A avaliação dos petistas é de que a disputa entre os defensores do apoio a Fruet e da candidatura própria será muito mais apertada do que imaginava o grupo que comanda o partido no Estado. Esse grupo, que tem entre seus expoentes a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, vinha alardeando uma suposta vantagem folgada, apontando que venceria o encontro municipal com os votos de 60% dos delegados. Internamente, porém, as estimativas são bem mais modestas, com previsão de uma diferença mínima entre os dois blocos.

Em 2008, Gleisi disputou com o deputado estadual Tadeu Veneri as prévias para a definição do candidato do PT à prefeitura. Na época, venceu com 53% dos votos, contra 44% do parlamentar. Desta vez, porém, a disputa está não entre dois nomes petistas, mas entre a opção de lançar um candidato do partido, e abrir mão em favor de um nome que se destacou como uma das principais lideranças de oposição ao governo Lula e ao PT no Congresso, figurando inclusive como uma das vozes mais importantes da CPI que investigou o escândalo do “mensalão”. O que para a base do PT é uma escolha muito mais indigesta e difícil de “engolir”.