Os contratos de metais básicos para três meses negociados na London Metals Exchange (LME) se recuperaram no fim da sessão e tiveram uma leve alta, com os analistas prevendo que o mercado vai buscar direção nas reações à reunião do G-20 em Toronto, neste fim de semana. Os metais básicos foram negociados em baixa na maior parte do dia, influenciados pelas bolsas; os volumes de negócios foram reduzidos.

Na rodada livre de negócios da tarde (kerb) da LME, os contratos de cobre subiram US$ 66,00, ou 0,98%, para US$ 6.760,00 por tonelada métrica. O chumbo teve queda de US$ 4,00, para US$ 1.815,00. O zinco recuou US$ 2,00, para US$ 1.872,00. O alumínio registrou alta de US$ 33,00, para US$ 1.997,00. O níquel subiu US$ 350,00, para US$ 19.750,00. O estanho caiu US$ 20,00, para US$ 18.125,00.

Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), os contratos de cobre para setembro fecharam no nível mais alto desde 28 de maio, com ganho de US$ 0,087, ou 2,9%, a US$ 3,1110 por libra-peso. Na semana, os futuros do cobre tiveram uma alta de mais de 7%. Um dos motivos da recuperação é a baixa do dólar frente ao euro.

Participantes do mercado disseram que embora não estejam esperando nenhum anúncio significativo do encontro do G-20, eles acreditam que os investidores estão aguardando para ver “como as coisas se ajustam” antes de reavaliar suas posições.

O analista Leon Westgate, do Standard Bank, disse que enquanto o mercado tem “mantido um olho no dólar” – que à tarde caía em relação ao euro -, não havia nada de fundamental determinando a recuperação. “Parece que há compras para cobertura de posições antes do fim de semana”, comentou.

O analista Gayle Berry, da Barclays Capital, disse esperar “que a volatilidade continue sendo um fator constante no curto prazo para os metais básicos”. Ele também alertou que “os receios sobre a crise da dívida da Europa ainda não sumiram e o sentimento do mercado ainda é frágil”.

A recuperação no preço dos metais ocorreu, apesar do governo dos EUA revisar para baixo o crescimento do PIB do primeiro trimestre. O cobre é particularmente sensível aos dados econômicos, porque o metal é amplamente utilizado nos setores de manufatura e construção.

Entre os metais preciosos, o ouro negociado na Comex fechou em alta, devido a sua função de “refúgio seguro” para o capital. Segundo o analista e corretor Frank Lesh, da FuturePath Trading, a revisão do PIB dos EUA deu suporte ao preço do metal. Os contratos do ouro para agosto fecharam a US$ 1.256,20 por onça-troy, em alta de US$ 10,30 (0,83%).