ANA LUIZA ALBUQUERQUE

GRAMADO, RS (FOLHAPRESS) – O pré-candidato à Presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, afirmou nesta quinta-feira (10) que a acusação de que o partido teria uma ala antissemita não procede. “É algo inadmissível, assim como é a islamofobia.”

O presidente da Conib (Confederação Israelita do Brasil), Fernando Lottenberg, disse em entrevista à Folha de S.Paulo que a ala da legenda que considera Israel um estado genocida é “a expressão contemporânea do antissemitismo”.

Boulos afirmou que o PSOL reconhece o Estado de Israel, mas que também se solidariza à causa palestina. “Defende o direito dos palestinos de cidadania igual, é contra os assentamentos ilegais israelenses e defende o direito de retorno dos refugiados palestinos. Se trata de defender as resoluções da ONU.”

O presidenciável disse que em hipótese alguma existe antissemitismo no partido. “Antissemitismo é algo condenável, eu condeno, o PSOL condena. O debate é político, questionar a política do governo de Israel de desrespeito sistemático às resoluções da ONU.” 

As declarações foram dadas a jornalistas após um debate com presidenciáveis promovido pela Unale (União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais), em Gramado (RS).

Sobre sua candidatura, Boulos afirmou que, além do PCB, formou uma aliança com o conjunto de movimentos sociais, como os de defesa aos povos indígenas, da juventude, da população negra e LGBT. “Nossa aliança é com a sociedade brasileira para mudar a política.”