As penas dos 25 condenados no julgamento do mensalão, que somaram cerca de 280 anos de prisão, serão aplicadas antes de 1º de julho, garantiu nesta quinta-feira (28) o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa.

“As ordens de prisão devem ser expedidas antes desta data”, disse Barbosa em entrevista coletiva para correspondentes estrangeiros. O ministro, porém, lembrou que tudo depende do cumprimento das últimas etapas do processo.

O Supremo ainda deve publicar as sentenças, o que está previsto para ocorrer em março, e em seguida as defesas dos réus poderão apresentar seus últimos recursos, que serão julgados antes de julho pelo STF. Após isso, serão decididos os locais onde os condenados deverão cumprir pena.

O condenado com maior pena é o publicitário Marcos Valério Fernandes, que recebeu 40 anos de prisão, enquanto o com menor pena é o ex-deputado José Borba, do PMDB, que foi sentenciado a dois anos.

Entre os condenados, nomes como José Genoino, ex-presidente do PT, José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil do governo de Luís Inácio Lula da Silva, e o atual deputado João Paulo Cunha.

Barbosa, porém, disse que, devido a diversos benefícios legais, a maioria das penas será reduzida com o tempo e nenhuma delas chegará a ser cumprida em sua totalidade. Para o presidente do STF, tais benefícios são são sintomas de um sistema penal “fraco”, que “favorece o réu” e ajuda os corruptos.