A situação se complicou. Aquilo que ninguém esperava — uma derrota
frente ao Flamengo — infelizmente aconteceu. A partir de agora, tudo
aquilo que não ocorreu durante a competição (vitórias fora de casa)
terá que ocorrer para evitar a queda para a segunda divisão. Ninguém, a
não ser os adversários, quer ver o Paraná Clube fora da elite de nosso
futebol. A torcida deve começar a pensar num milagre para evitar esse
rebaixamento que se avizinha.
Novo show
Mais uma vez, a torcida jogou muito mais que o time do Coritiba. Ela
faz um show nas arquibancadas. Porém, os equívocos do treinador
continuam e é o que mais chama a atenção. Não é preciso sofrer tanto
para conquistar as vitórias, o time possui bons valores, mas a
disposição tática em campo evita que isso aconteça. Se o clube esta na
liderança e com todo esse medo de perder, imagine se o treinador fosse
diferente e colocasse o time pra jogar futebol… o Coritiba seria
campeão com dez rodadas de antecedência.
Pro gasto
O Atlético se propõe primeiro a não perder, para depois buscar um
resultado de vitória. Não vou questionar esse posicionamento do
treinador Ney Franco. Ele pegou o time na zona do rebaixamento, com
muitas deficiências, e mesmo assim conseguiu tirá-lo de lá e já o
colocou na briga pela Copa Sul-Americana. Com o time que tem, e com os
erros administrativos que cometeu nesse ano, fechar o campeonato com
esses números e da forma que está jogando é um mérito muito grande —
apesar de a torcida rubro negra merecer coisa muito melhor.
Edílson de Souza – [email protected]
Humildade e respeito
No jogo de Caxias do Sul, ficou provado que o time só consegue se
superar em casa, com o apoio da torcida. O empate ficou de bom tamanho,
sendo assim não podemos desprezá-lo. Na partida contra o América, o
respeito tem que ser total, pois, já rebaixado, não tem mais nada a
perder no campeonato, qualquer resultado para eles é lucro. Que o time
entre consciente em campo em busca de mais uma vitória, com humildade e
respeito. Aí, faltará três pontos para continuar na primeira divisão.
Planejamento
Em muitas colunas cobro planejamento da diretoria e hoje citarei alguns
pontos. O sócio-torcedor é um patrimônio para o clube, para ele se
associar é preciso um preço justo, trinta reais é um valor acessível.
Com a receita do sócio, poderemos almejar a contratação de um time que
lute para ser campeão, não para disputar a zona de rebaixamento. A
torcida sempre foi o que de concreto existiu, então que se nomeie uma
pessoa para elo entre torcida e diretoria, pois só assim chegaremos a
um entendimento. Nas entrevistas que qualquer diretor venha a fazer,
que nunca mais se coloque em xeque o poder da família atleticana. Ficou
mais do que provado que falácia pode ser tudo no clube, menos a torcida.
Pior do Brasil
Ao ser mencionado como a pior cobrança de escanteio do Brasil, qual foi
a reação do jogador que vestia a camisa do banana de pijama?
Um Ultra-abraço!
Gabriel Barbosa – [email protected]
33 mil
A cada jogo, um desafio. Na verdade, um desafio do seu próprio limite,
pois a torcida coxa não precisa provar nada para ninguém. Não precisa
fazer estádios “crescerem” do dia para a noite, usar de manchetes
tendenciosas e muito menos somar com a torcida adversária para aumentar
o seu tamanho. É a maior, mais vibrante e mais fiel. Ponto final. Eles
estão atrás, corram para nos superar. Mas corram bastante, pois estamos
deixando-os muito longe. Até perde a graça.
A cada jogo que o Coritiba terá no Alto da Glória, o desafio é simples:
levar mais público até lotar a capacidade total do Couto — e sem essa
de vender ingressos em pontos cegos, como faz o time da Baixada; no
Alto da Glória, a visão é total, em todos os lugares do estádio.
Agora, mais uma decisão de campeonato, contra o Santo André, no próximo
sábado, no Couto Pereira. Data, hora e local marcado para a maior
provar novamente sua força. E com direito a camisão, o maior do sul do
Brasil, o único em todo o Paraná!
Faço um apelo aos pais e responsáveis por crianças que torcem pelo
Verdão: levem-nas ao Couto no sábado, lá elas poderão conferir bem de
perto — e ainda participar da festa! — o que é capaz “a torcida que
nunca abandona”. Nós vamos subir, empurrados pela torcida.
Coxa eu te amo!
Luiz Carlos Betenheuser Júnior – [email protected]
Karma
O verbete “karma” é utilizado para expressar a relação dos atos dos
homens e suas conseqüências. Na física, o termo equivale à lei pela
qual “para toda ação, há uma reação equivalente com sentido contrário”.
A cada ano desmontam nosso time, sempre atendendo amigos, empresários e
interesses alheios aos da entidade. Não aprenderam com a ida ao
“torneio da morte”, nem com a fila no Estadual. Mas, como nos
classificamos à Libertadores, havia a arrogante certeza de que isso não
mais ocorreria.
Aí, inexplicavelmente, os “espertos” senhores decidiram extrapolar e
desmontaram DOIS TIMES num mesmo ano. Esqueceu-se que um dia a “conta”
dos excessos seria paga. Mesmo assim, permitiram passivamente a saída
de jogadores (sem fazer contratações no mínimo similares), trazendo
técnicos sem o menor histórico e gabarito; subestimando,
arrogantemente, o resultado de eventual catástrofe.
Hoje na zona do rebaixamento, ainda somos obrigados a testemunhar um
“ato de Pilatos”, tendo os comandantes largado Saulo e o Paraná Clube à
própria sorte; buscando emprestar a credibilidade do “Tigre” para fora
das linhas.
Minha única esperança é a de que os deuses do futebol façam valer a
“Lei do karma” apenas aos responsáveis e não aos paranistas de verdade,
que ficam sob chuva, ao lado da Fúria, cantando, ainda esperando a
mudança de postura do time em campo; no entanto, é difícil acreditar
que “ninguém sabia de nada”, sendo tudo fruto de um agente, que será,
para todos os efeitos, o bode expiatório.
Saulo, estamos do teu lado, mas não insista nos erros dos anteriores.
Vá pra cima usando os flancos sem perder tempo buscando um armador que
não temos.
Força tricolor! Ainda acredito.
David Formiga – [email protected]