O calendário da Federação Paranaense de Futebol, nesse ano, foi uma aberração. Começar um campeonato com os times sem as mínimas condições físicas somente prejudicou o nosso futebol. O que vimos foi um monte de equipes fracas e despreparadas para uma competição de alto nível. Assim foram quinze rodadas na primeira fase sem muita empolgação, tampouco qualidade.
Tudo bem, o campeonato vai começar amanhã. De nada adiantaram os pontos conquistados pelo Atlético, e não foram poucos. Ficará sem valor a irregularidade do Coritiba no inicio e seu crescimento. Nem a bela recuperação do Paraná Clube terá uma repercussão se não se classificar para a semifinal.
 A partir da segunda fase, é preciso fazer valer o mando de jogo e a melhor qualidade. Nesse quesito não existe comparação entre os grandes da capital e os times do interior.  
Perder pontos em casa pode significar um suicídio. Se confirmarem os seus desempenhos da primeira fase, Coritiba e Atlético estarão tranqüilos. No entanto, lembro que nesse inicio de temporada o Paraná foi aquele que mais decepcionou dentro de casa. É obvio que no comando de Bonamigo tudo mudou, o astral é outro.
Cuidado, a largada do Paraná será contra o time do Iraty, o mesmo que venceu o tricolor na Vila Capanema. O Atlético precisa se recuperar do vexame na Copa do Brasil e o Coritiba, se possível, deve manter a ascensão verificada nas ultimas rodadas.

Pipoqueiro
Se há algumas colunas atrás elogiei o elenco atleticano pelas vitórias consecutivas, hoje o aborrecimento está estampado no rosto do torcedor. Da mesma maneira que esses jogadores entraram para a história do clube pelas vitórias, por essa desclassificação na Copa do Brasil ficará marcado como um time pipoqueiro.
Um time que não tem vontade não consegue chegar a lugar nenhum. O empate em Alagoas serviu de alerta. Sei que o menos culpado é Ney Franco, mas ele deveria cobrar reforços da diretoria. No jogo de volta, ficou claro que o cérebro de um time, o meio-campista, fez muita falta, e a ligação entre defesa e o ataque deixou isso bem claro. Será que a diretoria achou que o banco de reservas iria dar conta do recado?
O estadual passou a ser obrigação. Pipoqueiros, memorizem isso, e parem com a palhaçada de querer jogar com chuteira amarela. Willian não serve para vestir o manto sagrado. A torcida vai cobrar, e essa palhaçada não será esquecida tão cedo como muitos querem, ainda mais quando a representatividade vem de um torcedor e conselheiro das “paquitas”.

Mudanças
É mais fácil consertar um erro que ficar se baseando em um acerto. Depois da eliminação na Copa do Brasil, uma idéia que ainda não tinha saído do papel ganhou força nos últimos dias e logo surgirá como uma solução para a vida do Atlético.
Uma chapa composta por torcedores será lançada para que haja uma eleição entre a situação e a Renovação. Muitas pessoas estão envolvidas e logo será lançada oficialmente, para conhecimento de todos quem serão os representantes. O resultado será na urna, mas é um começo. Todos que participarão da chapa Renovação estão de parabéns.
O que posso adiantar que serão nomes de pessoas que realmente são torcedoras do Atlético, nomes novos, por que muitos tiveram chances para fazer essa chapa e não tiveram coragem, mesmo tendo um passado vitorioso. Que Deus ilumine todos esses guerreiros, lembrando que o Atlético é muito mais que um simples time de futebol.
Um Ultra Abraço!

Gabriel Barbosa – [email protected]

Começa do zero    
A segunda fase do Paranaense começa para o Coritiba na bela cidade de Maringá, onde a torcida do Galo costuma apoiar muito o seu time, especialmente quando motivada com jogos decisivos. O Coxa enfrentará um adversário que tem tradição, apesar de passar por uma profunda reengenharia, já que o Galo pecou nas gestões passadas e agora precisa corrigir estes desvios.
Como o campeonato agora começa do zero — sem vantagens maiores para o Cori do que a de ter o último jogo em sua casa, contra o Toledo —, o time coritibano precisa estar atento para este jogo em Maringá. Logo depois, no domingo, o Verdão enfrenta o Jotinha, de quem perdeu na primeira fase, em pleno Couto Pereira. Se por um lado o Galo vive mais da força da camisa do que de um padrão tático consistente e de um time tecnicamente competitivo, o Jotinha tem um modelo tático bem trabalhado, o que pode fazer o time do Barigüi incomodar.
Para enfrentar o time maringaense, Dorival Jr. precisa montar um modelo tático equilibrado. O jogo será num campo com um bom gramado, de grandes dimensões para o padrão do futebol paranaense. O clima quente em Maringá é favorável ao time da casa, que deverá se fechar na defesa, para não ser surpreendido como foi o Tubarão.
Com os titulares de volta, o Alviverde deverá ter um futebol mais ofensivo pelos lados do campo. Marlos e Keirrison podem desequilibrar novamente.
Coxa, eu te amo!

Luiz Carlos Betenheuser Júnior – [email protected]

Ponto de vista
Alguns torcedores acham inadmissível que se comente sobre a má atuação de algum atleta. Certas pessoas não conseguem diferenciar o que é crítica construtiva de eventual perseguição ou mesmo da pura verdade. Tem quem acredite piamente que o Estadual goza de um bom nível, que os times estão caminhando no rumo certo e que um trabalho tarda a dar resultados.
Concordo que, antigamente, os jogadores ficavam anos nas agremiações e que o entrosamento aparecia com o tempo. Atualmente, os clubes, reféns de empresários para quem o futebol tem compromisso apenas com o resultado financeiro e não em campo, têm cada vez mais dificuldade para dar padrão a um time.
Um time como o Paraná Clube, que deveria ter alguma pretensão em 2008, compromisso com sua torcida e com o bom futebol, pode ser refém de um retranqueiro a esse ponto? Uma torcida como a tricolor tem como aceitar olhar para o banco e ver atletas sem a menor condição de estar num time do porte do Paraná? Claro, tem quem defenda o que está aí. Tem quem defenda muita coisa!
Minha postura é a de zelar pelo retorno do bom futebol à Vila Capanema e, desculpem os ufanistas, com esse elenco e com a postura do Bona, isso pode até acontecer, só que em decorrência da incapacidade de outras agremiações.
Força tricolor!

David Formiga – [email protected]