Edílson de Souza [email protected]
Rodada para ser esquecida Na semana passada o futebol paranaense tinha todos os motivos para sorrir. Afinal, fato raro acontecera, foram três vitórias em uma mesma rodada. Contudo, a última rodada pode muito bem ser considerada uma verdadeira tragédia. Apenas um ponto conquistado em nove disputados. Alguns aspectos precisam ser analisados e transmitidos aos torcedores. Por exemplo, no caso do Paraná Clube: empatar contra o Grêmio Barueri, em plena Vila Capanema, além de afastar o time da possibilidade de aproximar-se dos melhores times da competição, causou a perda do seu principal referencial. A saída do técnico Ricardinho pode causar danos irreparáveis. Particularmente, não consegui digerir muito bem os motivos que levaram o técnico paranista deixar o comando do time. Os motivos apresentados por ele parecem muito frágeis e não justificariam a sua saída. Imagino haver algo mais sólido e mais preocupante que ainda não foi explicado. Como no futebol as coisas são muito dinâmicas, o novo comandante tricolor passa a ser o Toninho Cecílio. Não seria a melhor opção para este momento. Não tenho lembrança de um trabalho realizado por ele que mereça ser destacado como referência. E o Atlético? Vinha de bons resultados e jogando bem, mas teve a sua ascensão freada no Serra Dourada. Contra o Goiás, fez um péssimo jogo no primeiro tempo, sofreu um ajuste no intervalo. Aliás, trabalhou muito bem o técnico Ricardo Drubscky no vestiário e voltou com tudo para a segunda etapa. Empatou e poderia vencido o jogo. Porém, prevaleceu aquela velha máxima do futebol: o medo de perder tira a vontade de vencer. É neste momento que um técnico com mais bagagem, com mais experiência à margem do gramado, poderia fazer a diferença. O técnico rubro-negro cometeu um grave erro ao não lembrar que estava comandando o Atlético, que era superior ao adversário e tinha tudo para matar o jogo. Foi medroso e, ao ter medo, entregou de bandeja a vitória ao ser adversário. Já o Coritiba, mesmo com um novo comando teve de conviver com velhos problemas. Aquilo que é verificado desde o começo do ano, ou seja, falta de segurança na sua defesa, mais uma vez tirou do time coxa-branca a possibilidade de vencer um jogo que se apresentava fácil. De longe o time do Santos foi um adversário muito complicado de ser superado. Um esquema de marcação bem organizado simplesmente anulou Neymar no primeiro tempo. Entretanto, fez opção pela marcação em detrimento de jogar futebol. Teve apenas duas oportunidades e fez um gol, nada mais. Será que esqueceram que não se pode dar chance para gênio? Perdeu o jogo por ter descuido no segundo com o apagado Neymar. E, também, por achar que o resultado de 1 a 0 seria definitivo. Preferiu não atacar no segundo tempo. Mesmo assim, o time teve oportunidades. Se os jogadores tivessem aproveitado, certamente matariam o jogo. A derrota foi muito danosa para o Coritiba. Pois uma vitória, a terceira consecutiva, daria ao clube outro rumo para a campanha. Levaria o time para o grupo dos dez melhores colocados. Assim, ao perder o jogo não se aproximou dos melhores e o resultado recolocou o time nas proximidades de da zona de rebaixamento.
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Gabriel Barbosa [email protected]
Erro ou medo E o Atlético parecia que conseguiria inverter o placar no Serra Dourada. Depois de estar perdendo por dois gols, foi pra cima do Goiás e conseguiu o empate. Mas quando parecia que a virada iria acontecer, o grande Ricardo Drubscky, ao invés de colocar Paulo Baier e continuar com o time jogando em cima do adversário, preferiu recuar o time colocando Derley. E, por um mau posicionamento do zagueiro Luiz Alberto, que ficou apenas acompanhando o jogador do Goiás, perdemos o jogo e saímos do G4. Não podemos fazer terra arrasada, mas são erros que não são de hoje que acontecem no Atlético. Se conseguimos empatar o jogo indo pra cima do adversário, por que tentar segurar o empate? A pergunta que fica: erro ou medo? Prefiro imaginar que foi um erro de percurso. Que Ricardo Drubsky fique com a lição que nunca mais irá trocar o certo pelo duvidoso. São erros assim que podem nos tirar a classificação!
Sábado Contra o Ceará, casa cheia. Para cima, Atlético. Vamos voltar ao G4 com a força da galera. Eu acredito!
Um Ultra abraço!
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Luiz Carlos Betenheuser Júnior [email protected]
Necessidade de vencer em mais um confronto direto A derrota em casa, para o Santos, de virada por 2×1, deixa novamente o time do Coritiba numa situação de pressão no Campeonato Brasileiro. Agora, o time precisará vencer fora de casa para recuperar os pontos perdidos no Alto da Glória. O jogo será em Recife, contra o Sport. É um confronto direto com um dos times que está fora do eixo. Por isto, vencer é fundamental. A necessidade de vencer em mais um confronto direto surge na fase teoricamente menos complicada do returno, quando o Coxa enfrenta times que não estão nas primeiras colocações do Brasileirão. O Sport tem mostrado dificuldades na temporada e por isto deve partir para o ataque jogando em casa, tentando superar o Verdão. Cabe ao treinador alviverde projetar um esquema tático que fortaleça a defesa. Se Gil e William mostraram ser uma dupla de volantes que tem tido um melhor rendimento, na zaga, o Cori segue em altos e baixos, mostrando dificuldades. É jogo para não desperdiçar as oportunidades ofensivas.
Coritiba, a Torcida que nunca abandona!
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David Formiga [email protected]
Decepção Tem-se como decepção o sentimento de insatisfação que aparece quando as expectativas sobre algo não se concretizam. Associa-se normalmente com tristeza e frustração sendo sua intensidade proporcional ao tempo, valor simbólico e intensidade da expectativa. É esse o sentimento apresentado pela maioria dos paranistas desde a saída à Pilatos de Ricardo. O prata da casa, maior expressão do paranismo, apareceu como salvador tricolor; no entanto, apesar das expectativas e confiança depositados, largou o comando numa situação delicada e sob uma falsa premissa, afinal, atacante ele teve. Teve inclusive aqueles por ele indicados (Elias e Tanque, do Corinthians e Wendell do Galo) mas não aproveitados, jogando a responsabilidade (e a torcida) a um comando já desgastado, principalmente pelos reflexos das gestões anteriores. Ricardo deverá seguir carreira após o estágio. A ele desejo muita sorte, aliás, irá precisar; afinal, faz parte do ofício do treinador descobrir opções com o que se tem e uma hora, apenas coletivas explicando o que ocorreu (e não o que deixou de fazer) podem irritar torcidas com as quais não tenha o carinho e o crédito que por aqui tinha. Decepção também foi a apresentação de Cecílio. Mais um dirigente, cartola e sindicalista que treinador. Há quase um ano sem time, irá o ex-presidente do sindicato dos atletas manter a postura que teve quando cartola no Palmeiras, onde disse ser atraso algo normal, ainda mais num grupo onde estes ocorrem recorrentemente?
Força Tricolor!!!
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