Deu na Parabólica
O afastamento de Maurício Requião do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TC), determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), dominou as discussões ontem na Assembléia Legislativa. O líder do governo na Casa, deputado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), foi o mais entusiasta defensor do irmão do governador Roberto Requião (PMDB). “Está havendo um processo de judicialização da política”, disse. No dicionário, o termo judicialização não existe.

O deputado estadual Marcelo Rangel (PPS) comemorou o afastamento de Maurício Requião. Ele disse que o voto aberto, ao invés do voto sigiloso como deveria ter sido, segundo o Supremo, fez muitos deputados mudar de idéia porque tiveram que mostrar a cara e era arriscado levar um puxão de orelha de Requião. Com isso, Maurício acabou levando o cargo de conselheiro com facilidade. “Foi como tirar doce de criança”.

E o afastamento de Maurício Requião rendeu. “Essa decisão vai valer. Teremos que fazer outra eleição para indicação do novo conselheiro do Tribunal de Contas. Aí, com o voto secreto vamos ver se o Maurício Requião leva o cargo do TC”, desafiou o oposicionista Valdir Rossoni (PSDB).