Edílson de Souza
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Na bacia das almas
O futebol é um esporte apaixonante por possuir alguns ingredientes. Um deles é o fato de o mais fraco ter a possibilidade de superar o mais forte, de não haver a certeza que o favorito vencerá, e principalmente porque, nem sempre quem vence é o melhor.
É muito fácil comprovar essa tese, senão vejamos: o Atlético Paranaense massacrou o Vasco da Gama em São Januário, poderia ter alcançado uma goleada naquela oportunidade. O empate conquistado foi frustrante e de nada ajudou o time a se safar da zona do rebaixamento.

No entanto, quando todos esperavam uma apresentação de gala na Arena da Baixada, contra o Sport do Recife, o que vimos foi um time totalmente desorganizado, sem garra, errando muito. Parecia que o time estava pesado, se arrastava em campo e a lentidão erra de irritar até um monge tibetano.

Se, no Rio de Janeiro o empate foi considerado uma perda de dois pontos, tal a superioridade atleticana, o inverso ocorreu na Arena. O Sport fez por merecer a vitória, comandou as ações e o resultado foi totalmente injusto. Assim é o futebol, contra o Vasco quem chorou foram os atleticanos, no último domingo os pernambucanos reclamaram muito da sua falta de sorte. O técnico Geninho foi muito feliz na suas declarações, quando se perde as lamentações devem contidas e as vitórias, independentemente da forma que elas ocorram, devem ser recebidas com naturalidade e sem muita comemoração.

Como é difícil
A apresentação do Paraná Clube, no Pacaembu, contra ao Corinthians foi muito boa. Em determinados momentos a superioridade tricolor ficou evidente e provou que o virtual campeão da segundona não tem nada de extraordinário.

O que chama atenção é a forma que arbitragem trata os adversários do time corintiano, são critérios diferentes para cada situação. Para os jogadores do dono da casa tudo era permitido, até ponta-pé sem bola, como fez o Cristian em cima do Giuliano.

Não vou querer tirar o mérito da ascensão do time do Parque São Jorge, mas o Corinthians é um time que não precisa da ajuda da arbitragem. Esse clube foi o mais ajudado na competição, as arbitragens favoráveis ao timão foram uma constante na serie B. Não houve um jogo sem polêmica sobre a arbitragem ou que os adversários não saíram de campo reclamando dos “homens de preto”.

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Gabriel Barbosa
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Jogar bem? Pra que!
O importante no futebol e ganhar. A maioria da torcida sempre gosta de ver a vitória ser associada a um futebol bonito.
Nos dias de hoje no Atlético, sabemos que não podemos querer show dentro das quatro linhas, mas podemos esperar garra, dedicação e vontade. Este jogo contra os pernambucanos, ficou evidente que o time lutou até o final, a os três pontos vieram como uma graça divina. Estamos bem vivos na competição e sábado em Florianópolis, no Orlando Scarpelli, dividiremos e estádio com a torcida do figueira. Quem sabe uma vitória lá em Floripa, para começarmos a respirar um pouco mais. Eu estarei lá, e você!

Paquitas!
Não se preocupem com nós! Iremos conseguir nos livrar do rebaixamento por nossos próprios méritos. O dia que precisarmos de ajuda de vocês para alguma coisa, não será nada diferente do favor feito em noventa cinco. Para bom entendedor, meia palavra basta.

Silêncio!
Por que não te calas!

Um Ultra abraço!

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Luiz Carlos Betenheuser Júnior
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A montagem do novo elenco
Depois da má jornada contra o Ipatinga, o time do Coritiba mostra sinais de ‘cansaço’ técnico e tático, além do desgaste motivacional. Ainda é de se perguntar a quantas anda o ‘pulmão’ do time, que em Minas, parecia cansado em campo.

É hora de pensar na montagem do novo elenco. Pensar mas não falar publicamente sobre o assunto, já que o campeonato não acabou.
Homero Halila, diretor de futebol do Cori, destacou recentemente que o Coxa deverá manter 70% do atual elenco para a temporada 2009. Pra mim, muita gente. Penso que o Verdão precisa reformular bem mais o seu elenco pra poder ter um time forte o suficiente para conquistar um título nacional ou internacional no ano do Centenário. O regional é obrigação. Basta ver como estão os times da Vila e da ReBaixada.

Coritiba, a torcida que nunca abandona.

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David Formiga
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Certo e errado
Na vida, o segredo para o sucesso parece ser fazer simplesmente o correto. Mesmo assim algumas pessoas insistem em fazer o que bem entendem, muitas vezes com teimosias, intransigências, o que não leva aos bons resultados.

O que dizer, por exemplo, de uma agremiação de futebol que inicia um campeonato sem seus titulares definidos? O que falar de dirigentes que, por serem empresários, confunde seus atos e, ao agir, parecem, pelo reflexo dos mesmos, prestigiar o lado pessoal ao da coerência, da responsabilidade pela função exercida?
Como não repreender o atleta profissional que só sabe marcar “batendo”, ao que se “joga” por tudo ou ao que recorrentemente simula “situações”?

Podemos tolerar que um atleta, na proteção uma bola, manifeste-se de forma exagerada, provocando sua expulsão?
Como aceitar que o futebol, esporte mais amado do (e da) globo, que movimenta mais dinheiro que vários países, tenham em quem decide em campo, um não-profissional, nem sempre isento para arbitrar os embates?

A dualidade entre o que é certo e o que é errado existe não somente no futebol, mas em tudo o que vemos nas ruas e mesmo em nossas casas. Fazer o “considerado certo” nem sempre é mais fácil, prático ou rápido, mas, podemos questionar os resultados atingidos?
E quando nem questionamos se algo é certo ou errado, ou quando nos omitimos sobre algo que vemos não ser coerente? Somos solidários no “erro” por isso? Temos responsabilidade?

Sem chances de subir à primeira divisão ainda em 2008, o tricolor olha melancolicamente para 2009 onde não terá alguns jogadores, ciente apenas de que seguirá com a mesma trupe e filosofia.
As últimas temporadas paranistas refletem o acerto ou o erro?

Teu destino é vitória!

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Edílson de Souza
[email protected]