A confiança do consumidor na economia brasileira diminuiu em abril pelo segundo mês consecutivo. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), caiu 1,6% em relação a março, tendo passado de 120,1 para 118,2 pontos. Em abril, o índice atingiu o menor nível desde maio do ano passado (116,8). Em março, o ICC registrou queda de 2%.

De acordo com os dados da Sondagem de Expectativas do Consumidor, divulgados nesta quarta-feira (27) pela FGV, o resultado foi influenciado pela queda de 3% no Índice da Situação Atual (ISA), ao passar de 145,0 para 140,6 pontos, o menor patamar desde outubro de 2010 (139,9).

De acordo com a FGV, a proporção dos que avaliam a situação atual em sua cidade como boa diminuiu de 34,7% para 29,2%, enquanto a dos que a classificam como ruim aumentou de 17,3% para 21,2%.

Já o Índice de Expectativas (IE), que havia diminuído 3,8% em março, reduziu-se em 0,5%, ao passar de 106,8 para 106,3 pontos. O patamar alcançado em abril é o menor desde março de 2010 (105,9 pontos). O estudo aponta que os consumidores estão menos otimistas em relação às suas finanças domésticas. A parcela dos que preveem melhora da situação financeira familiar diminuiu de 37,2% para 35,6%; e a dos que esperam piora elevou-se de 5,2% para 5,3%.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, no entanto, o Índice de Confiança do Consumidor subiu 2,1% em abril. O resultado, no entanto, indica que um ritmo menos intenso de alta, uma vez que em março o indicador avançou 7,6% em relação ao mesmo período de 2010.

A Sondagem de Expectativas do Consumidor é realizada com base numa amostra de mais de 2 mil domicílios em sete das principais capitais brasileiras. A coleta de dados para a edição de abril de 2011 foi realizada entre os dias 1º e 20.