Quando o Coritiba entrou em campo para enfrentar o Flamengo, no Couto Pereira, no domingo, com todos os desfalques anunciados, os torcedores temiam pelo pior. Afinal, eram cinco rodadas sem conseguir nenhuma vitória.
Os comentaristas do eixo Rio-São Paulo que chegavam ao estádio para a cobertura davam como certo uma vitória rubro-negra. Puro engano. Ou desconhecimento do futebol paranaense. O que se viu no Alto da Glória foi um baile coxa-branca, um verdadeiro massacre. Em nenhum momento o Coritiba foi inferior e a goleada veio ao natural.
Quero acreditar que as primeiras rodadas do Brasileirão deverão ser esquecidas. As apresentações de baixa qualidade e os resultados negativos eram apenas fruto da concentração da equipe na reta final da Copa do Brasil.
Mas o clube, ou melhor a sua diretoria, não pode se deitar nos louros de uma vitoria retumbante com foi essa frente ao Flamengo e imaginar que tudo está maravilhoso.
A equipe ainda tem limitações no elenco e precisa ser reforçada. É urgente a contratação de mais um zagueiro, um volante melhor que o Jailton, um lateral esquerdo e mais um atacante de área.
Mudança de rota
No jogo contra o Sport, por incrível que pareça, o Atlético teve uma nova aparência. Usou os mesmos jogadores, mas com uma outra formatação tática. Mesmo não jogando um grande futebol, o que deve ser valorizado são os três pontos, principalmente porque jogou fora de casa. Os próximos dois jogos serão realizados na Arena da Baixada, com o apoio do seu torcedor.
O novo treinador do time atleticano, Waldemar Lemos, teve o reforço do Paulo Baier. A simples entrada dele, por mais que não tenha tido uma grande atuação, deu um toque de qualidade à equipe.
Para a próxima rodada, contra o Palmeiras, o time deverá ter a mesma postura, jogar com garra e disposição, diferentemente da forma que vinha atuando dentro de casa. Se conseguir, tem tudo para vencer o time paulista. Do contrário, pode amargar mais um derrota em casa, a qual seria trágica para as pretensões do time rubro-negro.
Virada
Na sexta feira à noite, quando estávamos no aeroporto Afonso Pena, todos faziam a mesma pergunta: o que leva tantos torcedores a saírem de Curitiba e ir até Recife para acompanhar um time está na lanterna do Brasileirão? Essa explicação só o coração de cada torcedor pode responder. A paixão do torcedor atleticano e diferente de todos os outros. Não existe distância e não se depende da campanha do clube. Nossa torcida sempre foi o diferencial dentro da Baixada e fora dela, e não seria diferente agora, que atravessamos um momento delicado.
Quando ao final do jogo o Osmar Antonio, repórter da rádio Banda B, veio ao encontro da torcida para dar uma palavra, era visível a alegria que todos que amam esse Atlético sentiram em nossas declarações. Os donos da casa não conseguiam entender essa paixão. Nas cabines da Ilha do Retiro todos ficaram admirados pela quantidade de torcedores que se fazia presente. Não entendiam nada. Nunca vão entender o que realmente o que é ser atleticano. Por reconhecimento, todo o time veio saudar todos os guerreiros que cantavam o hino, calando a Ilha do Retiro. Tenho mais de vinte anos de torcida e uma das emoções mais forte que tive na vida foi nesse jogo. Que a virada aconteça ao natural e, daqui a umas cinco rodadas, já possamos estar pelo menos entre os oito primeiros.
Um Ultra abraço!
neibarbosa@terra.com.br
Vale a festa, mas precisamos de reforços
Foi uma goleada sensacional do Coritiba, 5 a 0 sobre o Flamengo. Se no primeiro tempo o time carioca teve maior posse de bola, no segundo tempo o jogo foi todo Coxa. O time foi obediente taticamente, marcando no campo de defesa e partindo em contra-ataque pelos lados do campo com os alas e com Renatinho pelo meio.
A vitória aliviou a carga de pressão. Merece a comemoração, é uma goleada histórica, a segunda nos anos 2000, mas não o suficiente para tranquilizar o torcedor sobre o futuro do time no Brasileirão. Foi um jogo de placar atípico. Muito desta goleada fica por conta da vontade e da raça do time.
Para a sequência da competição, mais reforços são necessários. Acredito em muitos jogos bem mais difíceis do que este. A goleada acalma os ânimos dos torcedores, mas a tabela e a série de jogos são implacáveis. E um 5 a 0, mesmo que merecido, não pode fazer o torcedor esquecer que o Coxa precisa de reforços.
Coritiba, a torcida que nunca abandona
luiz@coritiba.com
Torço contra o Avaí
A afirmação do título procede. Não que queira mal a simpática equipe catarinense. No entanto, após analisar as partidas de Zetti como treinador do Paraná Clube, a isso dirijo minha torcida.
Em 2007 a dupla Zetti-Silas foi a responsável pela campanha na Libertadores. Já nesse período, via-se que um era o mediador dos empresários e o outro era quem conhecia futebol, quem ministrava os treinos. Após esse trabalho, Zetti, com maus resultados, voltou a comentar e Silas levou o Avaí à primeirona.
Qualquer paranista vê que o elenco tem grande possibilidade levar o Paraná à primeira divisão de 2010. Mas não entende as escalações de Zetti, quem ele escolhe para o banco de reservas e muito menos suas alterações. Que critérios levariam Zetti a optar por Ceará na esquerda e Alex na direita, preterindo Fabinho e Goiano (ou mesmo Araújo)? Qual a justificativa para montar o time com três atacantes, sendo dois deles atuando na meia? Como entender Wellington Silva e Dinélson no banco, e Fabinho nem nele?: E Goiano e Araújo dispensados enquanto Ceará atua como titular e Malaquias é substituição cativa?
Muito se falava, em tempos recentes, que haviam interesses para a escalação de determinados jogadores. Infelizmente, as teimosias e idiossincrasias de Zetti podem despertar suspeitas nesse sentido até porque, ou estas procedem, ou o treinador paranista é incapaz de montar sua equipe com os melhores atletas à disposição. Por que não uma formação com David, Dinélson, Silva e Afonso, com Fabinho na esquerda?
Torço para o Avaí ficar na lanterna e Silas ser dispensado. Quem sabe assim surja a possibilidade de que um treinador que conhece futebol devolva o Paraná ao seu lugar de direito; claro, caso permitam. O elenco tem tudo para voar, mas para isso, Zetti precisa trocar seus “sensores de velocidade”.
Teu destino é vitória!
davidformiga@terra.com.br