PM é condenado pela morte da juíza Patrícia Acioli

Sérgio Costa Júnior teve a pena reduzida devido à delação premiada

Redação Bem Paraná com Agências Online

Réu confesso do assassinato da juíza Patrícia Acioli em Niterói, em agosto de 2011, o policial militar Sérgio Costa Júnior foi condenado nesta terça-feira (04) a 21 anos de prisão, sendo 18 por homicídio triplamente qualificado e três anos por formação de quadrilha armada.

Por ter sido fundamental na elucidação do crime com seu depoimento, no qual  confirmou que foi um dos executores do crime, juntamente com o tenente Daniel Benitez Lopez, o PM teve a pena reduzida devido à delação premiada.

Segundo a legislação, o benefício da delação premiada é a redução de um a dois terços da punição aplicada por homicídio. Seis testemunhas foram arroladas pelos representantes de defesa e acusação, metade para cada.

A estratégia do defensor público Jorge Alexandre Mesquita, responsável pela defesa de Costa Júnior, foi humanizar o réu a fim de provocar a redução de pena. O advogado já utilizou uma testemunha que afirmou “dever muito” ao PM, pois teria sido ele o autor da prisão de um homem que supostamente estuprou a filha do depoente.

Quando questionado pela promotoria se o PMs do 7º BPM também lucravam com crimes de extorsão, Costa Júnior afirmou que nunca presenciou, mas disse que tinha de matar um leão por dia.

O promotor de Justiça Leandro Navega, responsável pelo julgamento do cabo, ressaltou o “papel fundamental” da mulher do cabo Costa Júnior  para que ele optasse pela delação premiada. “Se ele se envolveu com a criminalidade, sabe que está no lugar certo, com a mulher que vai ajudá-lo a sair desta posição”, completou.