Edílson de Souza
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Os diferenciais!
Existem dois segredos para figurar entre os melhores times do Brasil neste momento. O primeiro diferencial encontrado pelos clubes que estão ocupando a ponta do Brasileirão, sem dúvidas, é a consignação de pontos no campo do adversário. Aqueles que conseguiram ter sucesso fora de casa invariavelmente fizeram, ou fazem parte, do grupo seleto times que pleiteiam disputar o título ou, miseravelmente, se dão por satisfeito com a Taça Libertadores da América.
Segundo, é a evidente supremacia dos clubes que têm o privilégio de dispor do potencial econômico. A divisão de verbas de transmissão de televisão faz com que haja uma separação entre pobres e ricos e, por conseqüência, uma segregação técnica entre os clubes.
Especificamente no caso do Coritiba, o clube paranaense mais bem posicionado na tabela, no entanto, por mais que haja essa restrição por conta da questão financeira, certamente poderia estar mais melhor se conseguisse um maior numero de pontos no campo do adversário. No Alto da Glória, são belas apresentações e vitórias retumbantes. Longe de casa, por mais que faça bons jogos, não consegue vencer. O resultado é a regularidade no meio da tabela de classificação.
A seguir no mesmo ritmo, com vitórias apenas em casa, o Coritiba no final do campeonato não chegaria ao objetivo de voltar a disputar um torneio internacional. No ano passado, por exemplo, com uma pontuação semelhante o São Paulo chegou à nona posição. E como consolação restou a Copa Sul americana.
Então, para ainda sonhar com a Libertadores da America no ano que vem, o Coritiba precisa fazer o seu dever de casa e no mínimo buscar três vitórias fora de casa. Se me perguntarem se há possibilidade, respondo que sim. Porém, o retrospecto é ingrato. Pois o time terá de fazer a partir de agora tudo aquilo que não fez no decorrer de toda a competição.

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Gabriel Barbosa
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Brincadeira
O Atlético deixou escapar a vitória no finalzinho. Dessa vez não foi o time, e sim a arbitragem, que deu um pênalti que não existiu — não adianta os sábios falarem que a dupla de zaga espremeu o jogador do Fluminense. Aliás, time que deveria estar disputando a terceira divisão. E não foi só o pênalti. Na partida inteira o arbitro foi confuso, invertendo faltas e segurando o jogo, principalmente quando o Atlético atacava. A diretoria tem, sim, que ir até o Rio de Janeiro e fazer um protesto formal, pois esse tipo de situação não pode continuar.
Agora para piorar, algumas pessoas chegaram a fazer a seguinte afirmação: o Atlético será novamente punido, porque a torcida está fazendo pressão no arbitro. Não foi arremessada nenhuma bomba, muito menos pedras. Pelos comentários dos repórteres que estavam em campo, o único objeto foi um pacote de pipoca — aliás, se foi só isso, foi apenas uma homenagem à arbitragem! Está faltando um pouco mais de boa vontade com o Atlético e a torcida já está percebendo isso. Ano que vem, muitas coisas irão mudar pelo lado da Baixada, só espero que os mesmos não se façam de vitimas. A luta continua contra tudo e contra todos e nós, torcedores, mesmo sabendo das dificuldades, apoiaremos até o final!

Respeito
Quando comecei a escutar jogos de futebol, fui fã de Lombardi Junior. Era um espetáculo escutar a transmissão. Hoje temos alguém como comentarista que, além de saber fazer muito a função, é um defensor do futebol parananense: Fernando Gomes, que, após o jogo contra o Fluminense, disse em alto e bom som que o trio de arbitragem foi uma vergonha. O torcedor paranaense tem um defensor pelo futebol do estado. Ao Fernando Gomes, meu respeito!

Um Ultra abraço!

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Luiz Carlos Betenheuser Júnior
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Confronto direto, fora de casa: o divisor de águas?

