O Supremo Tribunal Federal (STF) negou nesta quinta-feira (07) três pedidos de habeas corpus apresentados pela família brasileira de Sean Goldman, hoje com 12 anos.
A defesa da avó, Silvana Bianchi Carneiro Ribeiro, tenta trazer o menino de volta ao Brasil e argumenta que o juiz responsável pelo caso não teria levado em conta os desejos do menino ao conceder a guarda ao pai biológico. O Supremo, porém, negou o pedido, entendendo que o habeas corpus não é o meio adequado para discutir questões de direito de família.
Com a decisão, Sean permanecerá nos EUA com o pai biológico, o americano David Goldman.
A família brasileira de Sean tentava, por meio dos habeas corpus, anular decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro ordenando que o menino fosse entregue a Goldman, nos EUA.
O caso, que ganhou contornos diplomáticos, teve início em 2008, após a mãe de Sean, Bruna Bianchi, falecer por complicações no parto da filha que teve com o segundo marido, o advogado João Paulo Lins e Silva.
Bruna havia voltado ao Brasil em 2004, divorciando-se de David Goldman. Após sua morte, o padrasto conseguiu a guarda provisória do menino, mas o pai biológico entrou com ação na Justiça Federal alegando sequestro, o que levou o assunto a ganhar repercussão internacional.