube. As duas ultimas
semanas a diretoria viajou bastante, então podemos chegar à conclusão
que, na apresentação, muitas caras novas apareceram.

 Pacote
Hoje o que mais se comenta é sobre como fazer para ter sócios nos
clubes. Pela conversa que tive, nos pacotes que o Atlético vai lançar
para a temporada 2007, haverá apenas uma novidade. Independente do
setor, todos os compradores serão sócios, com direito ao voto. A
proposta feita à diretoria era na redução dos valores tanto para Buenos
Aires como Madre Maria, mas ela foi vetada.

 Ambiente
Todos nós que acompanhamos de perto o clube sabemos que o ambiente de
arquibancada já faz algum tempo não anda bem. Só voltará ao normal
quando diretoria e torcida sentarem e resolverem andar do mesmo lado.

 Segurança
Se o corpo de bombeiros liberar o puxadinho para vinte mil pessoas, estará em jogo a integridade física das pessoas.
Um Ultra-abraço!

Gabriel Barbosa – neibarbosa@terra.com.br

Mais reforços
O provável time que o treinador Gilberto Pereira deverá iniciar os
trabalhos para a disputa da temporada 2007: Marcelo Bonan; China,
Ozéia, Adriano e Carlão; Rodrigo Mancha, Juninho, Marlos e Lairson;
Keirrison e Anderson Gomes. O zagueiro Henrique, se renovar, terá uma
das vagas no time.
Ainda com mais jogadores para chegar, possivelmente dois ou três
meio-campistas, um lateral-esquerdo e um atacante de área, o Cori ainda
apresente a necessidade de reforços, especialmente para as vagas de
primeiro e segundo volante. Este time aí, precisa de reforços para
disputar e ganhar o PR 2007. Para a Copa do Brasil, então…
Logo que chegou, Gilberto Pereira falou à imprensa sobre os modelos
táticos que gosta de usar, destacando o 4-3-3, naturalmente, com
possibilidades de variações. Este modelo tático, que precisa de
meio-campistas técnicos e velozes, é mais um fator para a diretoria
repensar as contratações. Além disso, o Coritiba ainda precisa de um
jogador de boa qualidade técnica, condicionamento físico e liderança
positiva. E, se quiser um time para subir este ano, pode abrir o cofre,
diretoria!
Coxa eu te amo!

Luiz Carlos Betenheuser Júnior – luiz@coritiba.com

A América não-explorada
Amanhã ocorrerá o sorteio que indicará qual agremiação enfrentará o
Paraná Clube na primeira fase do maior torneio continental do próximo
ano. Entre os mais importantes prováveis rivais figuram o
(relativamente jovem, mas já tradicional) Cobreloa do Chile, o Danúbio
do Uruguai (uma força emergente com recentes bons resultados); o Real
Potosí, da Bolívia (cuja maior virtude é o fato de mandar seus jogos a
mais de quatro mil metros de altitude); o não muito conhecido time
paraguaio do Tacuary; o venezuelano Deportivo Táchira (competente e
perigoso) e o imprevisível Sporting Cristal, do Peru. O fato é que o
Paraná tem tudo para, independentemente do adversário, seguir adiante
nas demais fases da Libertadores e assim, buscar algo inédito para o
futebol paranaense; para isso, no entanto, precisa de uma política
séria de contratações, devendo ser os eventuais reforços “pincelados”
com extremo zelo e inteligência, de modo que o tricolor conte em 2007
com um elenco competitivo.

Parabéns, Tricolor
Para todos os paranistas seguem minhas felicitações. Nosso amado
tricolor foi fundado em 19 de dezembro de 1989. Estamos a um ano da
maioridade e participando já de uma Copa Libertadores. Que 2007 seja um
ano de muitas felicidades e juízo.
Força Tricolor!!!
David Formiga – davidformiga@terra.com.br