Edílson de Souza
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Mudança
É obvio que, diante uma goleada impiedosa, além da campanha totalmente irregular, alguma mudança deveria ser promovida dentro do Parana Clube. Porém, uma opção pela troca de treinador não seria o melhor caminho.
A cultura do futebol brasileiro, desde há muito tempo, é de encontrar responsáveis quando dos insucessos. Por isso, quando os resultados positivos não aparecem, o primeiro responsabilizado é o treinador.
Contudo, Marcelo Oliveira jamais poderá ser considerado responsável pelo baixo desempenho do clube. Pois o trabalho desenvolvido por ele, sem duvida, até pelo plantel que foi-lhe entregue, é de alta qualidade.
Por outro lado, a chegada de Roberto Cavalo é um verdadeiro pedido de desculpas ao treinador por parte do clube. Senão vejamos: no ano passado, o Parana Clube estava em uma mesma situação, sofrendo e muito, com possibilidades de rebaixamento. Nada dava certo e, com a chegada de um novo comandante tudo mudou, o time cresceu e conseguiu safar-se da degola. Mas, mesmo assim, não conseguiu se manter no cargo. Algumas pessoas não gostaram do trabalho. Então, o seu retorno nada mais é do que um pedido de desculpas desse profissional que chega para salvar mais uma vez.

Mudança II
Como são as coisas: o técnico Paulo César Carpegiani estava esquecido, quase aposentado. Bastou dirigir o Atlético, fazer um trabalho razoável para que fosse lembrado pra treinar um grande clube. Ele tem os seus méritos pela montagem do tudo que vimos até aqui.
O Paulo deixou o time da Baixada e foi para o São Paulo. Deixou também uma pontuação respeitável, muito perto da zona de classificação para a Taça Libertadores de América.
Quem chega é o Sérgio Soares. Um treinador que pode ser considerado emergente. Ainda não recebeu oportunidade de trabalhar em um grande clube. Mesmo assim, os times comandados por esse profissional jogam com qualidade. Basta ver a fumaça que o Santo André provocou no Campeonato Paulista. A primeira impressão pode ser tirada já na próxima rodada. Uma vitória contra o Vasco da Gama pode ser um ótimo cartão de visita.

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Gabriel Barbosa
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Já vai tarde!
Foi bom enquanto durou, mas PCC não faz mas parte da vida atleticana. Por ele fazer muitas invenções, sempre fui crítico do treinador. Depois que parou de inventar com Netinho, Leandro e tantas outras lambanças, acertou o time. Mas para um técnico que no seu histórico condiz com uma realidade não duradoura pelos clubes que passou, isso é natural.
E agora? Só existe uma maneira de manter viva a esperança de conseguir uma vaga na Libertadores: não efetivar Leandro Niehues. Já ficou provado que o auxiliar não tem capacidade de dirigir a equipe principal.
Se realmente pensarmos alto, nada mais justo que contratar um técnico com experiência, para seguirmos a caminhada. Vamos apostar alto, chegou a vez de mostrar para todo o Brasil o potencial do Clube Atlético Paranaense.
Para PCC, não lhe desejo má sorte. Pelo contrário, espero somente que no final do ano possa ver a seguinte manchete: PCC saiu do Atlético lutando pela vaga na Libertadores e deixa o São Paulo no grupo intermediario do Brasileiro, sendo assim a diretoria resolveu romper o contrato, e está indo atrás de um novo treinador.
Não tenho bola de cristal, mas todos sabem a capacidade de PCC e, caso isso venha a acontecer, não será nenhuma novidade. Quem sabe veremos Dagoberto jogando de zagueiro!

Um Ultra abraço!

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Luiz Carlos Betenheuser Júnior
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Trabalhar em silêncio
O Coritiba venceu mais uma no Alto da Glória, segue líder e vai avançando rumo à Série A, mas o jogo contra o Santo André mostrou bem o quanto é complicado o trajeto coritibano.
Um dos segredos é trabalhar em silêncio. Lembro bem o clima que rondava a Vila Capanema antes da parada à Copa do Mundo. Serve de exemplo para a coletividade alviverde manter os pés no chão, a cabeça no lugar e seguir a cartilha: trabalhando em silêncio, pois o clima de “Já ganhou!” desmobiliza e acaba sendo maléfico.
O time Coxa agora segue viagem para o interior paulista, onde encarará o Bragantino. Um jogo complicado, mas o Verdão pode pontuar lá fora e voltar para casa entre os primeiros.

Coritiba, a Torcida que nunca abandona!

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David Formiga
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Pausa para pensar
A atual fase do tricolor não é das melhores. Após ter liderado a segundona, o Paraná Clube viu-se num emaranhado de situações e, em decorrência disso encontra-se em queda-livre.
Salários e direito de imagens atrasados, venda de jogadores-chave para conseguir pagar o elenco, passivo trabalhista, debandada de alguns revolucionários, enfim, muitos temas passíveis de pauta assolam o cotidiano tricolor.
De um lado, aparentemente cansados e sozinhos, Romani e Guto, como apoio de Trombini, tentam de todas as formas agüentar firme a situação que já afastou, por problemas de saúde, Aramis Tissot do front.
Outra baixa (esta anunciada) é a do treinador Marcelo Oliveira, o único que, desde a queda em 2007, conseguiu levar o tricolor acima do décimo lugar na segundona. No entanto, os problemas acima acabaram minando o mineirinho e sua permanência no comando tricolor ficou prejudicada.
Pior ainda parece ser a falta de perspectiva para torcedores, sócios e dirigentes. Fala-se até na irresponsabilidade absurda de uma terceirização do departamento de futebol. Quem terceiriza, outorga para outrem a responsabilidade sobre algo e entendo que isso não deva ocorrer.
O futebol recente está cheio de exemplos de más parcerias e de descaracterização de entidades esportivas graças a terceirizações, temos até um Grêmio itinerante como exemplo. As más parcerias do passado recente tricolor devem ser tomadas como exemplo para que novas e melhores sejam assumidas, sem nunca, no entanto, ceder o comando do departamento de futebol, afinal, a responsabilidade cabe a quem fora eleito para tal.
A terceirização afasta o futebol do seu torcedor. Os empresários visam dinheiro e não títulos, isso tem que ficar latente para todos.
Não é hora de atropelos, mas de calma, serenidade. O tricolor precisa respirar, deixar obrigações laborais em dia sem vender sua alma e, do jeito que for, manter-se na segundona para, com responsabilidade e profissionalismo planejar já o Paraná Clube não apenas de 2011, mas do futuro, sem precisar outorgar a terceiros, alheios aos interesses institucionais, o comando do seu futebol.

Teu destino é vitória!

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Edílson de Souza
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