
Perto de completar 35 anos, a Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia (Apacn) tem uma nova meta: aumentar o número de leitos destinados a crianças que passaram por transplante de medula óssea. Fundada em 21 de outubro de 1983, em Curitiba, a Apacn foi a primeira instituição do país a amparar crianças e adolescentes com câncer e é mantida com doações e com a ajuda de voluntários. A ideia é ofertar mais 24 apartamentos para transplantados na Casa de Apoio do bairro Tarumã.
Atualmente, a Associação tem oito leitos para transplantados e 120 apartamentos para crianças e adolescentes que fazem tratamento para câncer no Hospital de Clínicas da UFPR e no Hospital Pequeno Príncipe. A associação também recebe crianças encamihadas pelos hospitais Angelina Caron e Erasto Gaertner. Os pacientes podem ficar hospedados por até dois anos na Casa de Apoio, com um acompanhante (geralmente a mãe), e são encaminhados pelos próprios hospitais em que fazem tratamento. Segundo Mariza Del Claro, integrante da diretoria da Apacn, a maioria das crianças é das regiões Norte e Nordeste do país.
A Casa de Apoio está em uma área de 38 mil metros quadrados no Tarumã, tem 37 funcionários e cerca de 250 voluntários. A associação tem parcerias com a prefeitura de Curitiba e o governo do Paraná, que cedem professores para as crianças não perderem aulas enquanto ficam no local durante o tratamento. A instituição serve cerca de 150 refeições por dia e, além de doações, obtém recursos com a venda de peças de crochê feitas por voluntárias e com a venda de roupas e móveis usados, que são doados pela comunidade. As lojas de roupas e móveis abrem às terças e quintas-feiras.
Precisamos de tudo, define Mariza Del Claro quando o assunto é doações. A Apacn aceita doações em dinheiro, de roupas, móveis, alimentos e produtos eletrônicos. Voluntários podem atuar na área administrativa, na limpeza, na seleção de produtos doados ou nas lojas da Apacn. Os interessados em trabalhar como voluntários devem agendar uma entrevista.
Além da Casa de Apoio, a Apacn mantém um ambulatório e o Centro de Genética Molecular e Pesquisa de Câncer em Crianças (Cegempac), ambos no bairro Alto da Glória. O ambulatório oferece pré-consultas, consultas, sessões de quimioterapia, medicações, atendimento psicológico, pedagógico e serviço social. A Apacn firmou um convênio com o Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) para abrir o ambulatório. O Cegempac foi criado em 2002 e desenvolve pesquisas sobre o câncer e sobre recursos terapêuticos mais eficientes.
McDia Feliz ajuda entidade a comprar micro-ônibus
A Apacn é uma das entidades beneficiadas com os recursos arrecadados durante o McDia Feliz, em que a rede McDonald’s destina os recursos obtidos com a venda do Big Mac (exceto o valor referente aos impostos) para entidades que apoiam crianças com câncer no país. A ação ocorre sempre no último sábado de agosto e será no próximo sábado, dia 29. Segundo Mariza Del Claro, da diretoria da Apacn, o objetivo com a campanha neste ano é comprar um micro-ônibus para trasnportar as crianças hospedadas na Casa de Apoio. Atualmente a entidade possui duas vans, que deverão entrar na negociação. Mariza Del Claro está desde o início na associação. Acho que é um chamado, afirma. No começo eu tinha filhos pequenos, deixava na escola e ia para o ambulatório da Apacn. Fiquei 20 anos lá, lembra. Só em 2016, de acordo com ela, aproximadamente 1,5 mil pessoas passaram pela Casa de Apoio, entre pacientes e acompanhantes.
A Associação Paranaense de Apoio à Criança com Neoplasia
Hospeda e dá apoio a crianças com câncer que fazem tratamento no Hospital de Clínicas (HC), da UFPR, no Hospital Pequeno Príncipe, do Hospital Angelina Caron e do Hospital Erasto Gaertner. Precisa de doações em dinheiro, que podem ser feitos no Banco do Brasil, no Bradesco, na Caixa Econômica Federal e no Itaú. Mais informações no site da associação: apacn.com.br A entidade também aceita doações de roupas, alimentos, móveis e calçados. A Apacn aceita voluntários para atuar em diversos setores. Os interessados devem entrar em contato com a entidade, pelo telefone (41) 3024-7475 (ramal 7354), de segunda a sexta-feira, das 11 às 17 horas, e agendar uma entrevista.