Franklin de Freitas

Na última quinta-feira (27) o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) aprovou o parecer que permite enfermeiros de solicitar testes e indicar tratamento para tuberculose latente. Esta foi uma solicitação da Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose, que contou com apoio e articulação do Ministério da Saúde para ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento da tuberculose no país.

O diretor do Departamento de Hiv/Aids, Tuberculose, Hepatites e IST do Ministério da Saúde, Draurio Barreira, reforça que a enfermagem tem papel fundamental para o diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças. “Para mim é muito bem-vindo e faz parte de uma resposta coletiva dos profissionais de saúde como um todo e não de uma categoria isoladamente, mas do compromisso de todos os trabalhadores da saúde comprometidos com a saúde pública poderem dar uma contribuição mais efetiva para a eliminação de doenças”, destaca o diretor.

A coordenadora da Tuberculose da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Fernanda Dockhorn, ressalta que a decisão é fundamental para eliminar a tuberculose até 2030, como previsto no Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública.

“O profissional de enfermagem é o organizador de todo o processo de trabalho. Ele faz o diagnóstico, o tratamento, e organiza o acesso e o acolhimento da pessoa com suspeita ou com tuberculose. Então o tratamento da infecção latente ou preventivo da tuberculose era a única ferramenta que o profissional de enfermagem ainda não podia fazer”.

A coordenadora também destaca que, com a medida, o profissional de enfermagem, além de todo o protocolo que já realizam, poderão solicitar o teste de Liberação Interferon-Gama (IGRA) – exame para diagnóstico da infecção latente para quem precisa prevenir a tuberculose – e também tratar aquela pessoa que tem a infecção latente para não ficar doente da tuberculose no futuro.