O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) ainda tenta reverter a decisão que tirou a medalha de ouro de Thiago Paulino no arremesso de peso da classe F57 (cadeira de rodas) na Paralimpíada de Tóquio. A entidade pediu que o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) torne pública as imagens que foram usadas para invalidar os arremessos do brasileiro.

Caso não tenha a solicitação atendida, o CPB promete ir na próxima semana ao Comitê Olímpico Internacional (COI), que é o responsável pelos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. A intenção é ter acesso à decisão que tirou o ouro do Brasil.

Thiago Paulino é o atual recordista mundial e bicampeão mundial do arremesso de peso da classe T57. Após uma apelação da China, o atleta teve dois arremessos invalidados e, com isso, passou a ser medalhista de bronze nos Jogos de Tóquio.

O ouro ficou para o chinês Guoshan Wu, que havia terminado em segundo lugar. O outro brasileiro da prova, Marco Aurélio Borges, que tinha terminado em terceiro, garantiu a prata.

Paulino ficou apenas com o primeiro arremesso válido, de 14,77m. Dos outros cinco, dois foram invalidados na hora da prova, dois foram invalidados horas depois e o atleta havia escolhido não fazer a última tentativa, pois já era campeão olímpico.

Os brasileiros souberam da contestação somente 10 horas depois do término da prova. Paulino explicou o que aconteceu: “Os chineses contestaram, alegando que eu estava levantando do banco, fazendo um arremesso ilegal. O delegado da prova e os árbitros analisaram os vídeos e viram que eu estava fazendo o arremesso corretamente. Mesmo assim, após a prova, eles protestaram de novo e mais uma vez os árbitros mantiveram a decisão. Aí eles foram para o júri de apelação, que é quem decide, quem bate o martelo. O júri simplesmente decidiu tirar a minha medalha de ouro”.