Os caminhoneiros autônomos prometem parar o transporte rodoviário de cargas em todo o País a partir do dia 25. Indignados com a queda do valor do frete causada após reajuste de 15% óleo diesel, lideranças dos sindicatos estaduais se reúnem amanhã em São Paulo para definir como será a paralisação. “Está decidido que vamos parar, só não se não sabe como. Tem uma pauta sendo discutida e a reunião é para fazer o trabalho de coordenação”, disse o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes.

Segundo ele, órgãos do governo têm telefonado para a Abcam na tentativa de persuadir a categoria a suspender a paralisação. “Mas não adianta, a gente avisou com 30 dias de antecedência o que vai acontecer”, afirmando que o grupo já possui, inclusive, a informação de um novo aumento do óleo diesel.

Fonseca define o aumento do combustível como “ponto crucial” do movimento e defende a intervenção de Brasília no controle do preço, assim como a estipulação de um referencial de preço para o quilômetro rodado. “Com um referencial, quando vem reajuste de diesel, lamentavelmente, o consumidor final que vai pagar, mas sem referencial o cara baixa o frete.”. explicando que, antes do último reajuste, o frete de São Paulo para Salvador, para 14 toneladas, custava R$ 3.800 e que depois do aumento caiu para R$ 2.400, mesmo valor gasto com o combustível da viagem.
Programada para começar à zero hora do dia 25, a paralisação deverá terminar apenas quando a questão for resolvida.