Edílson de Souza
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Na corda bamba!
Em outras circunstancias, se a situação do Coritiba não fosse tão caótica em termos de pontuação, perder do Sport, em Recife, poderia muito bem ser considerado um resultado normal. Ao ser derrotado em casa pelo time do Santos, o time coxa branca se via na obrigação de vencer.
O discurso no Nordeste brasileiro era de vitória. Diferentemente dos tempos de Marcelo Oliveira, que valorizava demais os seus adversários, Marquinhos Santos dizia da importância de impor o seu melhor futebol e vencer. Porém, do discurso até a prática, com o desempenho dos jogadores no gramado, houve um abismo do tamanho semelhante ao da insatisfação dos torcedores com seu time neste ano.
Até entendo que o técnico Marquinhos Santos tenha potencial. Talvez, seja um grande estudioso do futebol, que possa ter bons conhecimentos técnicos. Também, que é muito cedo para ter uma avaliação. No entanto, tenho a convicção que os problemas do Coritiba, desde o início da competição, jamais foram causados pelo técnico e sim pela falta de técnica de alguns jogadores. Alguns deles, aliás, que têm neste momento, o prazer e a responsabilidade de vestir a camisa alviverde, não o fazem com a galhardia que o clube merece. Contudo, lá estão, porque alguém os colocou, ou melhor, os contratou.
Ouvi algumas críticas ao trabalho do jovem treinador Marquinhos Santos pela sua opção defensiva no final do jogo na Ilha do Retiro. A mim não causou nenhum tipo de surpresa a colocação em campo do Junior Urso. Ele faz parte do elenco, veio para jogar e tem de ser utilizado. O treinador sabe de todas as limitações de grupo de jogadores e de nada adianta querer se jogar para cima do seu adversário. Melhor tentar ficar com um pontinho na bagagem, mesmo que o discurso seja outro.
O Coritiba, já com a nova gestão, nas últimas quatro rodadas venceu Flamengo e Atlético Goianiense. Obviamente, venceria até mesmo com o antigo comandante, pois o padrão de jogo foi mantido. Perdeu do Santos e Sport, provavelmente, também perderia pelo fato de os adversários serem superiores tecnicamente ou pelo fato de sempre perder fora de casa.
Então, se a mudança era para trazer um fato novo, de dar uma motivação maior ao grupo, tudo bem. Agora, se a intenção era dar mais rendimento técnico, pelo menos por enquanto, não surtiu o efeito desejado. A falta de resposta positiva em termos numéricos, mesmo com a troca de comando, pelo menos a meu ver se dá por alguns motivos: primeiro porque o problema não era o treinador. Segundo que um fato novo melhora o ambiente e não rendimento técnico de quem não tem. E mais, o discurso motivacional tem tempo de validade bem definido. Tomara que ainda haja tempo de recuperação para evitar mais um vexame.

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Gabriel Barbosa
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Alegria!
Como e bom começar a semana com três pontos. Sábado tudo foi perfeito, uma quebra de recorde da torcida no Malucelli, onde todos os estádios de Curitiba, a torcida mantem sua hegemonia e ser a maior da capital, e não e só isso, o astral que a arquibancada passou para os jogadores dentro de campo foi fundamental para continuarmos vivos na disputa pelo acesso. Sobre o jogo todos sabem, então por que não enaltecer o “belo” gol de Marcão e saber reconhecer que Pedro Botelho está jogando muito bem na ala esquerda. Contra o Bragantino vamos somar mais três pontos, por quem sabe o Paraná Clube não faz uma graça sexta, e com isso voltamos ao G4. Difícil sim, impossível não!

Manchete!
Qual será a manchete da semana “deles”! Vão falar do terceiro anel, ou vão mostrar aquela cartolina toda desbotada sobre o novo estádio? Nada como um dia após o outro!

Um Ultra abraço!

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Luiz Carlos Betenheuser Júnior
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Perigosa mesmice
Marquinhos Santos veio ao Alto da Glória com a oportunidade concreta, real, rara e importantíssima, de construir algo novo para o time do Coritiba. Mas, curiosamente, até aqui, manteve a mesmice de outros tempos com Marcelo Oliveira, insistindo com Demerson, com Eltinho, com Lincoln (camisa 10, que não joga como tal, muito menos merece vestir tal privilégio de ser o dez), com Marcel (que comprovadamente não jogará bem enquanto não tiver dois alas bons para jogar por perto). Pior, não leva Ruidiaz, que era um dos pupilos da diretoria para arrumar o ataque, perde Deivid numa contusão de última hora (e para lá de última hora para ser noticiada), e ainda não tem seus dois principais jogadores, Rafinha e Emerson, contundidos. Uma combinação perigosa.
A perigosa mesmice segue também quando tem um time com três volantes e sem nenhum atacante de referência. Trouxe o Sport para o ataque, fez Vanderlei ser o nome do jogo do lado Coxa-Branca e com um aproveitamento perigoso de apenas 35%, começa a refazer as contas, pois perdeu novamente para um concorrente direto, um time fora do eixo.
A fragilidade do elenco montado por Felipe Ximenes é óbvia. “Está mais mais na cara do que o nariz do Bozo”. Enquanto isto, segue ele mandando e desmandando no Alto da Glória. E a piazada da base, cada vez com menos espaços no time. Só William joga como titular, mas isto é evidente, pois é o nome da vez para ser negociado.
A perigosa mesmice do Coritiba de 2012 leva o time para uma zona de risco altíssimo no Campeonato Brasileiro. Uma coisa é certa: não será a torcida que irá reverter o quadro se o time não jogar futebol. Só boa vontade (coisa que a torcida tem e muito!) vinda das arquibancadas não bastará.

Coritiba, a Torcida que nunca abandona!

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David Formiga
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O que esperar?
O campeonato por pontos corridos tem diversas fases. Neste ano, teve o Tricolor três “momentos” distintos. O primeiro deu-se enquanto não conseguia vencer. Da primeira à quarta rodada, somou apenas dois dos doze pontos disputados, um risível aproveitamento de 16,66%. Com o alerta ligado mas confiante pelas apresentações em campo, a equipe engrenou e não foi derrotada nas cinco jornadas seguintes, tendo conquistado treze de quinze pontos, aproveitamento de 86,66%, superior, por exemplo, ao do hoje líder Vitória, com 73%. Veio então a fase da instabilidade, com trocas inexplicáveis nos titulares, cujo reflexo deu-se nos resultados, tendo o Paraná conquistado desse ponto até a última partida (já com Cecílio) parcos quinze dos cinqüenta e um pontos disputados, aproveitamento de 29,41%. A média de aproveitamento paranista no certame é de 42,15% de pontos e ainda faltam doze jogos. No primeiro turno, quando todos esperavam que engrenasse, diante desses rivais o time da Vila conquistou treze dos trinta e seis pontos (aproveitamento de 36,11%). Caso repita esse desempenho, chegará o tricolor aos quarenta e cinco pontos que, em tese, garantiriam a permanência na segundona. Vencendo todas as partidas, o Paraná finalizaria o torneio com sessenta e oito pontos, chegando a 59,64% de aproveitamento, o que hoje, sequer garantiria G4. O que esperar das partidas restantes? Creio que, no máximo, a segundona está garantida, graças ao mau desempenho dos rivais diretos.

Força Tricolor!!!

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Edílson de Souza
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