Por mais que o técnico René Simões insista em dizer que o time está com
mais paciência e sabe esperar o momento certo pra ganhar o jogo, eu
discordo. Por mais que os analistas digam que o time tem uma postura
tática dos numerais 3-5-2, discordo também. A postura tática do
Coritiba tem sido extremamente defensiva, conservadora e burocrática.
Mesmo jogando em casa, a postura é de um 5-4-1, com variação de 5-3-2.
Com essa falta de ousadia, o Coritiba vai subir e pode até ser campeão.
No entanto, o sofrimento será muito grande e os jogos sempre serão
complicados. Um exemplo disso foi o jogo contra o Ipatinga. Em tempo:
um empate será bem aceito na noite de hoje, em Fortaleza.
Humilhação
Quem ainda tinha duvida agora não tem mais. Realmente a torcida
atleticana joga muito mais que o time. As partidas realizadas dentro de
casa deram mostras claras disso. Venceu Atlético-MG, viajou e perdeu
para o Vasco e para o Fluminense. Ganhou do Palmeiras e venceu o
Paraná. Bastou dar uma saidinha de casa para ser humilhado no Recife. A
apresentação contra o Náutico foi simplesmente sofrível. É claro que,
dentro de casa, e com o seu principal jogador (a torcida), pode vencer
o Botafogo. Porém, se voltar a ter muito sono, será uma presa fácil
para o time da estrela solitária.
Reabilitação
Em nenhum momento temi. Nem quando o Fluminense fez o primeiro gol. O
Paraná dominou o jogo o tempo todo e sofreu o gol num descuido da zaga.
Após se refazer do susto, foi pra cima e conquistou uma vitória com
méritos. Para a próxima rodada, deve-se tomar muito mais cuidado. O
time do América está longe de ser uma equipe competitiva. Nesse
momento, não passa de um franco-atirador. Vale lembrar que, na condição
de um time sem aspirações, já venceu o Paraná Clube dentro da Vila
Capanema.
Edílson de Souza – edilsondsouza@yahoo.com.br
Sem explicações
Em Recife, parecia que os jogadores atleticanos tinham passado a noite
na farra. Não tinham vontade de jogar futebol. Também não adianta
querer achar culpados, pois o momento não é esse. Temos que ganhar os
jogos em casa, para nos livrarmos do inferno da segunda divisão e
começar 2008 do zero.
Contra Botafogo e Vasco, é obrigação dos atletas lutarem dentro de
campo como verdadeiros guerreiros, fazendo com que as vitórias
aconteçam por merecimento. Então ficamos assim: como prometido, não vou
esculachar ninguém, nem idolatrar, mas o acordo tem que partir dos dois
lados — torcida e jogadores. Nosso apoio vai ter até o final do ano;
agora, se não corresponderem, a história muda.
Maquete
O grande sonho da família atleticana sem duvida nenhuma é ver a Baixada
concluída. Neste final de semana, a maquete foi apresentada. Já tinham
vazado na imprensa as imagens. Nada de diferente, mas algumas coisas me
chamaram atenção: por que não foi feito uma grande festa para a
apresentação do projeto? Por que não deram credenciamento para o
Furacão.com? Por que não convidaram as lideranças das torcidas?
Diretores declaram nos microfones que a união de todos tem que
prevalecer, então por que virar as costas em um momento tão importante
para o clube? Desculpas como a de proteger o site oficial não colam,
pois, se realmente fosse verdade, não colocariam um colunista do
rebaixado para escrever lá. O objetivo é não deixar cair, mas nem por
isso esquecemos tudo que aconteceu. Respeito é bom e paciência tem
limite.
Vai ou fica?
Vão subir, depois de brincar de dupla de pênalti, conseguiram uma
vitória. Será que terão competência para permanecer na primeira divisão?
Um Ultra-abraço!
Gabriel Barbosa – neibarbosa@terra.com.br
Mais trabalho, Coritiba!
A liderança da Série B não pode embriagar a torcida do Coritiba. Cabeça
no lugar, pés no chão e muita raça em campo. A coletividade coritibana
não se pode deixar influenciar pelo clima de “já ganhou, de chopp da
vitória”.
A dificuldade de um campeonato como a Série B não permite vacilo, muito
menos daqueles motivados pela desconcentração. Assim como ganhamos
jogos no último minuto — Ponte Preta, Brasiliense, Ipatinga —, o
resultado poderia ter sido inverso.
Os jogos deste returno vencidos pelo Cori foram todos muito difíceis e
por isso mesmo não é hora de comemorar, e sim de trabalhar mais.
Mantendo a seriedade, tolerância zero contra erros.
René Simões tem tido um papel fundamental na recuperação do Coxa. Não
tanto tática ou tecnicamente, mas muito mais pela sua liderança em
preservar os jogadores. René blindou o elenco, trouxe tranqüilidade e
confiança ao time. E, principalmente, uniu os jogadores em torno de um
objetivo: o de levar a nação Coxa de volta à Série A. É nítido que os
jogadores têm esta vontade em mente. As ações deles dizem isso de uma
forma muito clara.
É verdade que só pensar não basta, tem que agir. Um jogo por vez, concentração total e trabalho e mais trabalho, Coxa!
Coxa, eu te amo!
Luiz Carlos Betenheuser Júnior – luiz@coritiba.com
Aprendendo, “pero no mucho”
Há tempos digo que o time tem que jogar ofensivamente, que os alas têm
que participar abrindo espaços para os avantes, que Jeffe tem que ser a
referência no ataque para Josiel infernizar os oponentes e que Batista
é “o cara” para dar qualidade na meia-cancha. Desde Zetti, o Paraná não
vencia convencendo. Ontem, nos primeiros 60 minutos, o tricolor jogou
como time que devia estar no G-4. Depois, recuou e voltou a ser o mesmo
da “zona da degola”.
Como Lori Sandri irá encarar o América em Natal? Com a covardia e
apatia do segundo tempo ou com a desenvoltura e capacidade do primeiro?
Terá ele enfim assimilado como deve montar sua equipe e qual a postura
que deverá a mesma adotar? Ou sua inexplicável teimosia obrigará os
paranistas a mais um “sufoco”? O Paraná hoje está fora da “ZR”, mas
pode ainda conseguir vaga numa copa continental — o que depende da
coerência de Lori.
Show na Vila
Num dia de festa, comemorando “aniversário”, a Fúria está de parabéns
pela data e pelo exemplo. Nunca se viu no país torcidas de equipes
distintas que iriam se enfrentar em campo sentadas lado a lado no mesmo
espaço em harmonia. Foi uma festa do futebol, com casa cheia, em bela
apresentação. Ficou o exemplo para o Brasil e para o “camisa 12” — que,
espero, tenha entendido ser necessário para ajudar a equipe na busca
pela vaga na Sul-americana. Parabéns à Fúria Independente.
Força Tricolor!
David Formiga – davidformiga@terra.com.br