O Coritiba venceu mais uma em casa, com muito sofrimento. Não consigo
entender como o time tem tanta dificuldade para jogar, vence, mas o seu
futebol não convence. Tenho criticado muito o treinador René Simões. No
sábado, porém, ele trabalhou muito bem. Que culpa poderia ter ele se os
jogadores não fizeram o que ele pediu? Ou se aqueles que ele substituiu
não renderam o esperado? Outra coisa que não consigo entender é o fato
de o Verdão não ter um jogador para suprir a ausência de Veiga. Todos
que tiveram chance decepcionaram, e o volante Careca não possui
qualidade técnica para vestir a camisa do Coritiba.

Só um milagre
As últimas rodadas e as derrotas obtidas devem colocar o Paraná Clube
na segunda divisão do ano que vem. No entanto, o time começou a cair
quando dirigentes irresponsáveis começaram usar o clube em beneficio
próprio, para encher os bolsos. É lamentável, sobre todos os aspectos,
saber que pessoas que tiveram apoio incondicional do clube, de torcida
e principalmente da imprensa caíram em tentação — para não dizer outra
coisa mais forte.
Não é o fim do mundo. Ser rebaixado faz parte do jogo. Mas descobrir
falcatruas dentro do clube que colaboraram em muito para isso é, sim, o
fim do mundo.

Na expectativa
Sem muitas chances de alcançar as primeiras posições, mas livre do
fantasma do rebaixamento, o Atlético se contenta com uma vaga na
Sul-Americana. Uma boa conquista para um time que, novamente, cometeu
vários equívocos no início da temporada. Não fez muita questão de
conquistar o Paranaense, apenas se preparou para ser campeão da Copa do
Brasil e foi eliminado em casa. Poderia fazer um Brasileirão melhor e
não fez. E na Sul-Americana foi um fiasco. Para o Furacão, o pensamento
é a chegada do mês de dezembro, e que 2008 seja bem melhor.

Três pontos
O mais importante, que era a vitória atleticana, aconteceu. Não importa
se o time jogou bem, o que interessa foi subir na tábua de
classificação. Se os 17 mil torcedores não se encantaram com um futebol
de qualidade, pelo menos vontade não faltou. Estamos precisando de mais
três pontos para escapar do inferno. Passada esta tempestade, já
poderemos pensar em 2008, com planejamento e acima de tudo vontade de
ser campeão. Que este ano fique de aprendendizado para a diretoria e
que os erros não se repitam.

Final da rua
Até parece que foi ontem que o senhor com uma determinada idade
colocava que o seu time (aquele do puxadinho) como um grande clube no
cenário nacional, e nós, donos da maior torcida do Paraná, como sério
candidato ao rebaixado. Hoje vemos que este senhor estava completamente
enganado — mais do que isso, mentia para ele mesmo. Não vou aproveitar
este momento para humilhar ou ridicularizar, pela seguinte razão:
respeito pelo torcedor que um dia achou que este senhor fazia o bem
pelo clube que ele torcia. A segunda divisão já está escrita, quem sabe
daqui a umas duas décadas voltem a disputar a elite. Mas para isso
acontecer, não acreditem mais em pessoas que se julgam donas da
verdade. Aos meus amigos paranistas, meus eternos sentimentos, e
aproveitem para conhecer novas cidades.

Geografia
A segunda divisão não foi tão ruim para o time do banana de pijama.
Toda a garotada que irá prestar vestibular conseguirá gabaritar a prova
de geografia. Como dois anos fazem diferença!
Um Ultra-abraço!
Gabriel Barbosa – [email protected]

Longe de casa
O Coritiba terá dois jogos fora de casa – Barueri e Ponte Preta – nos
próximos dez dias. São dois jogos que podem antecipar muito as coisas
para o Verdão voltar à Série A. A vitória sobre o Santo André, mais na
base da raça, determinação e força do que técnica, serviu para acalmar
os ânimos da torcida, irritada com a má jornada na mini-excursão pelo
nordeste brasileiro.
 
Líder, agora o Cori sai de casa para encarar dois times paulistas que
jogam as últimas fichas para entrar no G-4. Se não vencer, mas jogando
como um time que quer vencer, certamente a torcida coritibana será mais
tolerante do que foi após os jogos contra Fortaleza e CRB, quando o
Coxa não jogou como um time que queria vencer.
A comissão técnica e os jogadores do Alviverde precisam definir uma
estratégia de jogo para buscar a vitória a qualquer custo. Vitórias
nestes dois jogos garantem uma tranqüilidade extraordinária à torcida e
uma motivação sem precedentes para os dois jogos em casa, logo a
seguir. Chegou a hora de ir ao ataque, Coritiba!
Coxa eu te amo!
Luiz Carlos Betenheuser Júnior – [email protected]

Poder da putrefação
Desde o advento dos pontos corridos, o Paraná apresentou honestas e
boas campanhas, sempre tendo, na pior hipótese, escapado da
possibilidade de descenso antes das últimas cinco rodadas do certame.
Nesse período, demonstraram ser um time de primeira, classificando-se a
copas continentais mais vezes que os rivais locais.
Mas veio o delírio, e o poder da realização foi deturpado por aqueles
que o detinham. Teve até comunista virando capitalista da pior espécie.
Che Guevara ficaria vermelho de vergonha!

Mais preocupado com ganhos pessoais, e deslumbrado pela mídia, foi
instaurado o “poder da putrefação” e a ganância fez com que a fórmula
de desmanchar um time por ano não se repetisse. Em poucos meses, dois
times foram desmanchados intencionalmente, em face de não vitória
extracampo, tangente à alteração estatutária visando a perpetuação do
que hoje se sabe.

Isso condenou o Paraná Clube, pois, quando o segundo elenco chegava
próximo da “liga”, as idiossincrasias, o despreparo, a insanidade e o
sentimento de impunidade permitiram que esse “segundo time” do ano
fosse também desmontado, ficando a reconstrução a cargo de amadores
trazidos pelo primeiro.

Com conivência de quem deveria fiscalizar, isso foi permitido e não
evitado. O risco foi omissamente assumido por quem hoje posa como
vítima, num claro intento de seguir a senda empresarial já instaurada.
Assim, membros da situação-oposição conflitantemente acumulam hoje a
posição de dirigentes e empresários.
Apesar de tudo, o torcedor tem fé! As três cores foram maculadas por
pessoas e atos infinitamente menores que a entidade, que sua torcida.
Mas o dano foi feito e talvez Saulo não tenha tempo de corrigir os
erros do grupo que segue, agora sob nova-velha direção.
FORÇA TRICOLOR!


David Formiga – [email protected]