Edílson de Souza
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Turbulências ou incompetências?
Em outra realidade, perder no Engenhão para o Botafogo, no caso do Coritiba, ou empatar em casa contra o Flamengo, no caso do Atlético, poderiam ser resultados normais e aceitáveis. Porém, os números alcançados pela dupla no início do Brasileirão preocupam até os mais fanáticos torcedores.
O Coritiba tem a seu favor o fato de ter dedicado todas as atenções à Copa do Brasil e somente agora entrar de fato na competição. Em quatro jogos, conquistou apenas uma vitória. Mas, pela qualidade de jogo apresentada, poderá reverter esse quadro nas próximas rodadas. No Alto da Glória, os problemas são de ordem técnica e emocional. Alguns jogadores importantes para o esquema do Marcelo Oliveira passam por má fase. Outros sofreram pela perda do título e mergulharam em uma crise emocional. Sem contar as baixas por contusão.
Já o Atlético sofre pela falta de qualidade do elenco. Imagino que a chegada entre os cinco melhores do campeonato do ano passado mascarou um quadro que já era grave. O Paranaense 2011, que poderia ser usado para acertar o time, foi jogado no lixo. Sem contar que a perda da Copa do Brasil foi mais uma prova de incompetência. Já a situação do Atlético é muito mais preocupante. Além de não conseguir vencer em quatro jogos que realizou, marcou apenas uma vez e não dá mostras de que nas próximas rodadas terá força para crescer.
Nos últimos dias, tenho ouvido nos bastidores, com pessoas que fazem parte das torcidas organizadas, que o melhor caminho seria a troca de treinadores. No caso do Coritiba seria um erro muito grande. Contudo, o mesmo não posso falar do Atlético. Aliás, para mim, a dispensa do técnico Adilson Batista não seria nenhuma surpresa. Os números alcançados por ele são inferiores ao do Geninho. Vale lembrar que Geninho fazia um bom trabalho, mas, em um ato ditatorial de alguns diretores, foi convidado a se retirar.
Por outro lado, há menos de uma semana o Marcelo Oliveira era tratado como um dos principais personagens da grande façanha do Coritiba. Centrado, competente, trabalhador e profundo conhecedor de futebol. Bastou perder a Copa do Brasil para que perdesse, também, todos os seus atributos? A sua saída neste momento seria uma imensa covardia. Estaria na mesma proporção daquela que o Atlético fez com o Geninho, um dos seus maiores ídolos. No entanto, Marcelo precisa aceitar que quem não está bem deverá deixar o time. E os melhores deverão jogar.

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Gabriel Barbosa
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Sorte
Ficou no quase. Todos esperavam pela primeira vitória, mas ela insistiu em não aparacer. Marcamos o primeiro ponto e o primeiro gol, quem sabe agora a zica vai embora. Não podemos dizer que o time não jogou bem. Pelo contrário: além de fazer uma marcação muito boa, o time teve grande movimentação do meio-de-campo. Madson foi o melhor em campo, só espero que ganhe continuidade. Rafael Santos novamente errou, mas dessa vez irei defendê-lo. Jogou muito. Infelizmente, falhou na hora errada. Adílson se mostrava chateado na entrevista coletiva, como qualquer torcedor atleticano. Mantemos o tabu e a certeza que dias melhores virão!

Tempo
O tempo é senhor da razão. Passado a final deles, algo ficou marcado, que é a importância de se chegar a final. Quando em dois anos consecutivos chegamos à final do Brasileirão e à da Libertadores e ficamos com o vice, eles falavam que o importante era ser campeão, não davam importância a chegar uma final. Agora, passado o sonho da Copa do Brasil, vemos que o discurso mudou.
Reconhecem a campanha e, se antes a segunda colocação não era grande feito, hoje valorizam. Então imaginem quando, em menos de 48 horas, fizemos mais de 15 mil pessoas se deslocarem de Curitiba a Porto Alegre em uma final de Libertadores. Chegar a uma final é digno, sim, de se orgulhar. Reconhecer a campanha é uma obrigação dos torcedores adversários; torcer a favor, nunca. Brincadeiras à parte, já se imaginaram disputando uma final de Libertadores? Essa sensação por muito tempo será só nossa!

