O Brasil deixa o medo de lado para enfrentar os Estados Unidos neste sábado, às 9h30, na disputa do bronze no Mundial Feminino de Basquete, no ginásio do Ibirapuera As brasileiras acreditam que o adversário provou com a derrota para a Rússia que não é imbatível.

“Elas não sabem jogar atrás. Estão acostumadas com a vitória. Vamos jogar sem medo e impor nosso ritmo”, disse a ala Iziane que atua no Seattle Storm, da WNBA — liga profissional norte-americana feminina — e conhece muito bem a tática do jogo da técnica Anne Donovan, que comanda seu time em Seattle. Ela ainda promete auxiliar Antônio Barbosa na quadra. “Sei todos os pontos fortes e fracos, as jogadas e até os sinais que a Anne faz. Ela não mudou nada”, afirma.

A jogadora guarda, inclusive, em seu correio eletrônico, uma frase da técnica como arma para incentivar às companheiras do Brasil. Ela não decorou a frase, mas lembra o seu significado: “Quando as equipes pararem de respeitar os Estados Unidos e encararem o time, elas vão perder”, revelou Iziane.

A ala Micaela concorda com Iziane. “Elas não sabem o que é derrota. Acabou a hegemonia. É só a gente não deixar elas gostarem do jogo e impor nosso ritmo como as russas fizeram com elas”, disse.

Do time comandado por Antônio Carlos Barbosa, oito das doze jogadoras já atuaram pela WNBA — liga profissional norte-americana feminina -— e conhecem bem o ritmo de jogo delas. “Elas querem a bola nas mãos e correria o tempo todo”, afirma a armadora Adrianinha, que atuou pelo Phoenix Mercury na temporada 2001/2002. “O importante é não entrar na correria delas”, acrescentou Barbosa. Para a pivô Érika, que defendeu o time de Los Angeles, há quatro anos, os Estados Unidos não são tão fortes como a Austrália.