O Memorial de Curitiba foi palco na manhã de hoje (22) do lançamento de três novas biografias da Coleção Aplauso, um dos eventos especiais do Festival de Curitiba. Os livros contam as biografias de Ewerton de Castro, Mauro Mendonça e Jonas Bloch e integram a Coleção Aplauso, da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. Com este lançamento, uma boa parte da história do teatro brasileiro e de seus bastidores será contada. Mauro Mendonça – Em busca da perfeição, de Renato Sérgio; Ewerton de Castro – Minha vida na arte: memória e prática, de Reni Cardoso; e Jonas Bloch – O Ofício de uma paixão, de Nilu Lebert.

Comprometida em resgatar a história do cinema, do teatro e da televisão que se faz no Brasil através de depoimentos de seus principais personagens, a coleção já lançou 163 títulos e leva, além desses atores que agora abrem suas memórias, outros que já tiveram a vida e carreira retratadas pela Coleção Aplauso participaram da sessão de autógrafos em Curitiba. São eles: Renato Borghi, Celso Nunes, Elisabeth Hartmann, Rosamaria Murtinho.

Confira as sinopses dos livros:

Mauro Mendonça – Em busca da perfeição – A trajetória de meio século de Mauro Mendonça, ator reconhecido pelo perfeccionismo e pela obstinação, é relembrada em sua biografia escrita pelo jornalista Renato Sérgio. O autor refaz o minucioso caminho que o ator percorre para dar vida a um personagem. Leituras, pesquisa de campo, reflexão, ensaios exaustivos: cada detalhe é levado em conta. Conhecido principalmente por papéis dramáticos, Mauro é capaz de um humor sutil, econômico, que deflagra o riso mesmo com economia de gestos. Reúne em seu currículo 39 peças de teatro, 53 novelas, 4 minisséries, 18 teleteatros, 23 participações em seriados, 15 casos especiais e 19 filmes e hoje integra o elenco da novela Paraíso, da rede Globo.

Ewerton de Castro – Minha vida na arte: memória e prática – O ator Ewerton de Castro nunca impôs limites a sua paixão pelo teatro. Entregou-se à vida nos palcos de modo tão intenso e integral que foi muito além do competente desempenho como ator. Atuou também como diretor, cenógrafo, figurinista, iluminador, dramaturgo, roteirista, produtor, professor e administrador, júri, dublador e quantas mais funções dispôs-se a exercer, a depender da vontade e da intuição que lhe despertou cada projeto. Em seu perfil elaborado por Reni Cardoso, impressiona justamente o completo domínio que tem do ofício, em seus múltiplos ângulos. É capaz de relembrar, ano a ano, espetáculo por espetáculo, como tudo ocorreu, os acertos e as dificuldades, o longo aprendizado, o convívio com os pares e o público, cada emoção vivida.

Jonas Bloch – O ofício de uma paixão – Dono de uma memória invejável e um exímio contador de histórias, Jonas Bloch relembra em detalhes fatos marcantes de sua trajetória pessoal e profissional. Em depoimento dado à jornalista Nilu Lebert, o diretor, autor e ator Jonas Bloch celebra seus 50 anos de carreira convidando o leitor para uma viagem no tempo em cada página e em cada uma das dezenas de fotos que permeiam sua biografia. As passagens pelos palcos mineiros, paulistas e cariocas; os papéis representados na tevê e no cinema; as influências; as amizades. Nada escapa ao relato de Jonas Bloch.

Celso Nunes – Sem amarras – A atriz e ex-aluna Eliana Rocha traça nessa obra o perfil do diretor teatral Celso Nunes, relembra sua intensa produção nos anos 60 e 70, conta sua experiência como aluno do lendário diretor polonês Jerzy Grotówski, figura central do teatro do século XX na França, e todo o caminho percorrido até chegar à calmaria da vida em Florianópolis longe dos palcos. Celso dirigiu atores como Fernanda Montenegro, Fernando Torres e Paulo Autran; montou peças de autores consagrados como Strindberg e Peter Weiss; e criou um método próprio de preparação de atores.

Elisabeth Hartmann – A Sarah dos Pampas – Com passagens pelo cinema, teatro e televisão e ainda muitos trabalhos como modelo e manequim, a gaúcha Elisabeth Hartmann sempre esteve no lugar certo na hora certa. Foi assim quando fez seu primeiro desfile ainda no banco em que trabalhava como secretária. Foi assim também quando, num café em São Paulo, Mazzaropi a convidou para estrelar o primeiro dos sete filmes que fez com ele. Esses e outros acasos, histórias da infância e da carreira são contados pela gaúcha ao padre Reinaldo Braga em sua biografia lançada pela Coleção Aplauso.

Renato Borghi – Borghi em Revista – Escrito por Elcio Nogueira Seixas, o livro é leitura obrigatória para os interessados na história do teatro brasileiro contemporâneo. Borghi em Revista era o título do espetáculo dirigido e roteirizado por Elcio Nogueira Seixas em 2004, um amplo painel da história do teatro brasileiro desde a década de 1940 em paralelo aos 45 anos de carreira de Renato. A convite da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Elcio Nogueira aceitou a missão de transformar o roteiro da peça em mais um livro da Coleção Aplauso.

Rosamaria Murtinho – Simples Magia – Com A Moça que Veio de Longe, em 1964, da TV Excelsior, Rosamaria Murtinho foi a primeira grande estrela das telenovelas brasileiras. Primeiro ponto alto de uma longa e bem sucedida carreira no teatro (Personalíssima, onde viveu a cantora Isaurinha Garcia), no cinema (foi melhor atriz no Festival de Gramado pelo filme Primeiro de Abril) e na televisão (Chocolate com Pimenta, As Filhas da mãe, A Próxima Vítima, Pantanal, Cambalacho, Vereda Tropical, dentre muitas telenovelas). A biografia escrita por Tânia Carvalho traz, além da carreira, histórias pessoais dessa atriz que fez a opção de ser uma pessoa simples, muitas vezes perdendo oportunidades profissionais para cuidar da família e criar os filhos.