Oficina de roupas da Renner é fechada por trabalho escravo

Redação Bem Paraná com agências online

Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgataram trabalhadores bolivianos em regime análogo à escravidão em oficina que produzia para as lojas Renner. Segundo informações divulgadas pelo órgão na última quinta-feira, 27, foram resgatados 37 trabalhadores em oficinas em São Paulo e no Rio Grande do Sul.

Em resposta à imprensa, a Renner informou que as irregularidades na situação dos trabalhadores são de uma empresa contratada por fornecedores e que eles são, por contrato, responsáveis por cumprir a legislação trabalhista.

Apesar de terem registro na carteira de trabalho, os funcionários tinham expedientes acima do permitido, viviam em alojamentos sem condições de higiene adequadas, eram remunerados de acordo com a produção e sofriam constante violência psicológica. Dos 37 funcionários resgatados, eram 21 homens, 15 mulheres e um adolescente de 16 anos. Na oficina havia um estoque de 35 mil peças de roupa vendidas pela Renner, das marcas Cortelle, Just Be, Blue Steel e Blue Steel Urban.

Segundo o MTE, as investigações duraram três meses e a empresa pode ser multada em até 2 milhões de reais.