Divulgação/ TJPR

Um homem de 61 anos permaneceu preso por dois meses após a Polícia Militar do Paraná (PMPR) prendê-lo por engano em Londrina, norte do estado. Na última quinta-feira (01/12), o juiz da Vara de Execuções Penais e Corregedoria dos Presídios de Londrina, Katsujo Nakadamori, determinou a soltura do idoso após pedido feito pela Defensoria Pública do Estado do Paraná (DPE-PR). No dia seguinte, ele deixou a prisão.

De acordo com a defensora pública e coordenadora da sede da DPE-PR em Londrina, Francine Borsato Amorese, o idoso foi preso pela Polícia Militar no lugar do irmão, que tinha um mandado de prisão em aberto. “Não há dúvidas de que foi um absurdo o que aconteceu nesse caso. A todo momento, ele informou que não se tratava de quem a polícia procurava, mas não foi ouvido e nem considerado. É preciso ter muito cuidado e responsabilidade ao cumprir um mandado de prisão. Um erro pode impactar a vida de alguém para sempre”, explica a defensora, autora do pedido de soltura. 

O homem foi abordado pela PM no dia 7 de outubro deste ano, quando chegava em casa. Ele é pedreiro e caseiro em Londrina. “Assim que soubemos da possibilidade de prisão indevida, marquei a oitiva do usuário da Defensoria e, no mesmo dia, apresentamos o pedido de liberdade, que foi deferido, e o alvará de soltura foi cumprido no dia seguinte”, explica o assessor de Execução Penal da DPE-PR Jean Paulo Soranzo

Segundo ele, durante a entrevista realizada pela Defensoria, o idoso estava indignado pela prisão indevida. “A entrevista com ele foi realizada por meio do parlatório virtual. Enquanto conversávamos, ele permaneceu calmo e esperançoso, mas um tanto indignado pela prisão indevida”, comentou Soranzo. O idoso ficou preso na Casa de Custódia em Londrina.

De acordo com Amorese, o irmão da vítima é uma pessoa em situação de rua e, segundo relatou o usuário da DPE-PR que foi preso injustamente, os irmãos se viam há mais de um ano.