A saída do treinador Lori Sandri do Paraná é só a ponta do iceberg.
Pode desencadear um grande processo de lavagem de roupa suja. Os
problemas internos são de toda ordem e estão destruindo as estruturas
da Vila Capanema. Os pecados podem ser muitos — vaidade, ingerência,
falta de decoro, somados a uma dose exagerada de incompetência e
conversa fiada.

 Enquanto o time do Paraná segue num ritmo acelerado rumo à segunda
divisão, principalmente após as ultimas rodadas, o patrimônio de
pessoas ligadas ao clube faz um trajeto inverso: segue o crescimento.
No passado não muito distante, não havia dinheiro para segurar Zetti, a
economia foi a vilã. Para outras coisas, porém o dinheiro apareceu com
facilidade e para alegria de poucos.

Mais uma vez, a política do bom e barato vai marcar presença. A
contratação de Saulo de Freitas é um bom exemplo disso. Entendo que
nesse momento seria necessário um treinador com mais experiência, mas
esse procedimento custaria um pouco mais e diminuiria, em tese, o lucro
de algumas pessoas. Tomara que dê certo e o Tigre da Vila livre da
degola o Paraná Clube, como fez no passado o técnico Caio Júnior.

Para ajeitar a carga
A qualidade do futebol do Coritiba no Nordeste chocou até os mais
ardorosos torcedores. Como pode um time cair tanto de produção quando
joga longe do seu torcedor? A resposta é simples, e passa pelas mãos do
treinador René Simões. O posicionamento é muito equivocado e desperdiça
o talento de alguns jogadores que são colocados fora das suas reais
posições. O técnico tem uma facilidade enorme de colocar nos ostracismo
jogadores de qualidade e, quando precisa do serviço deles, não obtém
resposta. A decisão do campeonato vai ocorrer na sexta feira, contra o
Criciúma — aliás, mais uma decisão. Se perder, será o inferno, mas se
vencer será o Alto da Glória.

Sem risco
Mesmo com as derrotas fora de casa, o Atlético vai se afastando da zona
de perigo. Dentro de casa, além do show da torcida, o time tem tido
sorte. Contra o Vasco foi assim, e a vitória veio no final. Para a
próxima rodada, mais uma vitória é esperada, mesmo que o Juventude seja
difícil de ser batido no Alfredo Jaconi.
Edílson de Souza – [email protected]

Simplesmente Atlético
Quando a determinação entra no grupo de jogadores, é certo que a
vitória só não acontecerá por força maior. Com toda essa vontade, o gol
de Ferreira no final da partida fez prevalecer o time que buscou jogar
futebol os noventa minutos. Não foi uma apresentação tecnicamente
perfeita, mas o que vale são os três pontos. A zona de rebaixamento vai
se afastando e uma vaga para sul-americana fica mais próxima a cada
rodada. Que essa mesma determinação esteja presente em Caxias do Sul,
para de uma vez por todas provar que segunda divisão é para os
incompetentes.

Declínio
Na semana passada, um jogador do time do puxadinho faltou com respeito
contra os times do América e do Figueirense, colocando-os  como dois
times pequenos. Hoje, faço a seguinte pergunta: Quem é o time pequeno?
Se os coloridos se encontram nesta situação, é por achar que já estavam
consolidados no cenário nacional. A segunda divisão vai fazer bem para
todos aqueles que um dia acharam que essa fusão iria dar certo.
Aproveite e peça uma apostila para o rebaixado.

Sem preocupação
Perder para o time das letrinhas não foi ruim. Não se preocupem, a
primeira divisão está a um passo. Este tem que ser o pensamento, podem
até jogar com os reservas que à vaga esta garantida. Se depois que
ganharam dos mineiros aprendendo a bater pênalti, que continue assim.
Só cuidado para não tropeçar nos próprios erros, porque, se setembro
não foi ruim, outubro pode não ser a mesma coisa. Será que a “bruxa”
chegou atrasada?
Um Ultra-abraço!


Gabriel Barbosa – [email protected]

Vencer
René Simões e os jogadores do Coritiba entrarão em campo no dia 12
perante aquele que deve ser o maior público do ano nos estádios
paranaenses. As torcidas estão preparando uma grande festa para receber
o time na sexta-feira. Será a maior já feita num estádio de futebol. O
clima da torcida é um só: vou ao jogo para ajudar meu time a vencer.
Dos jogadores, nada se pede além da vitória. Sem desculpas, sem
conversas, sem “se”. É vencer. O time tem que vencer para solidificar o
caminho de volta à Série A em 2008. E, para vencer, além da vontade e
da dedicação dos jogadores, caberá ao treinador René Simões cuidar da
estratégia contra o time catarinense.
O treinador precisa simplificar as coisas, colocar os melhores para
jogar — cada um na sua real posição — e mobilizar o time para encarar o
Criciúma como uma decisão, pois o jogo será decisivo. O Verdão deve
entrar em campo para jogar para a frente, como quem é o líder e terá
quase 40 mil ao seu lado. Quem terá o apoio da torcida será o Coxa. E
esse apoio precisa ser bem aproveitado, pois a Série B é decidida nos
jogos em casa. A hora é de vencer.
Coxa eu te amo!

Luiz Carlos Betenheuser Júnior  – [email protected]

Tem gente que não aprende mesmo
O que fazia um atacante improvisado na ala, ao lado do goleiro, no
lugar do zagueiro do setor? Por que não estava Adriano cobrindo a
entrada da área? Onde estava o notívago DM no lance? Onde está a forma
física de Nem? Por que Kleina veio? Por que Sandri não arrumou o setor
direito imediatamente à expulsão, tendo demorado dez minutos para
fazê-lo? (E aí, já estava 2 a 0, pelo “desacerto” do setor). Por que,
quando colocou Léo Matios, um bom cruzador, sacou Jeff, a referência de
área? Como alguém pode colocar Renan para lançar quando nosso único
avante está marcado por dois? Por que o Paraná Clube não tem chapa de
oposição? Para ficar isso que aí está? Como agüentar nove jogos fora de
casa sem marcar pontos? Como agüentar seguir jogando para apenas não
perder? Como suportar perder seis pontos para Figueirense e América?
Como “subir” em 2008 sem o mesmo valor de “cota televisiva?” Como
suportar ver seu time reiteradamente desmontado, ano a ano? Como
engolir as recorrentes e evasivas justificativas de quem isso permite?
Como perdemos a oportunidade de fincar os pés no topo dos times
nacionais em 2007, ano que teria tudo para ser o definitivo?
O ano de 2006 foi um sonho do qual acordamos e, quando voltamos,
deparamo-nos com a realidade dos “Torneios da morte”, para onde o mesmo
grupo nos levou. Como não conseguiram aprender com os erros?
Mais do que nunca, FORÇA TRICOLOR!

David Formiga – [email protected]