Quando questionado sobre as inúmeras mudanças no time titular, o técnico Renê Simões se irritou e disse que suas alterações eram realizadas apenas por ordem médica ou pelas punições. Mas o que se vê é uma total falta de convicção.
Para que o futebol produza resultado positivo — e isso não é segredo para ninguém — é necessário que haja um mínimo entrosamento. Para que isso ocorra, necessário se faz uma seqüência de jogos. Nas últimas rodadas do Brasileirão, a obtenção de resultados negativos pelo Coritiba, dentro e fora de casa, teve muito dessa teimosia do treinador coxa-branca.
A ausência de critério para a retirada de alguns jogadores, ou de explicações convincentes sobre essas saídas, começam a diminuir a paixão de seus admiradores.
Em Belo Horizonte, contra o Atlético-MG, o que se viu foi uma somatória de equívocos. Erros que tiveram inicio na escalação, com a colocação de Pedro Ken no banco de reservas. Aqui, o principal agente foi o comandante, que, travestido de fisiologista, diagnosticou um cansaço do atleta. Passou pela ineficiência do seu principal jogador, pois Marcelinho Paraíba simplesmente não jogou. E, para fechar, verificou-se um exagero de falhas protagonizadas pelos zagueiros.
Para a próxima rodada, o clube precisa de uma vitória urgente. A reabilitação terá de acontecer frente a um clube forte, como é o Santos. Poderia ser uma tarefa mais fácil se o jogo fosse no Couto Pereira, com todo o calor da torcida. Penso que os torcedores que se arvoraram em jogar bombas na Arena da Baixada, no clássico Atletiba, estejam radiantes em saber que, com uma derrota na cidade de Cascavel, o time do Coritiba pode muito bem entrar na zona do rebaixamento.
Entenderam o recado
Depois da vexátoria derrota para o Góias, onde nem sequer alguns atletas correram em campo, algo tinha que ser feito. O mínimo que aconteceu foi começar a arrumar a casa. Para que isso ocorresse, tinha que acabar com o “foco negativo”. O afastamento de alguns atletas demonstrou à torcida que realmente tinha algo de errado. Aqueles que não estavam honrado com o manto sagrado hoje treinam em separado e logo sumirão daqui. Se achavam que o CT era o país das maravilhas, se enganaram. Conto de fadas é só em livros infantis. Muito acertada a atitude da diretoria. Isso já surtiu efeito em Londrina, onde pudemos constatar que o time teve outra pegada. O ataque criou jogadas e a zaga esteve firme. E Galatto voltou a ser aquele goleiro salvador da pátria. O profissionalismo faz o diferencial do bom para o mau profissional. Que muitos observem isso e passem a ter o mesmo sentimento pelo Atlético que nós, torcedores, temos.
Noitadas
No site da Ultras www.ultras1992.com, existe o disk noitada. Se qualquer torcedor atleticano presenciar exageros, ligue e denuncie. Para nós, não interessa se é ídolo ou moleque. Ou segue a cartilha, ou a porta da entrada é a mesma da saída. O recado está dado. Só espero que, se isso acontecer, que sejam homens para assumir. Ninguém brinca com o sentimento da torcida atleticana!
Um Ultra abraço!
Algo de errado
O futebol é feito de resultados. Não adianta a torcida se apegar na emoção pura (a razão de ser da torcida, a emoção) para analisar o futebol. E também não adianta os dirigentes e profissionais usarem deste argumento frágil — a emoção da torcida — para colocar panos quentes.
As coisas não estão boas para o Coritiba. O time marcou 16 pontos em 16 jogos. São 4 vitórias, 4 empates, 8 derrotas, 22 gols-pró, 27 gols sofridos, um saldo negativo de 5 gols e um pífio aproveitamento de 33%. Chegou a hora da diretoria, comissão técnica e jogadores pararem de falar em projeto Libertadores 2010 e vencer as partidas. Chega de conversa, é necessário vencer!
O problema é o diretor de futebol? Então, que a diretoria o troque! E siga-se a receita para o gerente da área, para o treinador, para os jogadores. Seja o que for necessário mudar, que se mude! E mude já! O problema é outro? Que a diretoria resolva, pois a torcida não entende o que está ocorrendo nos bastidores do Alto da Glória.
Precisamos de resultados urgentemente. O time perdeu dois pontos contra o fraquíssimo A. Paranaense na Baixada e por aí se mensura o quando precisa melhorar. Cuidado, Coritiba, os resultados mostram que há algo de errado no Alto da Glória…
Coritiba, a Torcida que nunca abandona!
Compromisso com a história
Todos sabem o futebol do Paraná Clube encontra seu pior momento na atual gestão e os números provam isso. Analisemos os confrontos entre o Paraná e os times do Rio Grande do Norte. Dez confrontos, oito na atual gestão. Saldo: um empate e uma vitória do Paraná, depois, nas partidas restante, foram seis derrotas e duas vitórias. O time perde para os potiguares ou os “fregueses” são os dirigentes paranistas e seu departamento de futebol?
O Paraná Clube deve ter compromisso com sua história e tradição em bons times. Com a permanência em 14 (com 20 anos de vida) anos na elite do futebol nacional. Mais do que nunca, deve-se preservar e respeitar a torcida.
O departamento de futebol, as parcerias e a filosofia presente podem ter respaldo face os resultados da gestão Miranda-Aurival em campo? Lembremos: Aurival era tesoureiro de Miranda e herdou o time quando do seu afastamento. Mas dizer o quê se na última eleição havia apenas uma chapa? Graças a tudo isso, e principalmente à desistência (muitas vezes por motivos fúteis) de parte da torcida (jamais dos 4000 de sempre e da fúria), tal situação prossegue.
O desempenho, mesmo no estadual, esteve sempre aquém das demais campanhas paranistas. Lembremos, nos últimos dez anos houve apenas um título estadual. A coisa vem de longe!
Por ora o Paraná é o primeiro time fora da ZR da segundona, tem 38% de aproveitamento de pontos e saldo de menos nove. Qual compromisso tem essa gestão com a história? E com a torcida?
Teu destino é vitória!