O Coritiba perdeu uma ótima chance de voltar à zona de classificação para a Série A. Na sexta-feira, o time foi ajudado por resultados paralelos e ganhou uma posição, mas em campo não fez sua parte. Ficou no empate em 0 a 0 com o Santo André, no Couto Pereira. Com o ponto obtido, passou a ter 41 e subiu para a 5ª posição da Segundona. Se tivesse vencido, estaria de volta no “G4” e poria fim a uma seqüência de seis jogos sem vitórias — agora, ampliada para sete.
A sorte dos paranaenses é que os dois times que o passaram na última rodada foram derrotados. O Paulista caiu diante do Avaí (1 a 0) na terça-feira e manteve-se em quarto lugar, com 41 pontos — à frente do Coxa no saldo de gols. E o América-RN, quinto colocado, perdeu para o Remo (2 a 0), estacionou nos 40 pontos e caiu uma posição. O atual líder é o Sport, com 46 pontos, seguido de Náutico (45) e Atlético-MG (45).
A pressão psicológica que o Coritiba vive devido à queda de produção na Série B foi refletida em campo. Os laterais, na pressa de executar as jogadas, perdiam as bolas. Os meio-campistas, na ânsia de subir ao ataque, davam espaços. E muitos jogadores se eximiam de arrematar, preferindo tocar de lado para um companheiro. Nem as bolas paradas foram aproveitadas. O Santo André, menos pressionado, mais bem postado em campo e com o contra-ataque à disposição, criava as melhores chances de gol. Tanto que o goleiro Artur foi bastante exigido, ao contrário de Marcelo Bonan.
No segundo tempo, o Coritiba voltou com Andrezinho e Cristian nos lugares de Luís Paulo e Jackson. Se por um lado não corria mais tantos riscos na defesa, por outro passou a exercer uma “falsa pressão” sobre o Santo André. Acuava os paulistas em seu campo na maior parte do tempo, mas não criava jogadas de gol, em boa parte porque não soube furar a retranca armada pelo adversário. Assim, o resultado não poderia diferente de um empate sem gols — resultado que levou a torcida a quebrar a trégua e fazer protestos na saída do estádio.
O Coritiba volta a campo na terça-feira, quando enfrenta o Ceará, em Fortaleza. “Temos que ter tranqüilidade, pois ainda tem campeonato”, disse o técnico Bonamigo, ainda acreditando na conta de sete vitórias nos jogos restantes — agora, 11 — para levar o time à Série A.
Coritiba
Artur; Luís Paulo, Henrique, Marcelo Batatais e Carlão; Rodrigo Mancha, Paulo Miranda, Jackson e Caio; Anderson Gomes e Jefferson. Técnico: Paulo Bonamigo
Santo André
Marcelo Bonan; Alxandre, Ozéia, Luiz Henrique e Pará; Bruno, Emerson, Makelele e Vander; Anaílson e Sandro Gaúcho. Técnico: Roy Scarpino.
Cartões amarelos: Henrique, Luís Henrique, Ozéia, Emerson, Caio, Anderson Gomes e Anaílson
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Renda: R$ 48.537,50
Público: 4.836 (pagante), 6.335 (total)
Local: Estádio Couto Pereira, sexta-feira