O especialista

Edílson de Souza

Nos últimos anos, o Atlético tem se especializado em escapar da degola. É uma somatória de erros individuais e coletivos que impressionam pela forma repetida que se apresentam. Esse número incontável de péssimas atuações tiram do sério ate o mais calmo dos torcedores. A torcida atleticana já não aguenta mais tanta humilhação.
A vitória contra o segundo time do Corinthians mascarou a fragilidade do time atleticano. O grupo que ai está vem sendo contestado e questionado há bastante tempo. Basta verificar a campanha do ano passado. Em nenhum momento figurou na ponta da tabela. Só conseguiu escapar do rebaixamento pela capacidade do tecnico Geninho.
Nesse conjunto de incompetência técnica e administrativa é que podemos encontrar uma resposta para o atual estágio do time, o qual culminou com a goleada sofrida no estádio Olímpico, em Porto Alegre.
Os equívocos começaram pela escalação — e aí a responsabilidade total é do treinador. Passou pela falta de qualidade de alguns jogadores. A resposta deve ria ser dada pela diretoria que os contratou. Porém, o que mais choca é o fato de haver uma incapacidade por parte dos atletas de sentir qualquer tipo de indignação pela pífia campanha.
Quando da campanha para as últimas eleições do Atlético, os então candidatos logo se apressaram em mostrar os seus projetos. A intenção era investir mais no futebol e menos em material de construção. Investiram em jogadores como Marcinho, Paulo Baier, Rafael Miranda e Weslei. De duas, uma: ou esses jogadores consumiram todo o dinheiro do cofre, ou então os materiais de construção estão muito caros.

Mudanças
Com mais uma derrota no comando do Paraná, a situação do técnico Zetti ficou insustentável e ele foi demitido. Ninguém poderia esperar uma atitude diferente dessa tomada pela diretoria paranista. O futebol é feito de resultados. Quando eles não vêm, algo dever ser feito.
Quando da saída de Velloso, se fosse fazer uma lista de prováveis treinadores, provavelmente o Zetti não figuraria entre eles. Até pelo fato de o técnico não mais contar com o seu anjo da guarda, o Silas (hoje técnico do Avaí).
O novo contratado, Sergio Soares, mesmo com pouca bagagem, realizou trabalhos melhores que o Zetti. E isso contou entre outros fatores — como o financeiro — em favor do novo comandante.

Apagão
Onze minutos de jogo foram suficientes para mais um derrota vexatória no Campeonato Brasileiro. Após o jogo, Waldemar Lemos, deixou claro que, quando estava ganhando, ninguém se lembrava de reforços. Agora que perdeu, todos estão pedindo. Ou Waldemar Lemos é de outro planeta ou realmente não conhece nada do Atlético. Estamos pedindo reforços desde o começo do ano. Agora, para quem não sabe o que significa Atlético, talvez seja facíl falar. Vamos parar de enrolação, seu Waldemar. Estamos há quantas rodadas nesse entra-e-sai da zona de rebaixamento? É muito facíl achar que está tudo a mil maravilhas. Com mais alguns resultados negativos, a torcida pede sua cabeça e um novo treinador chega. E toda esta teoria que o time vai melhorar vai por água abaixo. Vamos parar de inventar. Colocar lateral para substituir lateral. Atacante no lugar de atacante. Marcinho já deixou claro que não gosta de jogar de avante. Precisa escrever na testa para entender? A paciência acabou!

Diretor
Contratamos um diretor de futebol que veio das origens dos coloridos. Se profissionalmente for capacitado, não terá problemas para trabalhar. Agora, presta atenção, Bolicenho. Aqui não venha de conversa fiada. Aqui o chicote estrala!
Um Ultra abraço!

Vencemos bem, mas a compliação continua
O Coritiba fez a sua melhor apresentação do ano de 2009 ao vencer o São Paulo por 2 a 0, no Alto da Glória. Foi uma vitória convincente e indiscutível. O Verdão mostrou seu melhor desempenho tático na temporada  — e contra um adversário difícil de ser batido.
A vitória traz tranquilidade apenas por uns dias. Apesar de estar fora da zona de rebaixamento, o Coritiba terá um jogo complicado contra o Barueri, que iniciou bem a competição e conseguiu resultados importantes, tanto em casa, como fora, aproveitando o começo de Brasileirão para pontuar.
Sem tempo para comemorar, o Coxa inicia a semana precisando montar um esquema de jogo que lhe traga pontos fora de casa. Trabalho complicado para René Simões, pois a instabilidade do time tem que acabar. A melhor notícia da semana foi Homero Halila na coletiva comentando que o clube irá procurar mais reforços.
Enquanto isso, na Baixada, o time “deles” leva mais uma sova de quatro e vai parar na zona de rebaixamento. Foram três gols em doze minutos. Triste sina para um time que está pedindo para cair.
Coritiba, a torcida que nunca abandona!

Adeus, ZR!
Muito se falava sobre a qualidade do elenco do Paraná, bem como a respeito de quanto o time evoluiria ao decorrer do certame. Como prometido, atualmente o time já se encontra fora da zona do rebaixamento.
O paranista que não acompanha a equipe até pode estranhar o parágrafo acima, ainda mais pela derrota no Canindé. Mas a Ponte Preta venceu o Juventude por 3 a 0. Assim, pelo “saldo de gols”, o tricolor subiu uma posição, trocando de lugar com a equipe de Caxias do Sul. Mais uma vez o paranista torce para a incompetência alheia ser maior que a própria.
O medo de perder não pode ser maior do que a vontade de ganhar. A frase, dita por Vanderlei Luxemburgo, já se tornou clichê para alguns treinadores e comentaristas, sendo de felicidade ímpar, exprimindo a pura realidade.
Nas últimas partidas o receio de Zetti pela derrota o impediu de montar sua equipe ofensivamente, ainda mais quando é flagrante a falta de qualidade dos elencos da segundona. Por outro lado, qualquer um pode verificar que alguns atletas do tricolor tem um diferencial quando comparados aos rivais de divisão.
Mas como explicar as más apresentações paranistas?
A arbitragem (eterna desculpa dos incapazes) tem sua parcela não de culpa, mas de ruindade. Mas se alguns atletas não rendem ou não atuam como se espera, a culpa não seria de quem os empurra ou mesmo daqueles que insistem e abusam de suas escalações?
Teu destino é vitória!