Para quem ronda a zona da degola, nada melhor do que uma vitória em um clássico Atletiba para melhorar o humor. Os torcedores dos dois clubes queriam e mereciam um jogo de melhor qualidade. O empate não servia para ninguém. Porém, mais uma vez verificou-se a máxima: “o medo de perder tira a vontade de vencer”. Infelizmente, o que vimos foi um clássico jogado mais na transpiração do que na inspiração. Truncado e com poucas emoções, o resultado final poderia muito bem ser a nota do jogo.
Em tempo
Foi vergonhoso o que fizeram, no último domingo, dentro e fora do campo, alguns componentes das duas maiores torcidas do nosso Estado. Para a preocupação da sociedade, estão infiltrados verdadeiros bandidos nas chamadas torcidas organizadas. Sinto muito dizer isso, até mesmo porque tenho muitos amigos que fazem parte e que comandam algumas dessas facções. Me parece que o caminho para solucionar essas verdadeiras guerras urbanas seria a de isolar as torcidas em dia de clássicos. No entanto, se com isso não houver uma melhora no comportamento, o caminho será a dissolução das organizadas pela justiça. E aí de nada adiantará a choradeira.
A melhor do ano
A troca de treinador no Paraná Clube começou a surtir o efeito desejado. Felizmente para Sergio Soares, nem sempre a primeira impressão é aquela que fica, pois a primeira partida foi na cidade de Goiânia foi um verdadeiro desastre e a sua capacidade poderia ser questionada. Por ser dinâmico, o futebol oferece inúmeras oportunidades de recuperação. E o simples fato de clube ter obtido uma vitória contra o Ipatinga, além de demostrar um bom futebol, aquilo que poderia ser motivo de questionamento passou a ser razão de elogios.
Torcedor, é inegável que o principal objetivo da temporada é retornar para a serie A do futebol brasileiro. Ninguém em sã consciência está preocupado em ser campeão. Nesse tipo de competição, na qual o prêmio maior é o acesso, o Paraná Clube vai lutar para encostar nas equipes que estão ponta. Hoje a briga é para tirar sete pontos do quarto colocado. Menos mal. As duas próximas rodadas serão realizadas na Vila Capanema. Há uma clara chance de haver uma aproximação. Basta acreditar nessa possibilidade.
Medo
Se tivesse que haver um vencedor no clássico, seria a torcida que foi à Baixada. Foi difícil assistir a uma partida no qual o medo imperou os 90 minutos. O Atlético não tem ligação da defesa para o meio-de-campo. E o que falar do seu Waldemar? Um técnico medroso, que, jogando em casa, não tira proveito de estar ao lado da torcida. Quando no segundo tempo ousou fazer uma alteração, toda a torcida atleticana achava que iria colocar o time pressionando o adversário. Mero engano. O Atlético continuou com um futebol preguiçoso, sem técnica e sem vontade. A cada rodada vamos levando com a “barriga”. Todos estão cientes que, da maneira que está, só um milagre para nos salvar do rebaixamento. Pessimismo? Não! Apenas a realidade. Seu Waldemar, em entrevista coletiva, deixou claro que, se não acontecer erros, conseguiremos a vitória em Santos. Esse é o nosso Atlético “moderno”!
Transparência
Além das contratações erradas, o Atlético tem problemas de falta de transparência. Não podemos contratar um diretor de origens dos coloridos e ficar como está. Não deveria nem ter contratado. Profissional? Hoje no futebol é difícil encontrar um que seja. Bolicenho, vai embora! Mudanças têm que ocorrer internamente. Estamos sendo cobrados e mesmo assim não deixamos de apoiar.
Só que chegamos ao nosso limite. Ou mudam ou mudamos nós!
Um Ultra abraço!
Pressão menor, temporariamente
AtleTiba de zero a zero. Um mau resultado para ambos, mas pior ainda para “eles”, que estão mais próximos da zona de rebaixamento. Mas, para quem quer chegar longe, voar alto, a situação do Coritiba não é nada confortável. São 14 pontos em 12 jogos. O líder tem 25 pontos. Uma diferença grande para tirar em 26 rodadas, devido ao grande equilíbrio deste Brasileirão.
Do lado deles, a mesma choradeira de sempre: quando não ganham, é culpa do árbitro. A situação do time da Baixada é uma só: o time é fraco tecnicamente. Esta é a razão de estar tão capenga na competição.
Passado o AtleTiba do zero a zero, a pressão continua, pois o Coritiba precisa subir bastante na tabela. Na próxima semana, dois jogos contra times de cores similares às do time da Baixada: Sport, no Alto da Glória e Vitória, em Salvador. Este jogo na capital baiana será uma ótima oportunidade para avaliar a força do time coxa-branca para as disputas da Sul-Americana — o Vitória é o primeiro adversário do Verdão na competição e vem mostrando um bom desempenho do Brasileiro, tanto que já tem 21 pontos, ocupando a 4ª colocação.
Impossível?!
Um site de estatísticas e probabilidades sobre futebol dizia que o Paraná tinha, diante do líder invicto, 12,1% de chances de conquistar três pontos. Probabilidade é uma coisa, realidade outra. Estatísticas demonstram muitas coisas, mas não ponderam as variáveis do momento e qualquer um que acompanhou algum jogo do Tricolor diria que suas chances não eram as melhores. Mas, em Campinas, o time de Sérgio Soares reagiu bem ao revés de Goiânia e fez, talvez, a melhor apresentação do ano.
O Paraná superou a lógica, a estatística e o Guarani. Se por um lado as chances de subir ainda são pequenas (0,2% pelo mesmo site), por outro, a cada partida bem jogada, com vitória, as mesmas aumentam. O fato do Paraná atualmente estar na 15ª posição (com 39% de aproveitamento), ter o terceiro pior ataque (12 gols) e a quarta pior defesa (19 gols) demonstra apenas a irregularidade do tricolor que, se atuar mais vezes como em Capinas, mais vencerá.
EFPI
A paranautas neste sábado (dia 25, na Vila Olímpica, a partir das 9 horas) promoverá outro EFPI (Encontro da Família Paranista na Internet). No evento (que terá rodízio e bebidas), paranistas poderão disputar um torneio de PES’09 e de truco, além do tradicional amistoso, dentre outros eventos. O ingresso é de R$ 25,00 (crianças até 7 anos não pagam, de 7 a 14, meia, a R$ 12,50). Maiores informações na www.paranautas.com.
Teu destino é vitória!