Com os resultados de sábado, o Coritiba teve uma grande oportunidade para se aproximar do G4, a meta diretiva na temporada nesta 26ª rodada. Mas, no domingo, o cenário piorou ao final do jogo no Ceará. O Coxa jogou ofensivamente, mas pecou individualmente nas conclusões e tomou um gol de falha coletiva (o terceiro). Imperdoável para quem joga fora de casa. Fizemos o mais difícil: marcamos dois gols fora. E mesmo assim, perdemos três pontos.
Isto faz com que o Coritiba tenha uma “decisão” fora de casa. O confronto direto (9º versus 10º na tabela) pode ser um divisor de águas. Se vencer, segue seu sonho de chegar ao G4. Se não, se afasta bastante deste grupo e dificultará ainda mais o trabalho de buscar a Libertadores em 2012. As expectativas e aspirações entrarão em campo, em Florianópolis.
Até aqui, fora de casa, o Verdão não convenceu e precisa mudar este cenário se quiser voar alto. Para ficar na intermediária da tabela, o que tem jogado quando atua como visitante é o suficiente, pois no Alto da Glória, a torcida faz uma grande diferença a favor do time.

Coritiba, a Torcida que nunca abandona!

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David Formiga
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Surpresa animadora
Sempre tive para mim que time que quer ganhar tem que jogar pra frente. Claro que não se pode deixar de ter um comprometimento defensivo, uma organização tática. Nos últimos anos, seja no Brasil ou fora, a regra é de que os melhores ataques ocupem os postos de cima. Assim, e até porque as vitórias valem três pontos e seu número é o primeiro critério de desempate, os times com alguma pretensão têm jogado à frente, buscado sempre o gol do adversário.
Cheguemos ao ponto específico: a campanha do Paraná Clube. Roberto Fonseca substituiu Ricardo Pinto e, para apagar incêndio, adotou um sistema com três volantes, que deu muito certo até as outras equipes engrenarem. Tal fato, e não a qualidade do jogo paranista, explica sua presença em 16 das 25 rodadas no G4. Apesar disso, mesmo quando Fonseca estava “no topo”, percebia-se a carência de ofensividade, de tal modo que Lima, o lateral-esquerdo, chegou a ser o artilheiro. O campeonato engrenou, as equipes idem e o Paraná defensivista começou a perder força. Por vezes tentava segurar um resultado (mesmo de empate) e, ao sofrer gol, por sua orientação defensivista e pelas peças (algumas vezes com zagueiros nas laterais e quatro volantes em campo), não conseguia reagir.
O tempo passou, o Paraná deixou de somar pontos, caiu na tabela e Fonseca também caiu. Quando a diretoria anunciou Guilherme Macuglia, um arrepio de medo tomou conta dos paranistas, muito porque ele pouco fizera no cenário nacional e porque seu último trabalho não deixou saudades aos torcedores do Caxias. Minha primeira reação até foi nesse sentido. Veio o jogo contra o Goiás e o gol sofrido no primeiro minuto dava a impressão de que seria um final de temporada daqueles.
Ledo engano. Após o revés, o Paraná foi pra cima e por pouco não consegue mais que o empate. Nessa partida, somou apenas um ponto, mas deu a tranqüilidade que necessitava pela sua postura. O sempre ofensivo Náutico seria o próximo teste. Jogando pra cima, com dois zagueiros, dois laterais participantes e três meias, apesar de ter apenas um no comando de ataque, o tricolor não deu a menor chance à equipe de Recife.
Fiquei feliz com a postura do Paraná e com a forma como Macuglia viu o time. Há tempos nesta coluna pedia ofensividade e que isso poderia se conseguir com três meias (Packer, Dinélson e Henrique) e apenas o Hernane. Fiquei satisfeito por acertar a profecia e muito mais por, mesmo atrás, acreditar que o time, jogando dessa forma, possa regressar à primeira divisão.

Força Tricolor!!!

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Edílson de Souza
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