O início de temporada é o momento mais apropriado para fazer experiências, conhecer os recém-contratados e dar oportunidades para os jogadores formados em casa. Então, mesmo que o Serrano não seja parâmetro para avaliação, a vitória do Atlético com uma goleada impiedosa serviu para personificar o grupo. No entanto, a apresentação serviu, também, para apresentar alguma melhoria em termos de qualidade e salientar defeitos que se repetem há bastante tempo.
A zaga, por exemplo, continua falhando, mesmo atuando com três zagueiros. Agora, aquela desculpa da falta de proteção não poderá ser dada. A entrada de Alan Bahia e Valência deu, além de qualidade, muito mais segurança ao sistema defensivo. Algo deve ser feito em termos de posicionamento. Fica claro que o Marcelo, uma jóia que deverá ser lapidada ao longo do ano, jamais será o coringa que foi Wesley na campanha sofrível do ano passado. O futebol desse jogador é muito produtivo na função que foi ocupada por Wallyson nas primeiras rodadas.
Fazendo força
Para dar certo, uma equipe de futebol tem que ter afinidade nos três compartimentos. No caso do Paraná Clube, ainda não se viu um casamento entre as peças utilizadas. Entre o trio de zagueiros não houve química. É melhor jogar com dois. O meio campo, com João Paulo e Luis Camargo, não sabe se marca ou se sai para o jogo. A indefinição deixa espaço para o adversário jogar. Sem falar que Elvis pensa que joga mais do que realmente joga. Os laterais estão liberados para atacar, porém não existe nada preparado para eles. O ataque vive dos lampejos de Marcelo Toscano. É um samba do crioulo doido que o Marcelo Oliveira poderá ajustar, se for competente para isso.
Vi e gostei
Os bastidores do mundo da bola são algo difícil de entender. Como pode um jogador como Marcos Paulo, de qualidade, passar um ano inteiro escondido e vendo o Jaiton jogar? Com uma perna só, ele joga muito mais que o antigo titular. Pena que o seu futebol ofuscou, pelo novo posicionamento a ele atribuído, o desempenho de Leandro Donizete. Mas tudo bem. Está nascendo, se não for desviado ao longo do tempo, um jogador que dará lucro ao Coritiba. Gostei também do futebol do Fabinho, filho do ex-volante Leomir. Ele lembra muito o Rafinha, que a torcida morre de saudade. Infelizmente, esse jogador corre o risco de ser deixado à margem para abrir espaço para outro Fabinho, o Capixaba.
Mesmo com esses erros de avaliação do Coritiba, o grupo que está sendo montado, sem medalhões que desagregaram o grupo do ano passado, é infinitamente melhor que o time rebaixado.
Será?
O jogo contra o Operário de Ponta Grossa ficou marcado pela baixa qualidade técnica de alguns jogadores. Como aconteceu uma derrota inesperada, Lopes teve bom senso, tirou aqueles que não renderam no jogo passado e começou o time com outra cara, contra o Serrano. Goleada para lá de arrasadora. Sem desmerecer o adversário: o time do Serrano é muito ruim.
Exaltamos a vitória, sim. Qualquer time que ganhe de 8 a 0 tem méritos, mas é muito cedo para dizer que realmente o time mudou. Falta Clayton os colombianos estrearem, para o time ter uma base do que será a espinha dorsal. Mas precisamos de reforços. Quando chegar a hora da verdade no Paranaense, mostraremos que estamos preparados.
Alegria sim, mas com muita calma. Amanhã temos um jogo difícil em Cascavel. Quem sabe jogando bem e conseguindo mais uma vitória começamos a mostrar que o time mudou.
Pergunta
Cada diretor cuida de seu clube, certo? Por que existem pessoas querendo jogar veneno nos outros? Se não estão satisfeitos com a torcida que têm, o problema não é nosso. Agora, querer incentivar as diretorias dos outros clubes a fazer o mesmo que estão fazendo com a torcida “deles” é simplesmente hilário. Fazemos assim: cada um com seus problemas. Da nossa casa cuidamos nós!
Um Ultra abraço!
O ano está só começando…
O Coritiba voltou a vencer no Paranaense 2010. Desta vez, o Engenheiro Beltrão, 5 a 2, numa partida onde a goleada serviu para mostrar deficiências que precisam ser corrigidas. Comemoramos vitórias, é claro, mas sem falsas expectativas: o Coxa precisa melhorar e muito para a Série B. Os três primeiros jogos comprovam que o campeonato é fraquíssimo e não serve como referência para o Brasileirão e a Copa do Brasil.
Até lá, temos um regional para vencer, o que seria obrigação. Manter a vantagem na tabela e garantir o primeiro lugar dará uma incrível vantagem com o supermando.
Ney Franco terá trabalho para corrigir os erros de posicionamento do time. A estrutura coletiva mostrou vulnerabilidades na zaga, na marcação, na criação de jogadas pelo meio-campo e na conclusão. E o Ximenes terá trabalho em reforçar este time. O ano está só começando…
Coritiba, a Torcida que nunca abandona!
O lugar da Gralha é no campo!
O retorno da Gralha ao campo é um dos atos mais felizes da história recente do Paraná. No entanto, sua presença está ameaçada em face de uma determinação que proíbe a presença de mascotes no palco da partida. A Gralha, símbolo do nosso Estado e do nosso tricolor, faz a alegria de adultos e crianças na Vila.
Por isso, a Paranautas lança oficialmente a campanha “Quero a Gralha no Campo!” Para participar, envie e-mail para queroagralhanocampo@paranautas.com, com seu nome completo, endereço, a informação de um documento hábil e uma mensagem sobre a Gralha, para dar corpo ao ofício que a paranautas encaminhará à FPF visando sua devida liberação. Participe!
Repetição
O Paraná, com a vitória suada diante do Paranavaí, passa a ocupar o terceiro lugar no certame, mas segue não convencendo o torcedor, repetindo equívocos perigosos. A filosofia de “parar toda jogada com falta” num elenco limitado (pelo acúmulo de cartões ou mesmo eventual expulsão) é preocupante e dá a oponentes inferiores a possibilidade de, numa bola parada, empatar uma partida ou mesmo coisa pior, a exemplo do que ocorreu na partida com o Rio Branco.
Outro fato recorrente é a falta de cobertura de volantes à zaga, fazendo com que a primeira linha de defesa seja a de seus últimos defensores. Tal fato, no entanto, não é exclusividade de Oliveira, visto que desde 2006 a equipe demonstra tal característica. Fato gritante é a aparente inexistência de jogadas ensaiadas, responsável pela “Toscanodependência”. A repetição deveria servir para corrigir erros, não para transformá-los em vícios.
Teu destino é vitória!