Os três policiais paranaenses envolvidos na morte do policial sargento da Brigada Militar, Ariel da Silva, ocorrida em dezembro do ano passado, foram denunciador pelo Ministério Público (MP) por homicídio doloso.
Nesta segunda-feira (10), a juíza Eda Salete Zanatta de Miranda, da 1ª Vara Criminal de Gravataí, recebeu a denúncia contra os três agentes do Grupo Tigre, da Polícia Civil do Paraná.
Os policiais haviam viajado a Gravataí na madrugada do dia 21 de dezembro para investigar um caso de sequestro de dois empresários paranaenses que eram mantidos em cativeiro no município da Região Metropolitana de Porto Alegre.
O sargento Ariel da Silva estava em uma moto, de folga, quando suspeitou do carro com os três integrantes da polícia paranaense. De acordo com depoimento dos policiais, Silva abordou o carro armado e disparou primeiro. Os policiais paranaenses reagiram e mataram o sargento.
A denúncia do MP, no entanto, diz que os policiais paranaenses suspeitaram do sargento e o abordaram, antes de um dos agentes, utilizando uma metralhadora, efetuar vários disparos com intenção de matar o PM.
O sargento foi atingido no peito e na cabeça. A denúncia ressalta ainda que os três agentes vieram ao estado e conduziram a investigação de forma clandestina, sem informar as autoridades policiais locais.
Os desdobramentos da investigação também resultaram em um novo crime. Durante a tarde, agentes da Polícia Civil gaúcha localizaram o local onde dois empresários do Paraná eram mantidos reféns. Ao chegarem ao cativeiro, os policiais flagraram os sequestradores saindo da casa e houve tiroteio. Na troca de tiros, um dos reféns foi morto. Um delegado da polícia gaúcha (que seria o autor do disparo que matou o refém), três agentes paranaenses (de outro grupo que veio ao Rio Grande do Sul), e oito suspeitos de integrar a quadrilha de sequestradores foram denunciados.