Um Ultra abraço!

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Luiz Carlos Betenheuser Júnior
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O rei está nu?
Insisti, mas não pretendo voltar mais ao tema. Deixo o registro: para chegar à Libertadores 2012, o Coritiba terá que jogar muito mais do que jogou nas quatro primeiras rodadas. A questão é: fará isto sem novos jogadores? Não acredito. Acredito que o time venha precisar de novos reforços para chegarem e serem titulares.
Para chegar e ficar no G4 na última rodada, a diretoria o Coritiba terá que contratar, não?
O Coritiba contratou Leonardo, Rafinha e Léo Gago por um longo tempo. Mas, quando os contratou, eles jogavam mais do que atualmente, não?
O Coritiba queria ampliar o vínculo de Davi. Mas pelo que ele jogava, não pelo que está jogando, não é?
Só temos um titular absoluto nas camisas 1 a 6: Emerson. Ou não? E quando ele não puder jogar, como faremos?
Marcos Aurélio faz muita falta, não? Afinal, quando ele irá retornar ao time?
E o Eltinho ou o Triguinho, quando assumirão a camisa 6? Até quanto o treinador irá insistir no improviso de um zagueiro naquela posição?
As categorias de base, a partir de 2008, não revelaram nenhum titular absoluto, não é?
Depois que deixou de jogar com três meias — devido à contusão de Marcos Aurélio —, o treinador Marcelo Oliveira não conseguiu acertar o esquema tático do time, não é?
O campeonato não para até dezembro. E para chegar no G4 (e lá ficar!), o departamento de futebol, como um todo, terá que mostrar mais resultados do que mostrou nestas quatro rodadas. Ou não?
Pergunto: o rei está nu?

Coritiba, a Torcida que nunca abandona!

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David Formiga
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Venceu, mas convenceu?
Muitos amigos e leitores às vezes me questionam acerca do fato de não ficar contente com nenhum treinador. Não é má vontade minha; a verdade é que a análise é impessoal.
Ao emitir opinião sobre um treinador, levo em conta os recentes resultados na carreira e os títulos conquistados. Assim, manifestei-me contra a volta de Cavalo, contra a contratação de Ricardo Pinto e fico receoso com o futuro de Roberto Fonseca. Alguns irão perguntar: O cara ganhou e mesmo assim você não dá crédito a ele? A partida diante do até então invicto Salgueiro era daquelas onde tudo poderia dar errado.
A maioria dos torcedores dirá que Castán não é seguro como zagueiro, que vem falhando desde o Estadual e que preferiria ver outras peças na zaga. Tendo garotos com potencial como Henrique e Lima, o treinador estreante alinhava Castán na lateral-esquerda, para surpresa geral de toda a imprensa. Castán não apoiava, perdia-se nos passes e lançamentos. Mas, como zagueiro, mandou às redes o escanteio bem batido por Wellington.
Outra situação alarmante foi a escalação de Giancarlo como centroavante, no lugar de Leo. Giancarlo não finalizou UMA vez sequer (seja de cabeça ou com os pés) ao gol de Marcelo, apesar de fazer bem a função tática de pivô e referência. Mas pode-se considerar um atacante que não finaliza?
Reconheço que tratava-se da estréia do treinador, que a equipe somou os três pontos, etc, mas, foi o resultado o exemplo clássico da expressão “mais sorte que juízo”. Que a estrela de Fonseca siga brilhando mas que busque colocar as melhores peças nas suas respectivas posições e que não invente, pois nem sempre existirá um Salgueiro do outro lado.

Força Tricolor!!!

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Edílson de Souza
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