Será que nos enganaram?

Edilson de Souza - edilsondsouza@yahoo.com.br

Edílson de Souza
edilsondsouza@yahoo.com.br

 Não poderia ser pior. A estréia do Coritiba na série B do Campeonato Brasileiro chamou a atenção de todos os torcedores pela fragilidade física e principalmente pela desorganização tática. Toda aquela empolgação, qualidade técnica e disposição para jogar futebol que foi apresentada contra o Botafogo desapareceram como em um passe de mágica.
O time comandado pelo técnico Nei Franco foi desequilibrado em todos os setores. Não houve nada que lembrasse a equipe aguerrida que ganhou o titulo estadual.
Foi só a primeira rodada, mas os problemas já foram apresentados logo na largada. Todos sabem que os adversários serão de melhor qualidade, diferentemente daqueles enfrentados no certame doméstico. E principalmente que o time necessita urgentemente de peças de reposição. Bastou saírem Ariel e Marcos Aurélio para que time fosse para o brejo.
Será que neste ano reviveremos o ano de 2006? Naquela oportunidade, o primeiro ano que o clube disputou a segundona, conseguiu apenas cinco vitórias fora de casa. Contabilizando os insucessos dentro de casa, além de serem algumas jornadas consideradas vexatórias, o resultado obtido no final das contas foi o sexto lugar na classificação. Vale lembrar que como ocorre atualmente e naquela oportunidade não era diferente, a torcida jogava mais que o próprio time.
Se, o procedimento do Coritiba na seqüência da competição for como foi em Recife, ou seja, desequilibrado, desorganizado e sem um mínimo de vontade de jogar futebol, sem comprometimento com a causa, o futuro será desastroso. Pois, os pontos que poderiam sem contabilizados pela força da torcida no Couto Pereira deixarão de existir. Em Joinvile, por mais boa vontade que se tenha, a colaboração será de minuto.
Ainda em tempo, de nada adianta um discurso bonito e emocionado da comissão técnica, jogadores e da diretoria, se não colocarem o texto em prática e as vitórias não começarem a aparecer, por óbvio, todos cairão em descrédito com os torcedores.

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Gabriel Barbosa
neibarbosa@terra.com.br

Céu e inferno!
Fomos pra São Paulo com uma certa ansiedade. Não por ser um jogo decesivo, longe disso, mas a primeira rodada do campeonato sempre e diferente. Entramos no Pacaembú com o jogo em andamento, mas se percebia que as coisas não estavam indo muito bem para o time da casa. Quando presto bem atenção em quem esta no apito, me deparo com o mesmo cidadão do jogo contra o Palmeiras. Sem conseguir engolir aquilo, vejo Paulo Baier ser novamente expulso, por aquele mesmo arbitro, de maneira errada. Quando penso que será o fim do primeiro tempo, gol do Atlético, e toda aquela raiva da lugar a alegria.
Um segundo tempo nervoso, e nossa torcida cantando cada vez mais alto, e um fato chamou atenção na arquibancada. Quando o diretor de futebol passou no mesmo local onde se encontrava a família atleticana, ele percebeu que aquele família não era a dele, tanto que não conseguiu ficar um minuto ali, e desapareceu. Se tiver um pouco de “semancol”, verá que chegou sua hora de dizer adeus. Voltando a partida conseguimos ter mais um expulso, e a policia de São Paulo já queria que fossemos embora. Eram se passados vinte e oito minutos do segundo tempo, mas ninguém queria arredar o pé do estádio, até a hora da maior vergonha do ano no futebol brasileiro. Um penalti cobrado por Ronaldo que deveria ter ido pra fora. Ali começa a se enxergar o por que de ter indo contra a CBF nas eleições, o por que temos o complexo de “vira latas”. Aos quarenta minutos saímos do Pacaembú conscientes que nosso time e fraco, e que mesmo assim não merecíamos perder o jogo. Quando entramos no ónibus para retorno a Curitiba, percebi que será um brasileirão difícil com esse plantel, mas complicado mesmo será a poderosa não dar nenhuma ajuda prós queridinhos no seu centenário.
Um Ultra abraço!

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Luiz Carlos Betenheuser Júnior
luiz@coritiba.com

Faltou o estilo “guerreiro”
Uma estreia péssima a do Coritiba em Recife. Mostrou bem que o time precisa melhorar e muito para subir este ano. Num confronto direto, perdeu por 3×1 para o Náutico e mostrou muitas vulnerabilidades, já conhecidas, antigas, que ficaram “ocultas” durante o período do campeonato regional. No Brasileirão, não.
Sem entrar no mérito tático e técnico (especialmente no aspecto individual do elenco, pois reforços são necessários e isto é evidente, especialmente atletas mais fortes fisicamente), algo faltou em Recife: aquele velho estilo Série B de jogar. Faltou ser mais voluntarioso, determinável, incansável. O time não foi guerreiro e por isto perdeu.
A torcida será implacável em cobrar do time, treinador, diretor de futebol e diretoria que o Coxa suba este ano. Para começar, é necessário corrigir o estilo de jogo: guerreiro!
Coritiba, a Torcida que nunca abandona!

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David Formiga
davidformiga@terra.com.br

Arre!
Pela primeira vez desde a temporada de 2007 o tricolor figura dentre os primeiros da divisão que participa. Aliás, desde seu rebaixamento, jamais o Paraná figurou na zona de classificação à primeira divisão.
Com goleada sobre o Ipatinga, vice-campeão mineiro, o tricolor iniciou com o pé direito a campanha de 2010.
Outro fato interessante foi o da presença da torcida, apesar da chuva que perdurou por toda a partida, lavando a alma do paranista. Se no estadual a média de público beirou os dois mil presentes, testemunharam a partida inaugural mais de três mil e quinhentas pessoas. Pouco para que o tricolor precisa, mas o primeiro passo para a conscientização da massa paranista.
Oliveira foi sabiamente mantido pela diretoria e conservou o sistema defensivo, tendo bem estreado Ives na proteção à zaga.
Outro que parece ter encontrado seu lugar foi João Paulo que, pela direita, rendeu mais, apoiando o ataque e elaborando inteligentemente a transição sem comprometer o sistema defensivo.
Anderson, se não brilhou em sua estréia, demonstrou que pode ajudar a equipe e, com melhor entrosamento, tende a fortalecer a meia-cancha do tricolor.
Na frente, Leandro Bocão apresentou-se à torcida com belíssimo cartão de visita, o que comprova que Toscano (numa contundente apresentação, calando os críticos e céticos) necessitava de um companheiro para melhor render.
Ainda durante a partida, para comemorar o quase surpreendente início de certame, a Fúria Independente apresentou outro show vindo da torcida, numa clara demonstração de que 2010 promete para o tricolor.
Teu destino é vitória!

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Edílson de Souza
edilsondsouza@yahoo.com.br