Logo mais à noite, em Joinville, o Coritiba terá o último mando de campo fora de seus domínios. Chega ao final a punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, por conta da barbárie instalada no Couto Pereira, no final do ano passado.
O jogo de hoje marcará o fim de um ciclo que pode até ser considerado positivo. Afinal, jogar longe de casa, não tendo o apoio de sua torcida em 19 rodadas seria motivo de pânico para qualquer equipe. Mas deverá ser encerrada, também, a choradeira que ocorre com as derrotas. Se o time vence, o mérito é de todos. Contudo, se perde, o que se vê são as desculpas esfarrapadas e repetitivas. O cansaço foi eleito o principal vilão do baixo desempenho. Ora, o cansaço seria admitido após uma disputa com luta, muita correria e camisa suada. Não no início, com uma indolência espetacular.
O Coritiba terminou o primeiro turno na terceira colocação. Fato este que poderia ser motivo de comemoração, mas não é. Pois, mesmo com todas as adversidades apresentadas, poderia fechar o primeiro turno, no mínimo, com seis pontos de vantagem sobre o Figueirense. 
No jogo de hoje, contra o Náutico, o cansaço da ultima viagem até Guaratinguetá ainda não foi dissipado. Os jogadores estão extenuados. Então, este fato é sinônimo de mais uma fraca atuação? Creio que não. O Coritiba precisa se vestir de favorito e se impor. Quem pensa que a volta ao Couto Pereira será feita somente de flores está redondamente enganado. A torcida que joga muito mais que o próprio time é a mesma que vai cobrar resultados imediatos. Nesse momento, não mais caberá a evasiva desculpa do cansaço motivado pelas viagens.

Correndo atrás
O Atlético continua experimentando o crescimento no Brasileirão. Não esperem que eu diga que há uma ascensão em termos técnicos, pois não houve. Continuou, mesmo com a vitória em Florianópolis, contra o Avai, jogando um futebol apenas regular. O que é possível verificar é um melhor desempenho de alguns titulares. A vitória foi um achado. Todos esperavam o empate.
No entanto, é necessário dar uma olhada com carinho na classificação, os números são expressivos. Havia muito tempo que a torcida atleticana não conhecia o sabor de estar entre os sete primeiros colocados. Fato inusitado.
Amanhã será a prova de fogo. Jogará contra o Corinthians, uma das melhores equipes da competição, com toda a mídia nacional observando esse evento. Se conquistar uma vitória, entra definitivamente na briga pelo grupo dos times que disputarão a Taça Libertadores de América do ano que vem. Assim, adquirirá o respeito de todos os seus adversários que lutam pelo mesmo objetivo.

Sétimo
Quando todos imaginavam que o empate seria um bom resultado, a vitória aparece e contempla o Furacão com três pontos. Foi uma partida truncada; no primeiro tempo, não jogamos bem. No segundo tempo, com a entrada de Oberdan, que já deveria ser titular, nosso meio-de-campo ficou mais eficaz e tivemos algumas oportunidades de gol. Novamente a decepção ficou por conta de Leandro, que, com oito minutos em campo, conseguiu ser expulso.
Com um “balão” do goleiro Neto no ultimo minutos e a “casquinha” de Bruno Mineiro, sobrou para Maikon Leite balançar a rede na Ressacada, fazendo a torcida atleticana presente ir ao delírio em terra catarinense. Amanhã é pensar nos “gambá”, filho da queridinha. A torcida fará a parte dela, só espero que não venham colocar o microfone ao lado da torcida Paulista para tentar transparecer algo além do normal. Para bom entendedor, um microfone basta!
 
Parabéns
Neste ano viajei bastante com o Atlético, tanto dentro do Estado como por esse Brasil afora. Quando existe toda a dedicação para acompanhar o clube, temos que reconhecer. A amizade com UJD já existe há muito tempo e agora mais um grupo de amigos atleticanos está se fazendo presente no jogos fora de Curitiba: Parabéns, Zona Gole!
 Um Ultra abraço!


Cada um na sua

Acabou o primeiro turno do Brasileirão. O Coxa ficou no G4, mas mostrou que, para seguir assim até o fim do campeonato, terá que melhorar. A queda nas últimas rodadas colocou a realidade às claras: o Coritiba precisa fazer mais para subir nesse ano.
Uma das receitas do sucesso no futebol é deixar cada um na sua, sem inversões de papéis. Sinto uma atmosfera de que haverá um passe de mágicas após o dia 18, com a volta do Coritiba ao Couto Pereira. Não haverá. O papel da torcida é só dela. Mas o time tem que fazer a parte dele. O mesmo serve para a comissão técnica, o supervisor de futebol e a diretoria. Cada um na sua, fazendo o simples, mas fazendo bem feito.
Não joguem para a torcida a responsabilidade de fazer o time subir. Ele caiu na bola. Que suba na bola.
Coritiba, a Torcida que nunca abandona!


Segundo turno como o primeiro?

O fato do Paraná ter finalizado o primeiro turno de 2010 em melhor posição do que em 2008 ou 2009 está longe de ser um alento ao torcedor. Na presente temporada, muito se comemorou o primeiro lugar na parada da Copa. No entanto, o Paraná não manteve a toada, caindo vertiginosamente e afastando-se do G4.
Nas sete primeiras partidas, o então líder Paraná conquistou 15 pontos em 21 disputados, obtendo 71,43% de aproveitamento de pontos, índice maior do que o atual líder, o Figueirense, com 63%.
O problema é que o rendimento despencou e, nas doze partidas seguintes, dos 36 pontos disputados, apenas conquistou 9, conquistando, após a parada da Copa apenas 25% dos pontos — rendimento inferior ao do lanterna Ipatinga, a quem o Paraná superou por 3 a 0 na partida inaugural do certame.
De líder na primeira fase ao aproveitamento de lanterna, viu-se o time assolado por problemas internos, culminando com a saída de titulares como João Paulo, Gílson e Marcelo Toscano.
O site www.chancedegol. com.br diz que o time tem apenas 0,02% de chances de título, 4,4% de retornar à primeira divisão e 4.8% de ser rebaixado, logo, as chances de novamente disputar a segundona em 2011 são da ordem de 90,18%.
Como ainda faltam 19 partidas e 57 pontos em disputa, o Tricolor precisaria conquistar 41 pontos, ou seja, vencer todas as nove partidas que fizer em casa (21p) e somar vinte pontos (em dez partidas, vencer seis e empatar duas) fora, onde tem seu pior desempenho. É preciso fazer um segundo turno muito melhor que o primeiro, o que não ocorrerá com os invencionismos de Marcelo Oliveira e muito menos com um novo treinador que poderá tardar a obter resultados. Por isso, voto pela responsável intervenção do departamento de futebol no trabalho do treinador.
Teu destino é vitória!