Há quem diga que rir é o melhor remédio. Outros, como o médico americano Patch Adams, preferem dizer que “a boa saúde é uma questão de riso”. Seja como for, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), um projeto tem feito da alegria parte do tratamento de jovens internados no Hospital Infantil Waldemar Monastier.
Chamado “Medicando Alegria” e encabeçado pelo artista Toto Lopes, a iniciativa reúne grupos de artistas que se apresentam para os pacientes, familiares e funcionários do hospital todos os dias da semana. Palhaçadas, apresentações teatrais e circenses, contação de história e muita música fazem parte da alegre receita indicada aos que estão em recuperação.
“Cada semana tentamos levar alguma coisa nova, diferente”, conta Toto, que há 10 anos trabalha como voluntário no Hospital Infantil, que por dia atende, em média, 300 crianças de todas as regiões do Paraná. “O impacto é muito grande, porque acabamos atendendo muitas pessoas”, explica o artista.
A ideia de criar o projeto, inclusive, surgiu a partir da vivência que Toto teve como voluntário, vendo a tristeza que assolava pacientes e familiares nos corredores e quarto do hospital. A ideia, então, era criar um projeto para fazer da arte uma ferramenta de inclusão social e também levar alegria aos que precisam ficar no hospital, em recuperação.
“Com alegria podemos ajudar até mesmo na recuperação dos pacientes. Cientificamente é provado que alegria pode ajudar na cura. Além de atender pacientes e familiares, beneficiamos também os próprios funcionários em um lugar cujo ambiente é pesado, a tristeza está presente o tempo todo”, relata o artista.
O resultado, o impacto gerado pelo Medicando Alegria, pode ser visto na reação daqueles que presenciam as apresentações, em especial os familiares. “A reação dos pais é chamar a gente no canto e agradecer, enquanto as crianças vêm e nos abraçam. As vezes a gente fica até emocionado e tem de estar com o psicológico preparado para não chorar na frente da criança.”
Mas não são só os pacientes e seus familiares que acabam impactados pela iniciativa, mas também os funcionários do hospital, que acabam encontrando nas apresentações uma espécie de fuga para a rotina emocionalmente pesada de trabalho.
Aprovado via lei Rouanet, projeto busca apoiadores
Para dar sequência ao projeto Medicando Alegria, Toto Lopes tem buscado empresas e pessoas físicas que possam apoiar a iniciativa, aprovada para captar verba via Lei Rouanet. Isso significa que empresas podem patrocinar o projeto via lei de incentivo. A intenção é atingiu cerca de 45 mil pessoas.
“É um projeto que realmente funciona porque leva alegria para as pessoas que estão lá. E as pessoas que estão lá geralmente estão cansadas, chateadas por causa da doença”, explica o artista Toto Lopes. “Estamos tentando captar R$ 390 mil. É bastante artista, queremos fazer de segunda a sexta-feira, então são todos os dias da semana. A ideia é levar alegria para diminuir a dor, osofrimento deles. E pelos estudos que vemos aí, isso ajuda até na recuperação do paciente. Vamos lá e só vemos sorriso das pessoas, o depoimento dos pais…”, complementa.
SERVIÇO
Medicando Alegria
O que é: Um projeto artístico que busca levar alegria aos pacientes do Hospital Infantil Waldemar Monastier, em Campo Largo, através de apresentações circenses, teatrais, contação de história e música, entre outras iniciativas.
Como ajudar: A provado através da Lei Rouanet, o projeto agora busca empresas que possam patrocinar a iniciativa. Para mais detalhes sobre como ajudar, entre em contato com a equipe do Medicando Alegria através dos contatos disponibilizados abaixo.
Site: www.medicandoalegria.com.br
Página no Facebook: @medicandoalegria
Telefone: (41) 9 9700-4853